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REVISTA DA ARMADA | 521
MILITARES EM RC
CERIMÓNIA DE DESPEDIDA
prestação de serviço militar em Regime de Contrato
A (RC) habilita a Marinha com homens e mulheres que se
constituem como pilares essenciais para o capital humano
da organização, fator primordial para o cumprimento da
sua missão.
Estes militares desempenham um conjunto de funções
inerentes às suas categorias e classes, contribuindo a sua
ação de forma indelével para o alcançar dos objetivos traça-
dos, quer nas unidades navais quer nas unidades em terra.
Independentemente da sua categoria, por imperativo legal,
a duração máxima da prestação de serviço em RC é de seis
anos, após finalização com aproveitamento dos devidos cur-
sos inerentes à instrução militar. Findo aquele tempo, estes
militares passam à Reserva de Disponibilidade (RD), onde
permanecem até ao termo dos seus deveres militares, o que
ocorre quando atingem os 35 anos. Durante a sua perma-
nência em RD, estão, durante o tempo consagrado na lei, ao abrigo ao serviço das Forças Armadas, um de instrução militar e seis de
de um conjunto de incentivos, quer no âmbito da Marinha quer da prestação de serviço efetivo em RC, passaram à RD.
administração pública em geral. Nesta cerimónia, o Diretor de Pessoal, comodoro Oliveira Silva,
Para aqueles que, por sua vontade ou por definição organiza- dirigiu-se aos militares evidenciando a relevância desta forma de
cional, não ingressem, desde já, nos quadros permanentes da prestação de serviço para a prossecução da missão da Marinha,
Marinha ou de outro ramo das Forças Armadas, este momento expressando o devido agradecimento pelo serviço prestado.
assinala a sua transição para a sociedade civil e, concomitante- Na sua alocução, o comodoro Oliveira Silva exortou os militares
mente, para o mercado de trabalho, onde continuam a contribuir a continuarem nesta nova fase das suas vidas a evidenciarem-se
para a estruturação e desenvolvimento do país, considerando como pessoas e como profissionais, transportando para a vida
eventualmente as valências e aptidões adquiridas durante o seu civil a divisa do Infante D. Henrique “talant de bien faire”, colo-
percurso miliar. cando em cada projeto, tarefa ou atividade em que se envolvam
No dia 1 de junho de 2017 decorreu, na Direção de Pessoal, a a vontade de bem-fazer que caracteriza os homens e as mulheres
primeira cerimónia formal de despedida da Marinha dos milita- que integram as fileiras da Marinha.
res da categoria de praças em RC, que, após cerca de sete anos
COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR
ACADEMIA NAVAL ANGOLANA
ecorreu no passado dia 3 de Março, na Base Naval de Luanda,
Da cerimónia de abertura do ano académico 2017/2018 da
Academia Naval (AcN), presidida pelo Comandante da Marinha
de Guerra Angolana (MGA), Almirante Francisco José. Para além
da presença de grande parte dos oficiais generais da MGA, esti-
veram presentes os assessores russos e portugueses em Angola
e todo o corpo docente e discente da AcN.
O evento iniciou-se com a integração de novos militares no
Corpo de Cadetes e passagem dos passadores de cadetes por
ano. Seguiu-se uma alocução do comandante da Academia Naval,
VALM José Miranda. Nesta intervenção foi efetuada uma retros-
petiva e avaliação do trabalho realizado, através de uma análise
estatística das diferentes atividades académicas. Seguiram-se a lei-
tura do compromisso de honra dos cadetes do 1º ano, a cerimónia
de entrega de Diplomas, certificados e espadas aos finalistas da colaboração de todo o corpo docente da AcN, bem assim como
Academia Naval, bem como a leitura do Despacho sobre o patrono à assessoria portuguesa, pelo produto do trabalho ali realizado.
da promoção de 2012. Seguiu-se um cocktail de confraternização para os convidados e
Posteriormente, e antes do desfile do Corpo de Cadetes, o Almi- almoço melhorado para o pessoal da AcN.
rante Francisco José proferiu um discurso no qual agradeceu a
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