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REVISTA DA ARMADA | 565

























          MAHON – FASE SERIADO DAS OPERAÇÕES                   Estes intercâmbios têm-se revelado importantes para a parti-
                                                              lha de conhecimentos e para a observação de novas técnicas,
            Os navios atracaram no porto de Mahon, na Ilha de Menor-  táticas e procedimentos em vigor nas Marinhas congéneres. Os
          ca, por forma a realizar-se o último briefing antes do começo   mergulhadores que participaram no SPMINEX21 regressaram a
          do exercício – a Pre-Sail Conference (PSC). No dia 25 de abril   Portugal com o sentimento de missão cumprida num exercício
          realizou-se em Mahon o almoço comemorativo do 75.º aniver-  bem conseguido; os seus conhecimentos tinham sido colocados
          sário da Força MCM Espanhola. Nesse porto foram ainda pres-  à prova, as dificuldades bem superadas e estreitadas as rela-
          tados  cumprimentos,  pelo  Comandante  da  Equipa  do  DMS3,   ções com militares de diferentes marinhas da NATO; ou seja,
          ao Comandante da EUROMARFOR, embarcado no caça-minas   tinham feito jus ao lema In Aqua Optimi.
          SPS Segura. Devido às restrições sanitárias impostas, não foram
          concedidas licenças fora da Base Naval, mas os militares foram              Colaboração do COMANDO DO DMS3
          autorizados a sair dos navios para praticar atividade física.
           O  exercício  contou  com  uma  fase  de  seriado  de  cinco  dias,
          onde inicialmente as unidades aferiram os sensores para a bus-
          ca e deteção de minas. Posteriormente foram atribuídas áreas,
          para a limpeza de qualquer tipo de engenho, às várias unidades.
          O DMS3 teve a seu cargo uma área, junto a costa, que seria
          usada como canal de desembarque. No último dia desta fase foi
          realizado, pelas três equipas para a busca, um esforço conjunto
          de deteção e inativação de possíveis engenhos explosivos que
          impedissem a atracação da força na Base Naval de Porto Pi, na
          Ilha de Maiorca.

          PALMA – FASE TÁTICA DAS OPERAÇÕES

           A força atracou em Porto Pi, dando descanso à guarnição e permi-
          tindo os reabastecimentos de produtos alimentares, água e com-
          bustível. À semelhança do ocorrido em Mahon, não foram concedi-
          das licenças aos militares, com exceção para a prática de atividade
          física. Foi igualmente organizado um jantar-convívio na Base Naval,
          sempre com o devido respeito das regras de segurança sanitária.
           Após a regeneração, iniciou-se a fase tática do exercício, na
          qual as tarefas foram sendo atribuídas consoante as intenções
          do Comandante da Força e as informações recebidas sobre as
          forças  opositoras.  Ao  DMS3  foi  atribuída  a  responsabilidade
          pela identificação e deteção de engenhos explosivos no canal
          principal de navegação (Q - Route). O DMS3 teve um empenha-
          mento relevante, o qual contribuiu para o sucesso do exercício,
          totalizando mais de 62 horas de operação com o AUV e 51 mer-
          gulhos para investigação de contactos. Estes esforços culmina-
          ram na deteção de 8 minas de exercício.
           No final do exercício foram trocadas felicitações, lembranças e
          votos de sucesso futuro entre o COMTEMECON, o Comandante
          da EUROMARFOR e o Comandante do SPS Audaz. Uma vez che-
          gados a Cartagena, os militares do DMS3 desembarcaram do SPS
          Audaz e efetuaram o trânsito para Portugal por via terrestre.


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