Page 381 - Revista da Armada
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ISNG : Indique-me um organismo da Marinha que actualmente não DIRECTORES DO INSTITUTO SUPERIOR NAVAL DE GUERRA
tenha dificuldades...Claro que é obrigação de cada responsável
procurar resolver essas dificuldades até ao limite das suas competên- CMG - Joaquim Marques Esparteiro 09.11.48 a 25.09.51
cias. É isso, justamente, que tenho procurado fazer, como aliás, já CMG - Gabriel António Prior (a) 25.09.51 a 19.05.54
sucedia com os meus antecessores... COM - Fernando Quintanilha Mendonça Dias (b) 27.07.54 a 13.07.55
CALM - Joaquim Marques Esparteiro (c) 23.01.57 a 26.01.60
Mas respondendo à sua pergunta ... O edifício onde está instalado CALM - Jorge Maia Ramos Pereira (c,d) 26.01.60 a 16.03.62
o Instituto, não obstante muito apreciado por todos os que nos visi- CALM - Vasco Lopes Alves (c) 24.04.62 a 27.07.67
tam, não é funcional, como se sabe. Não foi construído de raiz para CALM - Rogério Silvério de Castro e Silva (c) 27.07.67 a 03.11.70
os efeitos a que se destina. E isto é tanto mais significativo quanto hoje CALM - Eugénio Ferreira de Almeida (c) 03.11.70 a 28.12.70
em dia se têm presentes novos requisitos, justificados, de infra-estru- CALM - Eugénio de Sequeira Araújo (c) 28.12.70 a 20.09.73
turas de ensino e do respectivo equipamento. Assim mesmo, temos a CALM - Lino Paulino Pereira (c) 18.12.73 a 17.05.74
convicção de que utilizamos exaustivamente os recursos disponíveis CALM - Roberto I. Ferraz de Carvalho (c,d) 21.05.74 a 01.04.76
na esperança que melhores dias virão.... COM - Nuno Ximenes Teixeira de Aragão (b) 06.04.76 a 13.12.76
CALM - Armando E. C. R. Filgueiras Soares 07.01.77 a 20.12.78
VALM - Fernando S. Coelho da Fonseca 29.12.78 a 18.07.85
RA : Já abordámos um pouco da história do passado, do presente e... VALM - António E. de A. B. Ferraz Sacchetti 18.07.85 a 17.03.88
quanto ao futuro? VALM - Paulo Joaquim Costa Teixeira 20.04.88 a 13.09.90
VALM - António Maria Quesada Andrade 13.09.90 a 22.10.95
ISNG : O futuro, costuma-se dizer... a Deus pertence... A nossa VALM - Jaime Barata Botelho 22.10.95 a 15.04.97
crença, no entanto, é que se a 2000 chegar, a Marinha, de 2000 há- VALM - Carlos Jorge F. de Magalhães Queiroz 13.05.97 a ...
-de passar...Quanto ao órgão com a responsabilidade de dar satis-
fação às necessidades da Marinha em matéria de formação comple- (a) Interino (b) Actual posto de Contra-Almirante
mentar dos oficiais no campo doutrinário e técnico das ciências mil- (c) Actual posto de Vice-Almirante (d) Interino, enquanto Comodoro
itares, ele pode assumir várias configurações. O ISNG tem sido uma
delas e falando pelo passado, tem provado bem. RA : Uma questão que o sr. Almirante não mencionou, até agora,
foi o envolvimento do ISNG na anunciada criação, pelo Sr.
RA : O Sr. Almirante está a admitir que venhamos a assistir a uma Ministro da Defesa Nacional, da designada Universidade das
evolução do ISNG ? Forças Armadas...
ISNG : A evolução das organizações, visando aperfeiçoar a maneira ISNG : É um bom ponto, mas lamento não estar bem colocado para
como poderão alcançar os seus fins últimos, faz parte da sua própria responder a essa questão. A única coisa que posso informar é que
vida. Qualquer solução que assegure, melhor ainda, se possível, o na sequência da publicação do Despacho MDN nº 3581/98, de 13
cumprimento da missão do de Fevereiro, tiveram lugar
ISNG é naturalmente de pon- MEDALHA COMEMORATIVA reuniões da comissão, de
derar. Se simultaneamente DO 50º ANIVERSÁRIO DO I.S.N.G. que fiz parte, encarregada de
com este requisito forem satis- “ elaborar um relatório sobre
feitos requisitos comuns aos o novo modelo do sistema
três ramos, tanto melhor. Está universitário das Forças
em causa, designadamente, Armadas e bem assim, um
uma formação depois da projecto de dec.-lei que o
Escola Naval, ao longo da car- consagre”. Posteriormente o
reira, com mais pontos de Sr. Ministro anunciou aos
contacto entre os oficiais dos Chefes dos ramos a tomada
três ramos, sem perda, porém, de medidas, a curto prazo,
das especificidades dos ramos sobre o assunto, pelo que
a que pertencem. Noutro resta aguardar. No mesmo
plano, não é de excluir uma quadro é oportuno recordar,
maior abertura do Instituto à já agora, a publicação do
cooperação com outras instituições nacionais e estrangeiras, civis e Decreto-Lei nº 205/98, de 11 de Julho, que torna extensivo às
militares, na sequência, aliás, da frequência de cursos, na Junqueira, Forças Armadas, mediante adaptação, as linhas gerais da avaliação
por civis nacionais e por militares de outras marinhas estrangeiras e de do ensino superior civil.
outros ramos das nossas Forças Armadas. E também da deslocação de A iniciativa deve ser acolhida com natural satisfação, no pressu-
elementos do ISNG ao estrangeiro, como aconteceu este ano, por posto que não envolverá medidas que ponham em causa aspectos
exemplo, para participação na chamada EUROWEEK, que reune ofici- fundamentais do interesse das Forças Armadas.
ais dos Institutos congéneres das marinhas europeias. A natural adesão resulta do facto de nessa linha, por exemplo,
parte da formação ministrada no ISNG poder passar a ter reconheci-
mento externo à Marinha, sob a forma de unidades de crédito. Se
a estas unidades de crédito acrescentarmos outras unidades de
crédito baseadas em formação posterior em universidades civis, por
iniciativa dos próprios oficiais, ter-se-ão criado então condições
para a atribuição formal de um grau universitário. Trata-se de um
estímulo, não só para os oficiais, como para o próprio Instituto.
RA : Está na altura de terminarmos esta entrevista...Qual era a me-
lhor prenda que o ISNG, na pessoa do seu director, gostaria de rece-
ber pelo 50º aniversário da instituição ?
ISNG : Que os oficiais nomeados para os cursos deste ano, conclu-
am, também eles, que mereceu a pena, afinal, o empenho que puse-
Recepção ao Curso Superior Naval de Guerra (1996/97) ram nos cursos frequentados no ISNG, no seu Instituto.
REVISTA DA ARMADA •DEZEMBRO 98 19