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REVISTA DA ARMADA | 512
NRP ÁLVARES CABRAL
SNMG1
PARTE 1
Com este artigo pretende-se relatar Estes grupos-tarefa providenciam à e outra que permita à Organização conhe-
a experiência do NRP Álvares Cabral e NATO uma capacidade marítima pronta cer com precisão o ambiente marítimo na
da sua guarnição durante a integração e credível, ajudando a estabelecer uma sua área de influência permitindo-lhe a
no Standing NATO Maritime Group One presença da Aliança, demonstrando co- supremacia de informação na condução
(SNMG1). Dividir-se-á em dois momentos, esão e solidariedade, conduzindo visitas de operações militares); garantir a pre-
sendo este o primeiro relato sucinto dos de rotina diplomáticas e reforçando a in- sença naval nas áreas marítimas de in-
dois primeiros meses de missão. teroperabilidade com forças navais alia- teresse da Aliança; e garantir também o
das. Fazem também parte da NATO Very bom relacionamento com as sociedades e
A MISSÃO High Readiness Joint Task Force (VJTF), Marinhas de Países não-NATO.
força conjunta e combinada, de caráter A participação do NRP Álvares Cabral
Desde o dia 31 de julho de 2016 que o expedicionário, pronta a intervir como na SNMG1 representa o compromisso de
NRP Álvares Cabral integra oficialmente ponta-de-lança da Organização no que for Portugal para com a NATO e os seus alia-
o SNMG1, um dos quatro grupos-tarefa necessário. dos, refletindo todo o esforço e empenho
multinacionais permanentes da NATO , O comando superior desses grupos- tidos pela Marinha e EMGFA, tanto nas
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constituídos por navios de vários países -tarefa é exercido pelo Maritime Com- ações de treino efetuadas no primeiro
aliados, formando uma força naval de ele- mand da Organização (MARCOM), cujo semestre de 2016 com vista a elevar os
vada prontidão. quartel-general fica em Northwood, Reino padrões de prontidão operacionais, como
Estes grupos de navios estão perma- Unido. As três principais tarefas atribuí- nas ações de aprontamento logístico,
nentemente disponíveis para a NATO, das à SNMG1 foram as seguintes: efetuar sanitário e de pessoal, encontrando-se
podendo efetuar todo o tipo de tarefas, ações de MSA , que representa a recolha o navio pronto e treinado para cumprir
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como exercícios multinacionais para ele- de informação que permita ter o conhe- a missão. Para tal, o navio definiu como
var as perícias individuais dos navios e do cimento situacional marítimo na área de Objetivo de Comando “realizar a missão
seu conjunto enquanto força naval, ou influência da NATO (essa informação pas- em segurança e contribuir de forma ine-
missões reais que venham a surgir na área sa pelos padrões de navegação locais, in- quívoca para o desempenho da SNMG1,
de influência e interesses da NATO. formação meteorológica e oceanográfica, dignificando as Forças Armadas e o País”.
NOVEMBRO 2016 17