Page 22 - Revista da Armada
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OS CONCERTOS DA BANDA DA ARMADA



                                                                           400 pessoas na assistência, que aplaudiu entu-
                                                                           siasƟ camente a nossa Banda.
                                                                             Contudo, o centro das fesƟ vidades deste ano
                                                                           era na cidade de Peniche, para onde se desloca-
                                                                           ram os principais meios envolvidos e com cuja
                                                                           população a Marinha iria parƟ lhar a sua festa. E,
                                                                           durante a semana de 12 a 20 de Maio o já con-
                                                                           sagrado grupo Dixieland, da Banda da Armada,
                                                                           actuou por diversas vezes, nas ruas de Peniche,
                                                                           com um efeito extraordinário.
                                                                            No dia 18 de Maio, porém, Ɵ nha lugar o primeiro
                                                                           grande concerto público, no espaço encostado à
                                                                           fortaleza, onde nasce o molhe ocidental do porto.
                                                                           DesƟ nava-se a toda a população, contando com
         Foto SAJ A Ferreira Dias                                          uma assistência de mais de 3000 pessoas, onde
                                                                           estava o Presidente da Câmara de Peniche e
                                                                           outras enƟ dades locais, que acompanhou toda a
                                                                           comemoração com grande entusiasmo. A Banda
                                                                           foi dirigida pelo maestro, 1TEN Peixoto Veloso,
            e entre todos os eventos habituais nas comemorações do Dia   apresentando um reportório ligeiro e equilibrado, feito com cri-
         Dda Marinha, os concertos da Banda da Armada ganharam um   tério arơ sƟ co e sem concessões, que teve a virtude de prender a
         lugar de destaque próprio, não só pelo impacto público que têm,   atenção do público durante as duas horas do concerto.
         como pelo valor da expressão arơ sƟ ca que lhe está associada   Destaco, na primeira parte do concerto, “Curtain Up” de Alfred
         e que perdura no tempo enquanto valor da nossa Banda e da   Reed, seguido pela rapsódia “Lusitanidades”, de Carlos Marques,
         própria Marinha. Qualquer concerto implica um acto de criação.   onde a popularidade de algumas melodias prende sempre a aten-
         Não se trata de repeƟ r a obra de outros autores, por mais sim-  ção. Seguiram-se os medley “Songs of the Wizz” , de Quincy Jones, e
         ples e mais adaptada que possa estar a este Ɵ po de apresenta-  temas do inesquecível Frank Sinatra, com arranjo de Naohiro Iwai.
         ção. E nós sabemos bem que as exibições públicas da Banda da   Phil Collins, com arranjo de OƩ o Schwartz, trouxe-nos os acordes de
         Armada, exigem uma escolha criteriosa, adaptações diversas às   “Something happened on the way to Heaven” e outras conhecidas
         suas caracterísƟ cas e uma interpretação própria. É um acto cria-  peças do mesmo compositor. O concerto terminou com a obra “Alte
         dor, com arte e mestria, que tem um resultado único em cada   Swing Kameraden”, cuja origem é uma marcha militar composta por
         concerto realizado. Por isso, quando pedimos à Banda que faça   Karl Teike (alte kameraden = velhos camaradas), no fi nal do século
         quatro concertos, no espaço de uma semana, estamos a pedir-  XIX, adaptada mais recentemente pelo holandês Koos Mark, com um
         -lhe quatro criações arơ sƟ cas, todas elas com a sua própria per-  toque de swing que lhe dá uma enorme alegria. O público vibrava
         sonalidade e energia cultural. Quatro criações que são a expres-  com a actuação da Banda e havia quem dançasse embevecido. O
         são da Marinha que representam.                      concerto terminava com a “Marcha dos Marinheiros”, trauteada e
           A primeira apresentação da Banda da Armada, no âmbito das   acompanhada com palmas pelos presentes, com grande entusiamo.
         comemorações do Dia da Marinha 2018, teve lugar no Pavilhão
         das Galeotas, Museu de Marinha, às 21h30 do dia 14 de Maio.
         Tratou-se de um concerto solidário, organizado com o Rotary   O CONCERTO OFICIAL DO DIA DA MARINHA 2018
         Club Lisboa Internacional, com uma receita de bilheteira que   No dia 19, às 21h30, seria o concerto ofi cial do Dia da Mari-
         reverteria para a ajuda da inclusão social de pessoas com defi -  nha, na igreja de S. Pedro. E a minha primeira apreciação vira-se
         ciência, através da organização CERCIPENICHE. Ainda no Pavilhão   para a escolha deste espaço litúrgico, que nos oferece um cená-
         das Galeotas, às 21h30 do dia 15 de Maio, teve lugar um con-  rio de grande riqueza arơ sƟ ca e excelentes condições acúsƟ cas,
         certo de gala, para enƟ dades convidadas da Marinha. Qualquer   compondo um ambiente próprio para um concerto de grande
         destes concertos teve um enorme êxito, contando com mais de   qualidade. A igreja de S. Pedro foi mandada construir no fi nal do










                                                                                                                 Fotos 1SAR ETC Silva Parracho










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