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REVISTA DA ARMADA | 565

                                                              dundantes entre si e com excelente capacidade de expansão, bem
                                                              como com novos bastidores, routers, switches, firewalls e toda a
                                                              panóplia  de  equipamentos  relacionados.  Em  suma,  um  sistema
                                                              preparado para respeitar os requisitos operacionais e incrementar
                                                              a partilha e fluxo de informação, interna e externa.
                                                              SISTEMAS AUXILIARES DA PLATAFORMA

                                                               Os sistemas auxiliares a bordo de um navio necessitam de ga-
                                                              rantir  condições  de  utilização  das  plataformas  em  ambientes
                                                              cada vez mais exigentes do ponto de vista ambiental, de seguran-
                                                              ça, de saúde e de higiene. Deste modo, e de acordo com as prio-
                                                              ridades  estabelecidas,  foi  necessário  atualizar  um  conjunto  de
                                                              equipamentos considerados essenciais à segurança e operacio-
                                                              nalidade da plataforma, assim como ao bem-estar da guarnição.
                                                              Encontrando-se o navio inicialmente equipado com um gerador
                                                              de água doce por osmose inversa (ou gerador por osmose inversa
                                                              – GOI), um separador de águas oleosas e duas eletrobombas de
                                                              combate a incêndios em mau estado e em obsolescência logís-
                                                              tica, tornou-se evidente que a solução a adotar apontava para
          gística, obsolescência técnica e uma reduzida taxa de fiabilidade,   a sua substituição por equipamentos novos, aproveitando-se a
          e considerando as consequências e impactos negativos expectá-  oportunidade  para  melhorar  as  capacidades  e  a  redundância.
          veis, fossem de ordem operacional ou no cumprimento dos re-  Deste modo, a atualização dos seguintes equipamentos confere
          quisitos de segurança da navegação, foi efetuada a sua substi-  ao navio uma melhoria significativa no que respeita aos mais atu-
          tuição por dois novos radares Sperry VisionMaster FT banda “X”,   ais padrões ambientais e de segurança, higiene e saúde, promo-
          sendo um de 25kW de potência com a antena na mezena e o   tores de conforto e bem-estar a bordo e respeitando os diferen-
          segundo de 10kW com a antena no traquete. Esta solução evo-  tes ecossistemas onde o navio possa operar.
          lutiva proporciona uma melhoria na condução da navegação e   – GOI – o único equipamento a bordo foi substituído por duas
          um maior rigor e segurança, mesmo em condições de visibilidade   instalações GOI com uma produção individual de 20m /h, para
                                                                                                         3
          reduzida. Para este efeito, o radar selecionado dispõe de capaci-  uma produção total contínua de 40m /h. Esta alteração, enqua-
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          dade ARPA , interligação com o WAIS  e ECDIS, bem como com o   drada no perfil de missão do navio caracterizado por longos pe-
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          GPS, o odómetro e a girobússola.                    ríodos de permanência no mar, garante uma acrescida autono-
           – Girobússolas – também aqui, e pese embora a existência de   mia e redundância respondendo às preocupações com a saúde e
          duas giros tipo Sperry Mk27, a problemática de sustentação logís-  bem-estar das guarnições, evitando os regimes de água fechada
          tica era significativa, agravada pelo facto de uma das girobússolas   e melhorando a higiene.
          se encontrar avariada e a segunda apresentar um elevado estado
          de degradação devido à sua intensa utilização. Neste cenário, a
          solução encontrada foi recorrer a uma girobússola da marca PPK
          Meridian, mais recente que a Sperry Mk27, que se encontrava na
          posse da AA,SA  e com a revisão geral efetuada. Foi ainda adqui-
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          rida uma girobússola Sperry Marine NAVIGAT 2200, de tecnolo-
          gia FOG , integrada com outros sensores de bordo, indo assim ao
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          encontro da necessidade de redundância, maior rigor, segurança,
          desempenho e maior vida útil.
           – Odómetro e sonda – para o cálculo de velocidade e a medição
          da profundidade da coluna de água, o navio possuía dois odó-
          metros e uma sonda. Contudo um dos odómetros, o Sagem LHS,
          encontrava-se obsoleto e descontinuado. Decidiu-se, assim, pela
          aquisição e implementação de uma solução modular, de dupla
          funcionalidade (odómetro/sonda), com maior rigor e desempe-
          nho, e de reduzida manutenção. Esta solução, mais vantajosa e
          económica,  permitiu  substituir  o  odómetro  em  obsolescência,
          garantindo, em simultâneo, redundância à sonda. O equipamen-
          to selecionado foi o Skipper EMES60, integrado com o odómetro
          Naviknot III, com a sonda Elac e demais sensores.
           – Rede informática – aproveitando a oportunidade de decorrer
          uma intervenção de grande extensão no navio, procedeu-se a uma
          reestruturação e modernização profunda à infraestrutura de rede
          Ship-LAN de bordo, pois esta apresentava-se muito desatualizada
          e limitada na sua capacidade e abrangência. Foi com este objetivo
          que a rede foi grandemente ampliada e atualizada, tanto no que   – Separador de águas oleosas – o equipamento existente foi
          respeita à arquitetura como também ao nível de equipamentos   substituído  por  um  equipamento  moderno,  conferindo  ao  na-
          (ativos e passivos de rede). Conseguiu-se assim que o navio ficasse   vio a capacidade de efetuar o tratamento de águas oleosas dos
          apetrechado com um conjunto de servidores novos e robustos, re-  porões, filtrando-as até que a suspensão de óleo na água atinja


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