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REVISTA DA ARMADA | 512
dos membros, existem sempre pequenas
diferenças nas rotinas e métodos de tra-
balho ou diferenças nos sistemas de com-
bate e comunicações que necessitam de
ser mitigadas.
Para esse efeito, com os navios no mar é
executado um intenso programa de treino
de força enquanto os navios cumpriam as
suas tarefas principais atribuídas, realiza-
do um seriado com especial enfoque na
área das comunicações, incluindo a ope-
ração e troca de informação entre os sis-
temas de combate dos navios, na área da
marinharia e manobra dos navios no mar
em proximidade, nas operações de voo e
na condução de exercícios simulados das
diversas áreas de combate (superfície,
sub-superficie e aérea), com nível de com-
plexidade crescente.
Logo no primeiro dia de mar com os na-
vios em força, foi conduzido um exercício
de oportunidade, denominado PASSEX,
com uma força-tarefa Japonesa que se
encontrava em Brest, permitindo tam-
bém aumentar a interoperabilidade entre
marinhas aliadas para a paz, e cumprir as
tarefas atribuídas à força pelo MARCOM.
Estes exercícios de oportunidade conti-
nuaram com alguma frequência, tendo
sido realizados com as Marinhas Sueca,
Dinamarquesa, Polaca e Holandesa, com
meios de superfície e aéreos.
Outra ação de grande importância que
A INTEROPERABILIDADE durante os próximos meses, bem como ocorre na força é o movimento temporá-
esclarecer procedimentos e métodos de rio de elementos das guarnições, o de-
O navio largou da Base Naval de Lisboa trabalho, preparando em terra o que iría- nominado crosspool, onde durante umas
no dia 29 de julho para um trânsito de mos efetuar no mar. No final das reuniões horas, um grupo de militares troca de
dois dias com destino ao porto de Brest, estava dado o primeiro passo para garantir navio permitindo assim ver e vivenciar as
França, que seria o ponto de encontro dos a interoperabilidade entre os dois navios. pequenas diferenças entre as marinhas
navios da força após o período de inter- Apesar da doutrina e procedimentos aliadas, enriquecendo o seu currículo e
rupção de verão, o denominado summer NATO serem comuns, através de acordos trazendo sempre novo conhecimento e
dispersal, que ocorreu no mês de julho. de uniformização ratificados pelos esta- experiência para bordo.
Nesta fase inicial a força era constituída
por dois navios, o navio-almirante ESPS
Mendez Nuñez, uma fragata do tipo F100
da Armada Espanhola, e o nosso navio.
O comando da SNMG1 cabe este ano
à Armada Espanhola, através do contra-
-almirante José Enrique Delgado , apoia-
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do por um staff internacional oriundo de
vários países aliados.
Após uma reunião entre o Comandante
do nosso navio e o Almirante COMSNMG1,
foi dado um brífingue de capacidades dos
navios que integram a força e de seguida
foram conduzidas reuniões setoriais das
mais diversas áreas, como operações, me-
cânica, eletrónica, entre outras. Estas reu-
niões permitiram conhecer melhor as pes-
soas com quem iríamos trabalhar no mar
18 NOVEMBRO 2016