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Reestruturação do sistema
                          Reestruturação do sistema

                 de formação da Marinha - RSFM
                 de formação da Marinha - RSFM



               Sistema de Formação    CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO         forte influência da revisão em
               da Marinha (SFM) ba-          (Sequência de actividades dos Sub-Projectos)  curso do EMFAR, da aplicação
         Oseado, doutrinariamen-          Sub-Projectos      Jul 98  Jan 99 Jul 99 Jan 00 Jul 00  da nova Lei de Programação
         te, no modelo de abordagem                                                     Militar e da profissionalização
         sistémica, comum a muitas ou-  A1      GLOSSÁRIO     X              ® X        das Forças Armadas.
         tras Marinhas da NATO (1) e da  A2  REG. SFM         X              ® X
         União Europeia (U.E.), procura  A3  ESTAB. ENSINO    X                         O QUE JÁ SE FEZ!
         harmonizar os requisitos de for-  A4  CURSOS         X X                  X
                                         GESTÃO FORM.
                                    A5
         mação (perfis de formação) de  A6  PROCESSO FORM.                         X      Em 29 de Julho o VALM  SSP
         âmbito interno com aqueles que  A7  MANUAL QUALIF.                        X    produzia um despacho de con-
         são adoptados para o exercício  A8  CERTIFICAÇÃO               X          X    cordância com o Plano de
         de profissões civis, ajustando-se  B1  FGC           X                         Acção que o Grupo Coorde-
         aos desígnios das qualificações  B2  FTB                  X
         profissionais na U.E. e das ori-  B3  FTE                 X                    nador lhe propusera e acrescen-
         entações superiores para os  B4  PADRÕES PROF.                  X              tava que esse plano de acção
         quadros e profissionais da Ad-  B5  FCS                         X              devia envolver (mobilizar)
         ministração Pública.       B6   FORM. P/ MILIT. CIVIS   X           X ®        todos os participantes.
           Os elevados níveis tecnológi-  C1  ED                              X           Foi assim que no passado dia
         cos dos sistemas que equipam  C2  SIMUL. MULTI.                      X         10 de Setembro, no G2EA, se
         muitos dos navios e unidades  C3  INTER/INTRANET                     X         passou à acção no que diz
         da Marinha, bem como os cor-  C4  CFR                                X         respeito a este projecto. Na ver-
                                                                              X
                                         INFORMATIZAÇÃO
                                    C5
         respondentes padrões de de-                                                    dade, nesse dia, realizaram-se
         sempenho requeridos ao pesso-  projecto a que preside o CALM
         al, determinam uma formação  Leitão Rodrigues (DSF) e que é
         profissional exigente e de quali-  constituído pelos  CMG AN
         dade, na sua quase totalidade  Almeida de Moura, CFR Neves
         para “consumo próprio”. O cus-  de Almeida; CFR EMQ Lopes
         to de um tal sistema é, em ter-  da Costa e CTEN AN Neves
         mos humanos, materiais e fi-  Agostinho.
         nanceiros, muito elevado.   Este grupo é secretariado pe-
           Com oportunidade pois, o  lo 1SAR MQ Lopes Morgado.
         Almirante Vieira Matias decide  A forma de resolver esta
         sobre o projecto de reestrutu-  necessidade foi decidida ser
         ação do sistema de formação  executada através de grupos de
         que, sob a orientação do VALM  trabalho responsáveis por sub-
         Castanho Paes (SSP), deverá ser  -projectos e que trabalharão
         concretizado por um grupo de  com um plano de acção próprio.  INTERVENÇÃO PERMANENTE  as primeiras jornadas formati-
                                                              COM OUTROS                vas da RSFM,  que congrega-
            “A profissionalização nas Forças Armadas será a resposta válida a este      ram cerca de setenta oficiais de
          enorme desafio (a mudança), mas só é possível ter sucesso na sua implan-  DESENVOLVIMENTOS  diversas Unidades e Organis-
          tação se a ela estiverem associados novos modelos de formação, o que vai
          exigir uma reflexão profunda sobre todos os estabelecimentos de ensino a  Os acertos de forma, que não  mos da Marinha, sob a direcção
          diversos  níveis tutelados pelo Ministério da Defesa Nacional, designada-  de princípio, a efectuar deverão  do Presidente daquele grupo de
          mente sobre a sua missão, organização funcional, estruturas curriculares,     projecto.
          novas metodologias de ensino e actividades de investigação, desenvolvi-  consubstanciar-se  com a con-  Que o trabalho seja profícuo e
          mento ou demonstração, em ligação efectiva às unidades operacionais e ao  cretização dos projectos em  que cada um encare este mo-
          mundo empresarial e de serviços”, (Ministro da Defesa Nacional, Profº Drº  curso relativos aos Reordena-
          Veiga Simão).                                       mento do Parque Escolar (RPE),  mento como um desafio à sua
            O preâmbulo do despacho do Alm. CEMA a que aludimos explicita que,          própria participação e como
          “considerando a necessidade de adaptar o Sistema de Formação da  Lotações na Marinha (GPLM),  uma oportunidade para indi-
          Marinha (SFM) às novas realidades identificadas  e caracterizadas no semi-  Reestruturação do Sistema de  vidualmente ou colectivamente
          nário organizado pelo Direcção do Serviço de Formação, em Maio de 1997,  Formação de Marinha (RSFM),
          subordinado ao tema “A Reestruturação do SFM”, designadamente a cria-  no sentido da modernização  contribuir para o processo de
          ção de novas classes para Sargentos e Praças, a elevação dos níveis  das suas estruturas (regula-  mudança em curso.
          académicos e a implementação de níveis de qualificação profissional para o
          ingresso e progressão nas carreiras, a profissionalização das Forças  mentares, organizativas, insta-  (Colaboração da DSF)
          Armadas, os incentivos ao pessoal RV/RC, a redução de efectivos, os cons-  lações, equipamentos, etc.) e do
          trangimentos financeiros, a rápida evolução tecnológica, e outros decor-  reforço da qualidade através da
          rentes de abertura da Marinha ao exterior, importa reestruturar o SFM. Esta  reformulação da referida ASF,
          reestruturação deverá efectuar-se por forma a envolver o universo de todo     NOTAS:
          o pessoal, duma forma contínua e multidisciplinar, visando, não só, as  como forma de manter a  (1) No preciso momento em que,
          necessidades da Marinha enquanto organização, mas também, a valoriza-  Marinha na “linha da frente”  o grupo de trabalho de educação
          ção constante  dos seus recursos humanos, …”        dum tipo de formação que lhe é  e treino daquela organização se prepara
            O leitor identificará, sem dificuldade, concordância entre estes dois do-  indispensável, e é estratégica ao  para reflectir e aprovar uma evolução do
          cumentos, numa perspectiva de mudança acentuada, rápida, e a acontecer a  nível do país e da Instituição.  modelo de abordagem sistémica, visando
          relativamente curto prazo. Isto também é para si!                             a sua articulação com o modelo
                                                               A RSFM será executada, sob  de qualidade na formação.
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