Page 350 - Revista da Armada
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ETIT! o que é isso?»~
Os oficiais, sargentos e praças que o Arranque
prestam serviço na Escola de
Tecnologia de Instrução e Treino Em 1974, foi criado o Grupo de Trabalho para o
Estudo da Instrução na Armada, que elaborou um
(ETIT) sentem-se desanimados
memorando com diversas recomendações, entre as
quando os seus camaradas lhes quais preconizava a criação do CP!. Esta recomenda-
perguntam onde estão colocados e, ção obteve a concordância do almirante CEMA e,
respondendo que estão na ETIT, através do seu Despacho n,O 36/75, de 27 de Março,
logo são confrontados com a foi criado aquele curso destinado a preparar os futu-
ros instrutores para as tarefas docentes nas escolas
seguinte pergunta: (eQue é isso?))
• Assim, o actual director de da Armada .
Em Abril de 1975, realizou-se o primeiro CPI numa
instrução desta Escola, com a sala da Escola de Armas Submarinas (EAS), ministra-
colaboraç~o dos instrutores, do pelos então comandantes Espadinha Galo e Joel
decidiu produzir esta resenha PascoaL
histórica que mostra, em traços Ainda no ano lectivo de 1974/75 realizaram-se
mais dois CPI no G1EA e outros dois no G2EA, com
largos, as origens da ETIT, o que
a duração de 12 dias úteis e com a frequência de
ela foi no passado recente e aquilo 15 alunos cada um, ministrados por estes mesmos ofi-
que é hoje. ciais.
A Consolidação
COMO NASCEU O CURSO DE PREPARAÇÃO DE INSTRUTORES ICPI)
A partir do ano lectivo de 1975/76, inclusive, o CPI
A Primeira Tentativa
passa a realizar-se apenas no G2EA com um plano de
curso estruturado em moldes semelhantes aos prati-
s raízes do CPI mergulham até 195], altura em
cados nos EUA e com a duração de quatro semanas.
que os então segundos-tenentes Saturnino
A Monteiro e Nunes da Silva frequentaram nos
Estados Unidos da América (EUA) um curso sobre o Crescimento
problemas de instrução. Regressados a Portugal, em
1952, ministraram no Grupo n. o 1 de Escolas da Arma- Em 1976, os então primeiro-tenente Osório Sayan-
da (G1EA) o (!Curso do Instrutoru em moldes seme- da e primeiro-sargento C Domingos da Fonseca
lhantes ao que haviam frequentado nos EUA; porém, frequentaram nos EUA o ((Instructor Basic Course»,
esta experiência não teve continuidade. ficando definitivamente vinculados ao CPI, que conti-
Entretanto, do trabalho realizado por estes dois nuou a funcionar na EAS, agora com uma equipa de
oficiais foi editado, em 1853, o uManual do Instrutor dois oficiais e dois sargentos, sendo director de ins-
• da Armada», da autoria do então segundo-tenente truçãoo comandante Tavares da Silva.
Nunes da Silva, que foi distribuído pelos estabeleci- Entretanto, o Despacho n,O 100/77, de 15 de De-
mentos de ensino da Armada. zembro, do almirante CEMA, estabeleceu a lotação
do CPI: um oficial superior, um oficial subalterno e
dois sargentos.
A Segunda Tentativa A partir do ano lectivo de 1977/78 foi também atri-
buída ao CPI a tarefa de ministrar a disciplina de Ins-
Na mesma época, o comandante Satumino Mon- trução do Pessoal (!P) aos cabos do Curso de Forma-
a
teiro elaborou o uCurso de Técnicas de Instruçãou , ção de Sargentos (1. fase) , o que se manteve nos
segundo o m~todo de instrução programada, que foi anos subsequentes.
igualmente posto à disposição dos instrutores das Em 1980 foi criado o Curso Sobre Desenvolvimen-
escolas. to de Objectivos e Controlo da Instrução; neste ano,
Em 1968, os então primeiros-tenentes Espadinha realizaram-se três destes cursos.
Galo e Catarina Salgado frequentaram nos EUA o Em 1982, coube ainda ao CPI ministrar a disciplina
((Instructor Basic Course». Após o seu regresso, per- de Métodos e Técnicas de Instrução (MTI) a dois cur-
maneceram cerca de dois meses na Direcção do Servi- sos de agentes monitores do Serviço Nacional de
ço de Instrução a preparar um novo curso de instruto- Bombeiros, realizados na Escola de Limitação de
res, que não chegou a ser ministrado. Avarias.
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