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seguinte, foram efectuadas novas experiên- do Duque, sem obter resultados conclusivos.
cias a navegar. (2) Já perto dos anos 20 estas estações acabariam por
Mas as primeiras mensagens transmitidas ser substituídas por equipamentos de onda contínua.
(3) A Marinha optara, definitivamente, por esta com-
por pessoal português acabariam por partir panhia.
de outro cruzador, o “S. Gabriel” (4), em 11 (4) O navio dispunha apenas de duas praças habili-
de Dezembro de 1911, ao iniciar uma tadas: o cabo sinaleiro Roberto F. Pereira e o primeiro-
viagem de circum-navegação, para o posto -marinheiro José Joaquim Rajo. O primeiro tinha
telegráfico de Vale do Zebro (5), onde fun- capacidade de transmitir 20 palavras por minuto e de
receber apenas 10.
cionava o Serviço e Escola Prática de (5) Este posto funcionava apenas para efeitos de
Torpedos e Electricidade (SEPTE) (6). Mais instrução. O primeiro posto de TSF para o serviço nor-
tarde estabeleceria comunicações com o mal seria instalado a 16 de Fevereiro de 1910 no canto
paquete inglês “Astúrias”, a 158 milhas de sudoeste da casa da Balança.
(6) Este Serviço foi criado no mesmo mês em que o
distância. O posto de TSF (Marconi) tinha “D. Carlos” efectuou as primeiras experiências.
sido montado pouco antes da viagem (7) De acordo com o relatório do Comandante do
(tendo obrigado a retirar o mastro da navio, CFR Pinto Basto.
mezena e a deslocar o grande) e tinham
sido realizadas experiências por dois técni- Bibliografia
cos ingleses dois dias antes. O alcance COLLINS, A. Frederick, “The Slaby-Arco Portable
garantido era de 400 Km, mas viriam a ser Field Equipment For Wireless Telegraphy”, Scientific
atingidos os 1300 (7)! American, 28 de Dezembro 1901, pp. 425-426
ESPARTEIRO, Cte. António Marques, Três Séculos
Posto TSF de faísca. A Marinha Portuguesa mantinha-se na no Mar (1640-1910), Ministério da
vanguarda da Tecnologia, assumindo-se Marinha, Lisboa, 1974-87, Vols. 29 e 30 (Cruzadores)
dia 27, com o técnico alemão a dar-se por como pioneira na introdução da TSF em FERREIRA, Rui Trindade e Rita Hasse, A Telegrafia
satisfeito, o navio fundeou em Cascais, tendo Portugal. Não é, assim, de estranhar que, sem Fios e a Rádio, Museu das Comunicações, 1998
entrado a barra no dia seguinte. entre 1913 e 1914, fosse a primeira a asse- FONSECA, VALM Moura da, As Comunicações
Novas experiências seriam efectuadas gurar o serviço público de radiotelegrafia Navais e a TSF na Armada, Edições Culturais da
Marinha, 1988
pelo mesmo cruzador entre 26 de Setembro por intermédio do Posto Radiotelegráfico do MARQUES, CTEN Félix, “Ascensão e Queda do
e 1 de Outubro de 1904, estando embarca- Arsenal da Marinha (que funcionava na Código Morse”, Revista da Armada, nº 343, Junho de
dos alguns funcionários dos CTT. Casa da Balança e estabeleceu, para o efei- 2001
Em Outubro de 1909 foi decidida a insta- to, uma ligação aos CTT através da Central RODRIGUES, 1TEN Apolino, “Estação de
lação de uma cabine de TSF a bordo (sis- Telegráfica do Ministério da Marinha). Telegraphia sem Fios Montada Provisoriamente a
Bordo do Cruzador D. Carlos I”, Annaes do Clube
tema Marconi (3)), tendo-se escolhido o Militar Naval, Agosto-Setembro de 1902, pp. 472-
local mais apropriado para a instalar. Em J. Moreira Silva 479/531-541
Dezembro do mesmo ano foi desmontada a 1TEN SILVA, CTEN EMQ José Luís Garcia Belo e CMG
gávea do mastro grande, retirando-se as Notas EMQ Fernando Alberto Carvalho David e, “O
Cruzador D. Carlos I – Almirante Reis – A Propósito do
peças de artilharia que aí se encontravam (1) O Exército efectuara a sua primeira experiên- seu Centenário”, Revista da Armada, nºs 323 a 325,
instaladas e, de 22 a 23 de Janeiro do ano cia em 17 de Abril de 1901, entre a Trafaria e o Alto Agosto a Novembro de 1999

Comemorações do “Dia do Combatente”
Comemorações do “Dia do Combatente”

ecorridos oitenta e quatro anos Portugal, Comandante da Região
sobre o deflagrar da Batalha de Militar do Norte, Comandantes da
DLa Lys, a Liga dos Combatentes, Escola Naval e das Academias Mi-
no cumprimento do mandato que rece- litares, Directores dos Estabelecimentos
beu da Comissão dos Padrões da Grande Militares de Ensino, Autoridades Civis,
Guerra, em 1936, tem vindo a promo- Associações de Antigos Combatentes
ver, anualmente, uma Romagem Nacio- Estrangeiros representados em Portugal,
nal ao Túmulo do Soldado Desconhe- assim como Membros dos Órgãos
cido na Sala do Capítulo do Mosteiro de estatutários da Liga dos Combatentes e
Santa Maria da Vitória, na Batalha. deputações dos 64 Núcleos espalhados
A Liga dos Combatentes foi pelo país.
fundada por portugueses que combateram dia “9 de Abril”, aproveitando, assim, a pro- As cerimónias iniciaram-se com a
na I Grande Guerra e participaram na jecção nacional das Tradicionais Celebrações chegada do Ministro de Estado e da Defesa
Batalha de La Lys, em 9 de Abril de 1918, da Batalha de La Lys na Grande Guerra, Nacional, Dr. Paulo Portas e prestação de
muitos dos quais já faleceram, repousando englobando nesta homenagem todos quantos honras militares, seguido de missa de
os seus restos mortais em vários dos talhões lutaram por Portugal, independentemente de sufrágio celebrada pelo Bispo das Forças
que a Liga dos Combatentes tem espalha- qualquer época ou lugar. Armadas, D. Januário Torgal Ferreira. Na
dos pelos cemitérios de todo o país. Este ano, as Cerimónias do “Dia do Com- Sala do Capitulo daquele Mosteiro e após
Entretanto, a Liga dos Combatentes, Insti- batente”, que incluíram a 66ª Romagem ao as palavras do Presidente da Liga dos
tuição a quem incumbe promover as Come- Túmulo do Soldado Desconhecido foram pre- Combatentes, e do próprio Ministro,
morações das efemérides mais significativas sididas pelo Ministro de Estado e da Defesa seguiu-se a cerimónia de homenagem aos
para a elevação do Combatente em Portugal, Nacional e nela participaram os Chefes do Combatentes, junto ao túmulo do Soldado
assumiu a responsabilidade de identificar Estado-Maior-General das Forças Armadas, Desconhecido que incluiu a deposição de
uma data a solenizar como “Dia do Com- Estados-Maiores da Armada, Exército e Força coroas de flores e honras militares.
batente”, tendo sido escolhido, em 1987, o Aérea, Adidos Militares acreditados em
REVISTA DA ARMADA • MAIO 2002 9