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SUMÁRIO conduta exemplar. Cabe aos Ramos procederem à seleção dos da política, segurança e defesa dos países anfitriões e/ou acre-
militares para funções de Adido de Defesa e Arquivistas/Ama- ditadores, mediando contactos com a indústria de armamento
02 700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento OS VALORES E MÉRITOS nuenses. O Ramo a que o militar pertence faz a sua indigitação na perspetiva de contribuir para a identificação de oportunida-
des no âmbito da projeção externa das Indústrias Nacionais de
para o respetivo cargo. Após a indigitação, a Direção de Recursos
07 NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa DOS FUZILEIROS 04 do EMGFA envia uma Proposta de Nomeação ao CEMGFA, que, Defesa, no âmbito mais alargado da Diplomacia Económica.
Os Adidos de Defesa acreditados nos países com os quais Por-
por sua vez, remete o processo ao MDN e este ao MNE. A nomea-
09 Lusitano 17 ção é posteriormente formalizada por portaria conjunta. tugal desenvolve uma cooperação de Segurança e Defesa estru-
turada, bem como em países onde se desenvolvem ações de
18 Cerimónia Militar PREPARAÇÃO cooperação Técnico-Militar, também têm atribuições e funções
específicas nestas áreas.
Antes do início de tão importante comissão de serviço, o indigi-
Importa notar que as alterações verificadas no contexto inter-
22 Direito do Mar e Direito Marítimo (13) tado para um cargo de Adido de Defesa ou Arquivista/Amanuense nacional de Segurança e Defesa contribuíram para o alargamento
24 Academia de Marinha é objeto de uma ação de preparação específica, vulgarmente das funções dos Adidos de Defesa. No âmbito da diplomacia
designada por estágio, com vista à obtenção de novos conhe-
internacional, para além das suas conhecidas responsabilidades,
25 Notícias cimentos e perícias necessários ao desempenho do cargo, bem os Adidos de Defesa desenvolvem ações na área da segurança,
como um prévio contacto com diferentes áreas e responsáveis
no apoio a países em vias de democratização e em operações
28 Novas Histórias da Botica (66) 11 BALANÇO DAS com os quais se relacionará ao longo do exercício das funções. de apoio à paz e de gestão civil de crises. Mais recentemente,
também têm vindo a desenvolver ações no âmbito da diplomacia
29 Estórias (37) ATIVIDADES 2017 – MARINHA ESTRUTURAS DE LIGAÇÃO económica, promovendo as indústrias nacionais de defesa.
As seguintes estruturas existem para apoiar, orientar e dirigir o
30 Vigia da História (97) trabalho dos Adidos de Defesa: CONCLUSÃO
As profundas alterações verificadas na última década no sis-
31 Desporto a. Gabinete de Ligação aos Adidos de Defesa e Militares tema internacional, caracterizadas pela crescente instabilidade e
(GLADM) no EMGFA;
32 Saúde para Todos (51) b. Divisão de Relações Externas do Estado-Maior da Armada imprevisibilidade do contexto estratégico atual, pelo aumento da
conflitualidade, pela crescente interdependência entre regiões
(EMA);
33 Quarto de Folga c. Divisão de Cooperação, Operações, Informações e Segu- e Estados, pela emergência de novas potências, destacando-
-se neste âmbito a crescente importância estratégica da Ásia, e
rança do Estado-Maior do Exército (EME);
34 Notícias Pessoais / Convívios d. Divisão de Operações do Estado-Maior da Força Aérea pela reorientação estratégica dos Estados Unidos da América no
campo da segurança, justifica, conforme se refere no Conceito
(EMFA).
