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REVISTA DA ARMADA | 529

                                                                       A DIMENSÃO HUMANA DA MARINHA


              GUARNIÇÕES “TALENTOSAS” E INFORMADAS


                fácil compreender que as guarnições consƟ tuem o principal   A comunicação interna é outra vertente da máxima importância
              É  recurso de qualquer unidade naval da Marinha Portuguesa.   a bordo dos navios. Neste âmbito, a comunicação descendente
              Para além de todas as outras e variadas razões que possam exisƟ r,   é um elemento chave merecedor da maior atenção e cuidado.
              é determinante que assim seja, especialmente a bordo de navios   Interessa, acima de tudo, assegurar que o processo de comunica-
              com guarnições pequenas como é o caso do NRP Viana do Castelo.   ção interna oƟ mize o cumprimento da missão atribuída ao navio
               Quando chegam a bordo estes militares, depois de terem pas-  contribuindo, aƟ vamente, e de forma relevante para o reforço da
              sado por um processo de recrutamento exigente que permiƟ u à   imagem e senƟ mento de uƟ lidade pública da Marinha junto dos
              Marinha recrutar e reter os melhores, a diversidade de tarefas que   portugueses.
              vão encontrar é muito vasta, desde a função principal de marinhei-  Em suma, devemos e podemos esƟ mular o “talento” que há
              ros, passando pelas funções secundárias de ecologistas, agentes   nos nossos militares para que sejam capazes de feitos extraordi-
              de fi scalização, bombeiros, socorristas e diplomatas. Em algumas   nários, de se excederem a si próprios, como também mantê-los
              missões, como foi o caso da operação TRITON no Mediterrâneo,   sempre informados de forma a manter um navio posiƟ vo, isto é,
              até educadores de infância Ɵ veram que ser. Neste contexto, des-  com uma Guarnição moƟ vada e sempre pronta para os desafi os
              cobrem capacidades próprias que desconheciam possuir. Em mis-  de qualquer missão. Nesta óƟ ca, a crença no talento e na infor-
              sões de fi scalização podem ser, também, formadores em lança-  mação, têm que ser absolutamente inabaláveis.
              mento de sinais pirotécnicos e primeiros socorros.

                                                                                                                      Foto Rui Caria



























              OS MILITARES DO CITAN NO APOIO À ESQUADRA

                 Centro Integrado de Treino e Avaliação Naval (CITAN)
              O  tem por missão assegurar a responsabilidade pelo
              treino e avaliação das unidades navais e forças navais,
              pelo estudo e análise da doutrina e procedimentos asso-
              ciados à táƟ ca e operações navais, pela formação nas
              áreas da táƟ ca e operações navais e pelo apoio às ope-
              rações navais.
               Para assegurar a sua missão o CITAN dispõe de cerca
              de 80 militares, com as necessárias qualifi cações, ade-
              quada formação e experiência acumulada, bem como
              um conjunto de qualidades pessoais e profi ssionais dig-
              nas de realce, condições imprescindíveis para que esses
              militares se consƟ tuam como uma referência para a
              Esquadra, aquando da realização dos planos de treino
              dos navios, em terra e no mar, das ações de formação
              realizadas e no estudo e aplicação da doutrina e proce-
              dimentos táƟ cos.
                 Importa salientar a elevada e permanente moƟ vação
              dos militares que prestam serviço no CITAN, alimentada


                                                                                                         MAIO 2018  11




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