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REVISTA DA ARMADA | 579
Carta de Navegação – Barra e Porto de Caminha
Livro de Horas de Navegação.
a sua comparação com situações anteriores, de modo a serem RA: O que viveu a bordo e da sua experiência como Comandante
atualizadas. Era também importante o contacto com os pescadores da Átria, o que guarda com mais saudade desses tempos?
ou pilotos das embarcações, em ações de esclarecimento de FS: Sem dúvida a camaradagem, o espírito de equipa que
dúvidas que tivessem. tínhamos, o excelente apoio da Capitania de Caminha,
a possibilidade de ter podido colaborar na melhoria das condições
RA: A guarnição era composta por quantas pessoas? de muitas pessoas que necessitavam de apoio para a legalização
FS: A guarnição era composta por mim, por um Cabo e dois da sua condição de pescador com embarcação.
Primeiros-marinheiros. O objetivo foi sempre, educar, tornar natural o comportamento
dos que tinham as suas embarcações para a pesca e mesmo os
de recreio que, na altura, eram uma minoria, de forma a legalizar
as diversas situações. Foi realmente gratificante verificar que se
pode fazer cumprir, exigir e, ao mesmo tempo, tranquilamente,
ensinar! A colaboração e a sintonia com as outras autoridades
também existia.
RA: Apesar da sua passagem pela Marinha tenha sido por um
curto período de tempo, que marca ainda hoje está presente na
sua vida, para além da saudade?
FS: O que mais me marcou foi, sem dúvida, o espírito de
colaboração e disciplina que esteve sempre presente, na EN,
no NRP Save, no NRP Átria e na proximidade da Capitania.
Estava habituado a trabalhar em equipa, era Internacional de
Voleibol e Campeão Nacional pelo FCPorto, mas a Marinha
veio solidificar os meus princípios e quando regressei à minha
profissão, sempre procurei implementar o espírito de união,
entreajuda e responsabilidade que tanto vivi nos meus 26 meses
na Marinha!
Ana Alexandra de Brito
Eng° Ferreira da Silva.
CTEN TSN-COM
DEZEMBRO 2022 21