Page 15 - Revista da Armada
P. 15
REVISTA DA ARMADA | 565
dundantes entre si e com excelente capacidade de expansão, bem
como com novos bastidores, routers, switches, firewalls e toda a
panóplia de equipamentos relacionados. Em suma, um sistema
preparado para respeitar os requisitos operacionais e incrementar
a partilha e fluxo de informação, interna e externa.
SISTEMAS AUXILIARES DA PLATAFORMA
Os sistemas auxiliares a bordo de um navio necessitam de ga-
rantir condições de utilização das plataformas em ambientes
cada vez mais exigentes do ponto de vista ambiental, de seguran-
ça, de saúde e de higiene. Deste modo, e de acordo com as prio-
ridades estabelecidas, foi necessário atualizar um conjunto de
equipamentos considerados essenciais à segurança e operacio-
nalidade da plataforma, assim como ao bem-estar da guarnição.
Encontrando-se o navio inicialmente equipado com um gerador
de água doce por osmose inversa (ou gerador por osmose inversa
– GOI), um separador de águas oleosas e duas eletrobombas de
combate a incêndios em mau estado e em obsolescência logís-
tica, tornou-se evidente que a solução a adotar apontava para
gística, obsolescência técnica e uma reduzida taxa de fiabilidade, a sua substituição por equipamentos novos, aproveitando-se a
e considerando as consequências e impactos negativos expectá- oportunidade para melhorar as capacidades e a redundância.
veis, fossem de ordem operacional ou no cumprimento dos re- Deste modo, a atualização dos seguintes equipamentos confere
quisitos de segurança da navegação, foi efetuada a sua substi- ao navio uma melhoria significativa no que respeita aos mais atu-
tuição por dois novos radares Sperry VisionMaster FT banda “X”, ais padrões ambientais e de segurança, higiene e saúde, promo-
sendo um de 25kW de potência com a antena na mezena e o tores de conforto e bem-estar a bordo e respeitando os diferen-
segundo de 10kW com a antena no traquete. Esta solução evo- tes ecossistemas onde o navio possa operar.
lutiva proporciona uma melhoria na condução da navegação e – GOI – o único equipamento a bordo foi substituído por duas
um maior rigor e segurança, mesmo em condições de visibilidade instalações GOI com uma produção individual de 20m /h, para
3
reduzida. Para este efeito, o radar selecionado dispõe de capaci- uma produção total contínua de 40m /h. Esta alteração, enqua-
3
dade ARPA , interligação com o WAIS e ECDIS, bem como com o drada no perfil de missão do navio caracterizado por longos pe-
2
1
GPS, o odómetro e a girobússola. ríodos de permanência no mar, garante uma acrescida autono-
– Girobússolas – também aqui, e pese embora a existência de mia e redundância respondendo às preocupações com a saúde e
duas giros tipo Sperry Mk27, a problemática de sustentação logís- bem-estar das guarnições, evitando os regimes de água fechada
tica era significativa, agravada pelo facto de uma das girobússolas e melhorando a higiene.
se encontrar avariada e a segunda apresentar um elevado estado
de degradação devido à sua intensa utilização. Neste cenário, a
solução encontrada foi recorrer a uma girobússola da marca PPK
Meridian, mais recente que a Sperry Mk27, que se encontrava na
posse da AA,SA e com a revisão geral efetuada. Foi ainda adqui-
3
rida uma girobússola Sperry Marine NAVIGAT 2200, de tecnolo-
gia FOG , integrada com outros sensores de bordo, indo assim ao
4
encontro da necessidade de redundância, maior rigor, segurança,
desempenho e maior vida útil.
– Odómetro e sonda – para o cálculo de velocidade e a medição
da profundidade da coluna de água, o navio possuía dois odó-
metros e uma sonda. Contudo um dos odómetros, o Sagem LHS,
encontrava-se obsoleto e descontinuado. Decidiu-se, assim, pela
aquisição e implementação de uma solução modular, de dupla
funcionalidade (odómetro/sonda), com maior rigor e desempe-
nho, e de reduzida manutenção. Esta solução, mais vantajosa e
económica, permitiu substituir o odómetro em obsolescência,
garantindo, em simultâneo, redundância à sonda. O equipamen-
to selecionado foi o Skipper EMES60, integrado com o odómetro
Naviknot III, com a sonda Elac e demais sensores.
– Rede informática – aproveitando a oportunidade de decorrer
uma intervenção de grande extensão no navio, procedeu-se a uma
reestruturação e modernização profunda à infraestrutura de rede
Ship-LAN de bordo, pois esta apresentava-se muito desatualizada
e limitada na sua capacidade e abrangência. Foi com este objetivo
que a rede foi grandemente ampliada e atualizada, tanto no que – Separador de águas oleosas – o equipamento existente foi
respeita à arquitetura como também ao nível de equipamentos substituído por um equipamento moderno, conferindo ao na-
(ativos e passivos de rede). Conseguiu-se assim que o navio ficasse vio a capacidade de efetuar o tratamento de águas oleosas dos
apetrechado com um conjunto de servidores novos e robustos, re- porões, filtrando-as até que a suspensão de óleo na água atinja
AGOSTO 2021 15