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REVISTA DA ARMADA | 529


          COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR

          A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HUMANOS


            ecorrente do contributo de Portugal para o esforço internacio-
         Dnal de capacitação dos países do Golfo da Guiné em matéria de
          segurança maríƟ ma e combate às aƟ vidades ilícitas no mar, o NRP
          Álvares Cabral realizou entre os dias 7 de fevereiro e 7 de abril,
          a missão Mar Aberto 2018, na qual teve oportunidade de apoiar
          igualmente, na República de Cabo Verde e em São Tomé e Prín-
          cipe, os projetos de cooperação técnico-militar que se encontram
          em curso. Neste âmbito, o navio teve oportunidade de promover e
          realizar várias aƟ vidades de cooperação técnico-militar, nas quais
          fi cou mais uma vez demonstrada a elevada importância que os
          recursos humanos da Marinha desempenham no planeamento,                                                Fotos Luís Melão
          condução e prossecução destas aƟ vidades de cooperação.


          SÃO TOMÉ E PRINCÍPE                                  P or seu turno, entre 8 e 13 de março, o navio realizou ações de
                                                              patrulha e  fi scalização conjunta com as autoridades deste país,
           O NRP Álvares Cabral  visitou São Tomé e Príncipe (STP) no   nomeadamente com a sua Guarda Costeira, Polícia MaríƟ ma e Ins-
          período de 20 a 24 de fevereiro, por forma a apoiar o projeto de   peção das Pescas nas suas águas de jurisdição, à luz dos acordos
          capacitação da guarda costeira deste país, tendo levado a cabo   estabelecidos entre os dois Estados. Também neste período, e em
          diversas ações de treino e de cooperação a bordo com as Forças   simultâneo às ações de fi scalização maríƟ ma conjunta realizadas,
          Armadas deste país. Entre as aƟ vidades desenvolvidas, destaca-se   foram efetuadas durante a navegação várias formações e treinos
          o embarque, no dia 23 de fevereiro, de 13 militares da guarda cos-  conjuntos entre os Pelotões de Abordagem da Marinha Portuguesa
          teira e 15 da força de fuzileiros, com a fi nalidade de proporcionar,   e da Marinha Cabo-verdiana embarcados, tendo em vista a parƟ lha
          a navegar, diversas ações de formação teóricas e práƟ cas em áreas   de conhecimento, experiência e capacidades, por forma a fazer face
          essenciais para o desempenho de funções a bordo de um navio,   aos diversos cenários de abordagem a embarcações em situação de
          tais como, navegação, combate a incêndios e alagamentos, socor-  previsível infração.
          rismo, suporte básico de vida e ainda na área da mecânica. Por
          sua vez, o embarque dos 15 militares da força de fuzileiros teve   ELEMENTO CHAVE PARA O SUCESSO:
          como objeƟ vo promover o treino combinado através de treinos de   A QUALIDADE DOS RECURSOS HUMANOS
          operações anİ bias.
                                                              DA MARINHA

          REPÚBLICA DE CABO VERDE                              O cumprimento de todas estas aƟ vidades de cooperação técni-
                                                              co-militar apenas foi possível devido à existência de militares na
           A fragata  Álvares Cabral permaneceu na República de Cabo   guarnição do NRP Álvares Cabral e, por conseguinte, na Marinha
          Verde (RCV) entre os dias 5 e 16 de março, praƟ cando o porto da   Portuguesa com competência, experiência e conhecimento nas suas
          Cidade da Praia, de 5 a 8 de março, e o porto do Mindelo, de 13 a   áreas específi cas, e que colocaram todo o seu empenho e profi s-
          16 de março. Concretamente, durante os períodos de permanên-  sionalismo em formar e apoiar os seus camaradas congéneres, em
          cia do navio nos portos referidos, foram ministradas pela guarni-  troca de um bem comum, que é o fomento da cooperação. Com
          ção do navio várias formações em diversas áreas de interesse para   efeito, num Mar cada vez mais “Aberto”, a obtenção da segurança
          a guarda costeira da RCV, nomeadamente na área da navegação,   maríƟ ma e o efi caz combate às aƟ vidades ilícitas no mar apenas
          combate a incêndios e alagamentos, primeiros socorros e suporte   será possível através da parƟ lha de conhecimento e cooperação
          básico de vida, mecânica, eletrotecnia, higiene e segurança no tra-  entre os países, sendo que os recursos humanos desempenham um
          balho, proteção de um navio num porto, abordagem a navio sus-  papel fundamental na fomentação dessa cooperação.
          peito, e ações de desembarque anİ bio.

























          8   MAIO 2018
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