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REVISTA DA ARMADA | 577

          ÁREA DE OPERAÇÕES DO MAR BÁLTICO

                          SNMG1 realizou a patrulha marítima nesta
                      O  região  durante  cerca  de  três  semanas,
                       período em que ocorreram ainda exercícios de
                       oportunidade com marinhas aliadas.
                        Entre os portos visitados pelo SNMG1 durante
                       este  período  de  navegação  no  Mar  Báltico
          destacam-se os portos de Aarhus  na Dinamarca, Tallin na Estónia
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          e Kiel na Alemanha.
           O período que se seguiu à largada de Aarhus, foi caracterizado
          pela  realização  de  exercícios  de  oportunidade  (PASSEX),
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          nomeadamente  com  meios  navais  e  aéreos  finlandeses ,
          conduzindo-se  exercícios  que  permitem  estreitar  laços  com
          países  aliados,  assegurando  valiosas  oportunidades  de  treino
          para as unidades do SNMG1.
           Com  a  força  naval  atracada  no  porto  de  Tallin,  realizaram-se
          diversas atividades entre elementos de forças NATO  destacadas   bordo, navegação incluída, antes da rendição de comando.
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                                                               De  regresso  ao  Mar  Báltico,  a  força  naval  atracou  no  porto
          neste país. A “vida” a bordo do NRP Corte-Real foi dada a conhecer   de  Kalundborg,  na  Dinamarca,  para  aquele  que  seria  um  dos
          a  cerca  de  20  militares  de  diversas  nações,  nomeadamente
          franceses,  alemães  e  ingleses;  o  mesmo  aconteceu  nas  outras   momentos  mais  importantes  desta  missão  –  a  rendição  de
                                                              comando do NRP Corte-Real.
          unidades navais. Em simultâneo, uma delegação composta por   A cerimónia em que o CF Amaral Henriques recebeu o comando
          cerca de 50 militares dos navios do SNMG1 visitou a Base Militar   do  navio  do  CF  Carmo  Falcato  foi  presidida  pelo  Comandante
          de Tapa, na Estónia, onde foram realizadas diversas atividades de   Naval,  VALM  Chaves  Ferreira,  e  contou  com  a  presença  da
          cariz miliar, como forma de “intercâmbio” entre países da NATO.   Comandante  da  SNMG1,  COM  Jeanette  Morang,  e  com  os
          Uma vez mais predominou a componente social e de partilha de   comandantes dos outros navios do SNMG1 .
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          conhecimentos e contatos entre elementos de diversas nações
          NATO, sem dúvida uma parte importante da missão conduzida   PASSEX COM O TASK-GROUP 6
          pela força naval.
           Kiel, tão conhecido  pelos marinheiros portugueses, foi o último
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                                                               Já  sob  as  ordens  do  novo  Comandante,  a  fragata  Corte-Real
          porto do Báltico, antecedendo mais uma tirada no Mar do Norte,   largou pela última vez dum porto enquanto navio integrante do
          que  levaria  o  SNMG1  a  visitar  terras  britânicas  –  o  porto  de   SNMG1, dado que o próximo porto da força seria Lisboa.
          Newcastle Upon Tyne.
           O período de permanência no Mar Báltico terminou com um   Após  a  largada,  foi  conduzido  um  PASSEX  importante  com  o
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          breve  PASSEX  com  uma  força  anfíbia  norte-americana  que  se   grupo-tarefa   anfíbio  norte-americano  AS6.  O  PASSEX  durou
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          encontrava  de  chegada   e  com  quem  o  SNMG1  haveria  de  se   operacional.  Os  navios  que  constituíam  a  Força  Naval  da
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          cruzar mais para a frente na missão, e realizar um importante   NATO  navegaram  em  conjunto  com  os  navios  americanos  USS
          exercício de três dias.
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                                                              e  realizaram  diversos  exercícios  de  luta  de  superfície  e  defesa
          ÁREAS DE OPERAÇÕES DO MAR DO NORTE E DO             aérea,  luta  antissubmarina,  manobras  e  evoluções  avançadas
          MAR BÁLTICO                                         entre as duas forças e ainda treino de reabastecimento no mar.
                                                               Uma  vez  mais,  demonstrou-se  a  importância  deste  tipo  de
          RENDIÇÃO DE COMANDO

           Após ter saído do Mar Báltico, o SNMG1
          realizou  um  período  de  navegação
          extenso,  que  englobou  um  desafiante
          planeamento  de  treino  preparado
          para elevar os padrões de resposta das
          unidades que integram esta Força Naval.
          Após esses diversos exercícios de tiro, de
          luta de superfície e defesa contra ameaças
          assimétricas, de treino de procedimentos
          de comunicações, e ainda de treino de
          emergências internas tais como combate
          a incêndio e alagamentos, a Força Naval
          atracou  no  porto  de  Newcastle Upon
          Tyne, no Reino Unido.
           Neste  porto  embarcou  o  futuro
          comandante  do  NRP  Corte-Real,  o  CF
          Amaral  Henriques,  que  acabaria  por
          receber  serviço,  conhecer  a  guarnição
          e familiarizar-se com a fragata durante
          os cerca de dez dias que permaneceu a


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