Page 374 - Revista da Armada
P. 374
HISTÓRIAS DE MARINHEIROS
77-Uma jornada histórica
comandante do navio - era guardas-marinhas saídos, . fresqUi- nição desembarcaria. Seria, assim,
um aviso de"2." classe - não nhos, da Escola Naval, e embarca- dentro da histórica fortaleza, que o
O se limitava ao exercicio aslri· dos, há pouco, no navio. guarda-marinha evocaria toda a obra
to, embora competente, das suas Calhou, naquela vez, o aviso an- imorredourade O. Henrique.
funções. Promovia, interessado, a dar em exercícios na costa algarvia. O palestrante, em conversa com
cultura da sua guarnição, com ênfa- E a viziohança do Promontório Sacro os camaradas, não se mostrava
se particular sobre a história pátria a, logo lhe sugeriu palestra sobre a preocupado. Confidenciou que con-
dentro desta, sobretudo, sobre a obra do Infante. Como inevitável, tactaria imediata'm'ente um seu cu-
época gloriosa dos Descobrimentos. convocou para a camarinha um dos nhado que, numa coincidência feliz,
Já em conversa com os .. oficiais - na guardas-marinhas. Assim lhe expôs era professor de história no liceu de
ponte, nas câmaras, no convés - , o plano: daí a uma semana o navio Faro. Estava certo que este lhe re-
os temas da sua preferência centra- fundearia em Sagres e, nas baleei- meteria, muito a tempo, trabalho de
vam-se sempre à volta dos Gamas, ras e escaleres, guarnecidos os pos- fôlego, O que sucedeu,
dos Dias, dos Cabrais. Mas a sua tos essenciais de bordo, toda a guar- No dia aprazado - era em Julho
predilecção mais vincada ia para as
palestras à guarnição, que ora profe- ( I
ria ele próprio ou, outras vezes, de-
legava em algum oficial. L
A bordo tinha, na ocasião, maté-
ria-prima facilmente mobilizável para
o efeito: nada menos de que quatro
~
11; ,
" (
'\ }-c-' ~Ht
I',
1-
...Jl.-1.. .4.' ( í
)
11 );,
12