Page 16 - Revista da Armada
P. 16

REVISTA DA ARMADA | 525  REVISTA DA ARMADA | 533
 SUMÁRIO    conduta exemplar. Cabe aos Ramos procederem à seleção dos   da política, segurança e defesa dos países anfitriões e/ou acre-

          militares para funções de Adido de Defesa e Arquivistas/Ama-  ditadores, mediando contactos com a indústria de armamento
 02  700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento  OS VALORES E MÉRITOS   nuenses. O Ramo a que o militar pertence faz a sua indigitação   na perspetiva de contribuir para a identificação de oportunida-
                                                              des no âmbito da projeção externa das Indústrias Nacionais de
          para o respetivo cargo. Após a indigitação, a Direção de Recursos
 07   NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa  DOS FUZILEIROS 04 do EMGFA envia uma Proposta de Nomeação ao CEMGFA, que,   Defesa, no âmbito mais alargado da Diplomacia Económica.
                                                               Os Adidos de Defesa acreditados nos países com os quais Por-
          por sua vez, remete o processo ao MDN e este ao MNE. A nomea-
 09   Lusitano 17  ção é posteriormente formalizada por portaria conjunta.  tugal desenvolve uma cooperação de Segurança e Defesa estru-
                                                              turada,  bem  como  em  países  onde  se  desenvolvem  ações  de
 18  Cerimónia Militar  PREPARAÇÃO                            cooperação Técnico-Militar, também têm atribuições e funções
                                                              específicas nestas áreas.
           Antes do início de tão importante comissão de serviço, o indigi-
                                                               Importa notar que as alterações verificadas no contexto inter-
 22  Direito do Mar e Direito Marítimo (13)  tado para um cargo de Adido de Defesa ou Arquivista/Amanuense   nacional de Segurança e Defesa contribuíram para o alargamento
 24  Academia de Marinha  é  objeto  de  uma  ação  de  preparação  específica,  vulgarmente   das  funções  dos  Adidos  de  Defesa.  No  âmbito  da  diplomacia
          designada por estágio, com vista à obtenção de novos conhe-
                                                              internacional, para além das suas conhecidas responsabilidades,
 25  Notícias  cimentos e perícias necessários ao desempenho do cargo, bem   os Adidos de Defesa desenvolvem ações na área da segurança,
          como um prévio contacto com diferentes áreas e responsáveis
                                                              no apoio a países em vias de democratização e em operações
 28  Novas Histórias da Botica (66)  11  BALANÇO DAS    com os quais se relacionará ao longo do exercício das funções.  de apoio à paz e de gestão civil de crises. Mais recentemente,
                                                              também têm vindo a desenvolver ações no âmbito da diplomacia
 29  Estórias (37)  ATIVIDADES 2017 – MARINHA ESTRUTURAS DE LIGAÇÃO  económica, promovendo as indústrias nacionais de defesa.
           As seguintes estruturas existem para apoiar, orientar e dirigir o
 30  Vigia da História (97)  trabalho dos Adidos de Defesa:   CONCLUSÃO

                                                               As  profundas  alterações  verificadas  na  última  década  no  sis-
 31  Desporto  a.  Gabinete  de  Ligação  aos  Adidos  de  Defesa  e  Militares   tema internacional, caracterizadas pela crescente instabilidade e
            (GLADM) no EMGFA;
 32  Saúde para Todos (51)  b. Divisão de Relações Externas do Estado-Maior da Armada   imprevisibilidade do contexto estratégico atual, pelo aumento da
                                                              conflitualidade,  pela  crescente  interdependência  entre  regiões
            (EMA);
 33  Quarto de Folga  c. Divisão de Cooperação, Operações, Informações e Segu-  e  Estados,  pela  emergência  de  novas  potências,  destacando-
                                                              -se neste âmbito a crescente importância estratégica da Ásia, e
            rança do Estado-Maior do Exército (EME);
 34  Notícias Pessoais / Convívios  d.  Divisão  de  Operações  do  Estado-Maior  da  Força  Aérea   pela reorientação estratégica dos Estados Unidos da América no
                                                              campo da segurança, justifica, conforme se refere no Conceito
            (EMFA).
 CC  Símbolos Heráldicos  O  GLADM  é  a  estrutura  de  ligação  primária  para  os  Adidos   Estratégico  de  Defesa  Nacional  (CEDN)  de  2013,  uma  cuidada
                                                              identificação dos cenários onde os interesses nacionais podem
 ATIVIDADES 2017 – AMN 20                                     ser  postos  em  causa  e  uma  permanente  avaliação  dos  meca-
 BALANÇO DAS
          nacionais e estrangeiros e assegura a coordenação geral das ati-
          vidades inerentes às funções que lhe são atribuídas. O GLADM   nismos de resposta indispensáveis para os defender. O mesmo
          está na direta dependência do Chefe do CISMIL de acordo com   CEDN 2013 identifica, entre outros objetivos, a prossecução dos
          a LOEMGFA e a sua missão visa apoiar o CEMGFA na direção,   valores e interesses nacionais no âmbito da diplomacia para a
                                                                                                    4
          orientação e relacionamento com os Adidos de Defesa Nacionais   realização da estratégia na vertente internacional.
          e  respetivos  Arquivistas/Amanuenses,  bem  como  com  os  Adi-  Os Adidos de Defesa Nacionais Acreditados no Estrangeiro são
          dos de Defesa e Militares Estrangeiros Residentes, Itinerantes e   elementos essenciais para a consecução dos objetivos prossegui-
          Não-residentes, a fim de assegurar a coordenação dos assuntos   dos pelas Políticas e Estratégia Nacionais.
          inerentes às atividades do pessoal diplomático militar nacional   Pelas enormes responsabilidades de que são investidos, a sele-
          acreditado em países estrangeiros e do pessoal diplomático mili-  ção de Oficiais para o exercício destes cargos assume particular
          tar estrangeiro acreditado em Portugal.             importância  porquanto  a  sua  atitude,  caráter  e  desempenho
                                                              profissional são determinantes para a preservação da dignidade,
                                                              respeito,  prestígio,  honra  e  imagem  de  Portugal  e  defesa  dos
          RESPONSABILIDADES                                   interesses do país.

