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REVISTA DA ARMADA | 526

























           Entrada Núcleo Museológico                                               Cartaz divulgação abertura ao público


          de energias renováveis e a possibilidade da   Ɵ am o controlo à distância; paralelamente   Até agora, a divulgação deste rico patri-
          existência de automaƟ smos e redundân-  também se procedeu ao abandono do gás   mónio tem sido feita através de exposi-
          cias, veio permiƟ r que no fi nal dos anos 70,   aceƟ leno para a iluminação das boias e faro-  ções temporárias iƟ nerantes em variadís-
          se inicie o processo de automaƟ zação dos   lins remotos, passando a uƟ lizar-se energia   simos locais, como no Museu de Marinha
          faróis e farolins, que incidiu prioritariamente   fotovoltaica.      e outros museus, em centros comerciais,
          nos faróis de mais diİ cil acesso, os quais   Com o objeƟ vo de preservar as variadís-  salões de exposições, entre outros. Embora
          funcionam já sem necessidade de pessoal   simas peças que iam sendo reƟ radas  dos   não estando aberto ao público, ao longo
          residente, e que hoje vai prosseguindo no   faróis, por força da modernização, o então   da sua existência tem sido visitado por
          senƟ do de aƟ ngir-se o progressivo telecon-  Diretor de Faróis, CMG Pereira Varandas,   um elevadíssimo número de pessoas, que
          trolo e telecomando dos assinalamentos   decide, em 1984, pela construção de um   através de marcação/pedido tem normal-
          que o exijam. Como exemplo mais signifi -  Núcleo Museológico na sede da Direção de   mente sido autorizado. A Direção de Faróis
          caƟ vo, temos os faróis de aproximação e   Faróis. O número de peças e a sua variedade   tem recebido rasgados elogios quer refe-
          entrada do Porto de Lisboa, hoje telecoman-  foi aumentando, permiƟ ndo serem uƟ liza-  rentes às peças expostas quer à forma
          dados a parƟ r da Direção de Faróis.   das para os cursos de formação de farolei-  como lhes é transmiƟ da uma história secu-
           Em 1985 encetou-se um programa de   ros, bem como para serem expostas.  lar. Por outro lado, tem-se verifi cado que
          subsƟ tuição de outras fontes de energia, em   Desde então, no Núcleo Museológico, atra-  o interesse e a curiosidade têm aumen-
          farolins, boias e balizas, pela energia foto-  vés dos faroleiros que ali prestam serviço,   tado, o que facilmente se confi rma  pelo
          voltaica, que representou mais um passo no   tem sido feito um trabalho notável de recu-  aumento signifi caƟ vo de pedidos de visita.
          senƟ do do progressivo aumento de fi abili-  peração das diversas peças, reabilitando-  Por forma a corresponder a esta vontade
          dade e diminuição de custos de operação.  -as de forma a que possam ser expostas e   crescente, foi decidido abrir o núcleo
                                            contempladas pelo visitante.       museológico ao público, permiƟ ndo  ao
          NÚCLEO MUSEOLÓGICO                  O espólio museológico é atualmente   visitante apreciar peças que durante deze-
                                            elevado e bastante variado, permiƟ ndo   nas de anos iluminaram a nossa costa,
          DA DIREÇÃO DE FARÓIS
                                            ao visitante uma viagem no tempo, sendo   promovendo a navegação segura de toda
          E O SEU ESPÓLIO                   possível percorrer as várias etapas idenƟ -  a comunidade maríƟ ma. Durante as visi-
           O ano de 1978 marca o início do processo   fi cadas nos parágrafos anteriores, quer no   tas, os faróis expostos estão acesos e todas
          de automaƟ zação dos faróis e farolins, o que   que respeita à evolução arquitetónica, quer   as peças são ilustradas com um quadro
          fez com que, durante a década de 80, muitos   no que respeita ao desenvolvimento tecno-  explicaƟ vo sobre a sua história e modo de
          equipamentos, alguns centenários, fossem   lógico. Sendo possível, entre outras peças,   funcionamento.
          subsƟ tuídos, a fi m de se poder cumprir com   apreciar várias óƟ cas e candeeiros de petró-  As visitas são enriquecidas com a histó-
          compromissos internacionais de serviço e   leo que se usavam antes da uƟ lização  da   ria dos faróis contada na primeira pessoa
          fi abilidade dos sistemas.         energia elétrica, maquetas de faróis, vitri-  por um faroleiro que acompanha toda a
           Esta modernização resultou na automaƟ -  nas com peças e utensílios da farolagem,   visita, e faz desta uma experiência  a não
          zação dos faróis, em que algumas óƟ cas de   quadros com documentos históricos dos   perder.
          cristal, com lentes de Fresnel, foram reƟ ra-  faróis e explicação do seu funcionamento e
          das e subsƟ tuídas por sistemas que permi-  caracterísƟ cas.                  Colaboração da DIREÇÃO DE FARÓIS











           Panorâmica do Núcleo Museológico


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