Page 389 - Revista da Armada
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NOTÍCIAS
INSTITUTO SUPERIOR NAVAL DE GUERRA
NOVO ANO LECTIVO
Personalizado pelo Instituto convidados. O director, VALM
Superior Naval de Guerra, o Magalhães Queiroz, depois de
espírito da Junqueira renova-se saudar os presentes, apresentou
todos os anos com a sessão um breve historial da génese e
solene de abertura do período evolução do ISNG no meio
lectivo, ocorrida este ano a 4 de século da sua existência, à luz
Novembro, justamente o dia dos factores que a determi-
em que há meio século era pu- naram.
Mesa da Presidência da abertura do ano lectivo do ISNG.
blicado o diploma que o criava. Fez ainda um balanço das
Longe de uma rotina, trata-se actividades passadas e perspec- de apresentar a oração de e o Vice-CEMFA, general Vaz
de um evento pleno de signifi- tivou o futuro, num quadro sapiência, desenvolvendo o Afonso. Após a lição inaugural
cado que dá início a um novo alargado de objectivos, preocu- tema “Liderança nas Forças foram entregues diplomas de
ano de dedicação a uma causa pações e ansiedades, próprias Armadas”. conclusão do curso aos oficiais
sublimemente expressa na de quem encara as suas respon- Presidiu à cerimónia o Al- dos CSNG 97/98 e CCNG
divisa do Instituto: “DOCERE sabilidades no cumprimento de mirante CEMA, Almirante 97/98.
AD VINCERE”. Cuidou-se, por uma missão que os tempos Vieira Matias, tendo tomado Seguiu-se um beberete de
isso, de assinalar o aconteci- actuais se encarregaram de lugar na mesa de honra, além convívio entre convidados,
mento em ambiente revestido transformar em desafio. do director, VALM Magalhães membros do corpo docente e
de toda a solenidade, com a Coube este ano ao CFR EMQ Queiroz, o general S. Amaral, oficiais que frequentam os cur-
presença distinta de numerosos RES Costa Pereira a distinção em substituição do Vice-CEMA sos, na messe de oficiais.
CORPO DE FUZILEIROS
ENCERRAMENTO DO ANO OPERACIONAL
Todos os anos o Corpo de equipamento individual e Apoio de Serviços, destinado a
Fuzileiros assinala o Encerra- colectivo, que pelas suas conse- garantir a autonomia necessária
mento do Ano Operacional quências operacionais e dimi- a forças expedicionárias.
com uma cerimónia militar sim- nuição de custos de manuten- A Cerimónia Militar, presidi-
ples na expressão, mas rica no ção, representam uma significa- da pelo Comandante Naval,
conteúdo para as Unidades de tiva melhoria. Destacam-se de Vice Almirante Reis Rodrigues,
Fuzileiros. entre outros, as novas viaturas decorreu na Base de Fuzileiros
Este momento representa não ligeiras armadas, os novos em 20 de Outubro, tendo termi-
só o fechar de um ciclo, mas equipamentos individuais, os nado com o desfile das forças
também o início de um novo O Comandante do Corpo de Fuzileiros equipamentos de comunicação, em parada, a que se seguiu uma
Ano Operacional, no qual se na sua alocução. as novas armas colectivas LG 40 exposição video-fotográfica
pretende projectar os ensina- se torna o desejado navio anfí- mm, os visores nocturnos para sobre os Fuzileiros e uma
mentos recolhidos anterior- bio (polivalente), pela mais valia condutores e patrões de bote e mostra dos novos equipamen-
mente, na procura do nível de que certamente proporcionaria. um conjunto de material de tos adquiridos.
operacionalidade, eficiência e Igualmente de referir a mis-
prontidão, que permita ao Cor- são desempenhada na EXPO HOMENAGEM
po de Fuzileiros ombrear com 98, que mais uma vez permitiu AO ALMIRANTE ARMANDO DE ROBOREDO
forças congéneres, com a profi- salientar a importância de for- Conforme já é tradição, realizou-
ciência que a Marinha e o País ças específicas, versáteis, prepa- -se em 16 de Setembro de 1998, no
certamente esperam. radas e dotadas de meios, para cemitério do Alto de S. João, a
Ano difícil, este agora termi- operarem em qualquer meio Cerimónia Comemorativa do 11º
nado, não tanto pela intensida- ambiente. Aniversário da Morte do Almirante
de e complexidade das missões, Ao nível do treino operacio- Armando de Roboredo. Ao acto
mas principalmente pela persis- nal, mereceram relevo o intenso presidido, pelo Comandante do
Corpo de Fuzileiros, assistiram
tente falta de pessoal que obri- programa realizado, a partici- ainda a viúva, Senhora Dona Maria
gou, ao longo de todo o ano, a pação no Lusíada 98 e a aquisi- Leonor Magalhães Corrêa de
pesados regimes de serviço. ção pelo DAE da valência ope- Roboredo, os Comandantes das
Neste contexto é de referir, racional paraquedismo militar. Unidades de Fuzileiros e delegações
pela sua importância e significa- Também o reequipamento de Oficiais, Sargentos e Praças em
do a participação na Força de operacional ao abrigo da Lei de representação das mesmas.
resgate na Guiné, integrando Programação Militar teve um O Comandante do Corpo de Fuzileiros, na ocasião, usou da palavra
uma força anfíbia da Marinha significado especial, pois con- para enaltecer a figura de relevo do Almirante Armando de Roboredo,
que de orgulho nos encheu, da- forme referiu o Comandante do marco indelével da história recente dos Fuzileiros e de cuja acção
do o inquestionável nível de vi- Corpo de Fuzileiros no seu renasceram os “Soldados do Mar”.
Cumpriu-se assim um dever, evocando a memória de um homem
sibilidade e desempenho con- acalorado discurso, ganhou que constitui um referencial e um exemplo para todos os que usam a
seguidos e que mais uma vez uma expressão significativa boina azul ferrete.
fez recordar o quão necessário com a aquisição de variado
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