           O primeiro dever de um Adido de Defesa consiste em inspirar
          às autoridades dos países onde está acreditado um elevado con-                               Amaral Mota
 Capa     ceito de honra, de dignidade, de cultura, de capacidade profis-                                   CMG
 Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme   sional e de respeito pelos valores da sociedade onde se encontra
 da Brigada Real da Marinha.  inserido e, bem assim, de conquistar a confiança e respeito das
 Foto SMOR L Almeida de Carvalho
          entidades  com  que  se  relaciona.  Embora  dispondo  habitual-
          mente de ampla liberdade, em algumas circunstâncias, não deixa
 Revista da
 ARMADA    de  ser  exigida  uma  atenção  especial,  observando  as  práticas   Notas:
          usuais de hospitalidade, sem as quais o Adido de Defesa poderá
                                                                  Armand Emmanuel Sophie Septimanie de Vignerot du Plessis, 5º Du-
                                                                1
          perder a sua acreditação.                             que de Richelieu (Paris, 25 de setembro de 1766 – Paris, 17 de maio
 Publicação Oficial da Marinha   Diretor   Desenho Gráfico   E-mail da Revista da Armada  Compete aos Adidos de Defesa, no exercício das suas funções,   de 1822).
 Periodicidade mensal   CALM EMQ João Leonardo Valente dos Santos   ASS TEC DES Aida Cristina M.P. Faria  revista.armada@marinha.pt    2   Daniel, CMG EMQ José, O Papel dos Adidos de Defesa no Âmbito da
 Nº 525 / Ano XLVII   Chefe de Redação   ra.sec@marinha.pt   representar  Portugal  e  as  Forças  Armadas  e  manter  contactos   Prossecução das Políticas de Defesa e Diplomática do Estado, Trabalho
 Janeiro 2017    Administração, Redação e Publicidade   com as instituições militares do país anfitrião visando a troca de   de Investigação Individual (TII) do CPOG 2013/2014.
 CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira   Revista da Armada – Edifício das Instalações   Paginação eletrónica e produção   informações e a cooperação militar entre os dois Estados.  3   República Democrática do Congo.
 Redatora   Centrais da Marinha – Rua do Arsenal    Página Ímpar, Lda.  4   Daniel, CMG EMQ José, O Papel dos Adidos de Defesa no Âmbito da
 1149-001 Lisboa – Portugal
 Revista anotada na ERC   1TEN TSN -COM Ana Alexandra G. de Brito   Telef: 21 159 32 54    Estrada de Benfica, 317 - 1 Fte   Cumpre-lhes, igualmente, apoiar os Embaixadores em questões   Prossecução das Políticas de Defesa e Diplomática do Estado, Trabalho
 1500-074 Lisboa
 Depósito Legal nº 55737/92   Secretário de Redação   da Defesa Nacional de natureza militar, informando as diversas   de Investigação Individual (TII) do CPOG 2013/2014.
 ISSN 0870-9343    SMOR L Mário Jorge Almeida de Carvalho    Tiragem média mensal: 4000 exemplares   autoridades nacionais sobre a eventual evolução nos domínios
          16
 JANEIRO 2018  3  SETEMBRO/OUTUBRO 2018
   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21