CC Símbolos Heráldicos O GLADM é a estrutura de ligação primária para os Adidos Estratégico de Defesa Nacional (CEDN) de 2013, uma cuidada
identificação dos cenários onde os interesses nacionais podem
ATIVIDADES 2017 – AMN 20 ser postos em causa e uma permanente avaliação dos meca-
BALANÇO DAS
nacionais e estrangeiros e assegura a coordenação geral das ati-
vidades inerentes às funções que lhe são atribuídas. O GLADM nismos de resposta indispensáveis para os defender. O mesmo
está na direta dependência do Chefe do CISMIL de acordo com CEDN 2013 identifica, entre outros objetivos, a prossecução dos
a LOEMGFA e a sua missão visa apoiar o CEMGFA na direção, valores e interesses nacionais no âmbito da diplomacia para a
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orientação e relacionamento com os Adidos de Defesa Nacionais realização da estratégia na vertente internacional.
e respetivos Arquivistas/Amanuenses, bem como com os Adi- Os Adidos de Defesa Nacionais Acreditados no Estrangeiro são
dos de Defesa e Militares Estrangeiros Residentes, Itinerantes e elementos essenciais para a consecução dos objetivos prossegui-
Não-residentes, a fim de assegurar a coordenação dos assuntos dos pelas Políticas e Estratégia Nacionais.
inerentes às atividades do pessoal diplomático militar nacional Pelas enormes responsabilidades de que são investidos, a sele-
acreditado em países estrangeiros e do pessoal diplomático mili- ção de Oficiais para o exercício destes cargos assume particular
tar estrangeiro acreditado em Portugal. importância porquanto a sua atitude, caráter e desempenho
profissional são determinantes para a preservação da dignidade,
respeito, prestígio, honra e imagem de Portugal e defesa dos
RESPONSABILIDADES interesses do país.
O primeiro dever de um Adido de Defesa consiste em inspirar
às autoridades dos países onde está acreditado um elevado con- Amaral Mota
Capa ceito de honra, de dignidade, de cultura, de capacidade profis- CMG
Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme sional e de respeito pelos valores da sociedade onde se encontra
da Brigada Real da Marinha. inserido e, bem assim, de conquistar a confiança e respeito das
Foto SMOR L Almeida de Carvalho
entidades com que se relaciona. Embora dispondo habitual-
mente de ampla liberdade, em algumas circunstâncias, não deixa
Revista da
ARMADA de ser exigida uma atenção especial, observando as práticas Notas:
usuais de hospitalidade, sem as quais o Adido de Defesa poderá
Armand Emmanuel Sophie Septimanie de Vignerot du Plessis, 5º Du-
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perder a sua acreditação. que de Richelieu (Paris, 25 de setembro de 1766 – Paris, 17 de maio
Publicação Oficial da Marinha Diretor Desenho Gráfico E-mail da Revista da Armada Compete aos Adidos de Defesa, no exercício das suas funções, de 1822).
Periodicidade mensal CALM EMQ João Leonardo Valente dos Santos ASS TEC DES Aida Cristina M.P. Faria revista.armada@marinha.pt 2 Daniel, CMG EMQ José, O Papel dos Adidos de Defesa no Âmbito da
Nº 525 / Ano XLVII Chefe de Redação ra.sec@marinha.pt representar Portugal e as Forças Armadas e manter contactos Prossecução das Políticas de Defesa e Diplomática do Estado, Trabalho
Janeiro 2017 Administração, Redação e Publicidade com as instituições militares do país anfitrião visando a troca de de Investigação Individual (TII) do CPOG 2013/2014.
CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira Revista da Armada – Edifício das Instalações Paginação eletrónica e produção informações e a cooperação militar entre os dois Estados. 3 República Democrática do Congo.
Redatora Centrais da Marinha – Rua do Arsenal Página Ímpar, Lda. 4 Daniel, CMG EMQ José, O Papel dos Adidos de Defesa no Âmbito da
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ISSN 0870-9343 SMOR L Mário Jorge Almeida de Carvalho Tiragem média mensal: 4000 exemplares autoridades nacionais sobre a eventual evolução nos domínios
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JANEIRO 2018 3 SETEMBRO/OUTUBRO 2018