Page 344 - Revista da Armada

Fig. 1

AM1 Sul da marina até à eclusa AM3 Da porta do Tejo (inclusive) P. de desembarque POC Posto de observação e controlo
até à Torre Vasco da Gama (principal / alternativo)
AM2 Da eclusa até à porta do Tejo A, B, C,D Graus de prontidão de acordo
e Doca dos Olivais NS Nadador salvador MG Mergulhadores com os estados de segurança

ponsabilidade na Segurança ção do recinto, onde a água foi o Foi uma das situações que, leiros (CCF) e Comandante do
Nacional e Serviços de Protec- elemento chave, apresentava ris- gerou alguma polémica e demo- Destacamento de Mergulhadores
ção Civil; cos que tiveram de ser conveni- rou algum tempo a encontrar nº 1 (DMS1), tendo servido co-
• A produção dos Planos de entemente avaliados e cobertos. uma solução adequada e exe- mo linha orientadora para pre-
Contingência e de Emergência e quível, tendo sido resolvida dias parar o Plano de execução da
das respectivas comunicações SEGURANÇA DA FRENTE RIO antes do ensaio geral (09 de missão (3) apresentado ao Co-
Assim, podemos considerar E ÁREA MOLHADA Maio de 98), com uma decisão mando Naval (CN) em 15 de
que a estrutura da segurança do tomada ao mais alto nível (1), Maio pelo CCF e que foi aprova-
Parque EXPO teve níveis dife- A Segurança da Frente Rio e atribuindo esta missão (ver caixa) do pelo VALM Comandante Na-
rentes: Área molhada contígua ao recin- de socorro e salvamento à Mari- val (COMNAV) (4).
• Autoridade Coordenadora de to foi um dos aspectos delicados nha (Corpo de Fuzileiros e Mer- O empenhamento dos Mergu-
Segurança (ACS), que integrou as e uma das componentes impor- gulhadores), durante o período lhadores foi também definido
Autoridades e Instituições com tantes do sistema de Segurança de realização da EXPO 98 (22 pelo CN.
responsabilidade na Segurança do Parque EXPO 98. Com efeito, de Maio a 30 de Setembro). Convém salientar que, entre-
Nacional (Dec-Lei nº 353/97, de considerando que existiam riscos O pessoal e meios atribuídos tanto, a DSS teve conhecimento
13 de Dezembro); no âmbito da Segurança Maríti- ficaram na dependência da Di- da existência de um plano elabo-
• Autoridades de Segurança ma, tendo em conta a contigui- recção dos Serviços de Segu- rado em regime de consultoria
Nacionais (PSP, PJ, SEF, GNR, dade do recinto da Exposição rança (DSS) do Parque EXPO 98 externa que, posteriormente foi
Capitania do Porto de Lisboa, com o rio Tejo, assim como as (2), cuja responsabilidade de enviado para a Capitania do
Reg. Sap. Bombeiros, etc..); suas características, os espectácu- coordenação foi, entretanto, Porto de Lisboa para eventual
• Centro de Operações e Contro- los programados, a concentração atribuída ao oficial Fuzileiro con- aprovação.
lo (COC) da Direcção Geral de de pessoas em vários locais junto tratado pelo Parque EXPO 98. No entanto, importa referir
Operações onde estava centra- ao rio, a contingência de quedas Tendo em conta a avaliação que, antes daquela tomada de
lizada toda a informação neces- à água tinha uma elevada proba- de riscos efectuada, foi elabora- decisão e tendo conhecimento
sária à conduta das operações; bilidade de ocorrer durante o do um Plano de Segurança e Sal- do elevado desempenho dos
• Unidade de segurança que período de realização da EXPO vamento da Frente rio/Área Mo- Fuzileiros em missões com cara-
tinha como base da sua estrutura 98, como aliás aconteceu, mas lhada (30 de Março), no âmbito cterísticas semelhantes, no âm-
a DSS, constituída pelo Serviço felizmente sem perda de vidas da DSS que, posteriormente, e bito nacional e internacional,
dos espaços abertos, o Serviço humanas (ver caixa – acções de após solicitação, foi apresentado reconhecendo as suas potencia-
das Áreas cobertas, os Serviços salvamento). ao Comando do Corpo de Fuzi- lidades e considerando que não
técnicos de segurança e o Servi- existia uma alternativa credível
ço de controlo e procedimentos que oferecesse garantias de
e cujas tarefas atribuidas foram eficácia funcional para a exe-
executadas por elementos de cução da missão em causa, foi
empresas de segurança privada solicitado à Marinha, pelo Par-
contratadas para o efeito; que EXPO 98, o apoio dos Fuzi-
• Sistemas de segurança dos par- leiros na segurança próxima da
ticipantes. Área molhada. É de registar a
A EXPO 98 foi uma nave mag- excelente colaboração e apoio
nífica, ancorada no Tejo, que dado pela Direcção Geral de
generosamente nos convidou a Operações e a Direcção dos
descobrir as maravilhas oceâni- Serviços de Segurança, que per-
cas, espaços terrestres, urbanos e mitiu activar e operacionalizar,
rurais, caminhos do futuro cientí- num curto espaço de tempo, a
fico e tecnológico; portanto, a Segurança da Frente Rio e Área
própria localização e configura- Bote dos Mergulhadores num exercício de salvamento. molhada.

18 NOVEMBRO 98 • REVISTA DA ARMADA