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EXERCÍCIO SWORDFISH 2003
             EXERCÍCIO SWORDFISH 2003



               e 08 a 16 de Abril decorreu, em águas  tónio Enes”, NRP “João Roby”, NRP “Hidra”,   Desde o 11 de Setembro, com o aumento das
               nacionais do Continente, o exercí-  NRP “Cassiopeia”, NRP “Bacamarte” e NRP  ameaças terroristas, os cenários de crise não en-
         Dcio conjunto e combinado SWORD-   “Auriga”.                          quadráveis no âmbito da guerra convencional
         FISH 2003. Conduzido pelo Comando Naval,   - Os submarinos convencionais NRP “Del-  passaram a constituír preocupação primária do
         o exercício desenvolveu-se na área compreen-  fim”, SPS “Tonina” (espanhol) e o nuclear FS  mundo ocidental. Neste contexto, o “Sword-
         dida entre o Cabo da Roca e o Cabo de São  “Rubis” (francês).         fish” iniciou-se com um exercício de Guerra
         Vicente, com grande par-                                                             Assimétrica que consis-
         ticipação naval e aérea de                                                           tiu na reacção dos navios
         4 nações (ESPANHA,                                                                   da Força Naval a ataques
         FRANÇA, ITÁLIA e                                                                     suicidas por unidades de
         GRÉCIA) para além de                                                                 superfície. Esta série teve
         PORTUGAL, totalizando                                                                lugar na saída da Barra de
         15 navios de superfície, 3                                                           Lisboa que, sendo de águas
         submarinos, 15 diferentes                                                            restritas, limitou a capaci-
         tipos de aeronaves e di-                                                             dade de reacção da Força,
         versos meios de guerra                                                               tanto nos seus movimen-
         electrónica da NATO.                                                                 tos como em autodefesa.
           O exercício SWORD-                                                                 Para sua protecção, a força
         FISH 2003 compreendeu                                                                de largada contou com a
         três fases distintas:                                                                colaboração de uma Lan-
           CET – Combat Enhan-                                                                cha de Fiscalização Rápi-
         cement Training, de 08 a                                                             da da classe Centauro, a
         11 de Abril, que pretendeu                                                           qual, pela sua manobrabi-
         simular o trânsito das for-                                                          lidade, tem emprego efec-
         ças para o Teatro de Opera-                                                          tivo neste tipo de cenário.
         ções, incluindo a realização                                                         Os resultados do exercício
         de exercícios seriados de   Gabinete de Crise para discussão das Regras de Empenhamento (ROE’S).  constituíram importantes
         média complexidade com                                                               lições que vão enriquecer
         o objectivo de exercitar o treino individual das   - 4 caça-interceptores F16, 1 aeronave de re-  a doutrina Nacional e da NATO sobre este
         unidades participantes.            conhecimento FTB, 1 helicóptero Puma SA 330,  tipo de ameaça.
           FIT – Force Integration Training, de 12 e 13  1 Avião de Patrulha Marítima P3P, caças de ataque   A gestão do espectro electromagnético, factor
         de Abril, destinando-se a criar as condições de  ao solo A-Jet e 1 Aviocar de Guerra Electrónica  decisivo nas decisões do comando, foi também
         treino para que os meios Multinacionais e dos  da Força Aérea Portuguesa, 4 caça-bombardei-  alvo de especial atenção na condução do exer-
         diversos ramos das Forças Armadas actuassem  ros F18 da Força Aérea Espanhola e 1 Avião de  cício. Para esse efeito, foram executados vários
         como uma Força Naval coesa e integrada.  Patrulha Marítima Atlantique francês.  exercícios de guerra electrónica, que consistiram
           TACEX – Tactical Pha-                                                               no empastelamento de ra-
         se, de 13 a 16 de Abril, que                                                          dares e sistemas de comu-
         consistiu num período                                                                 nicação dos meios navais
         onde os diversos meios                                                                durante todo o período.
         simularam as ameaças                                                                  Para criar um ambien-
         actuais da guerra mo-                                                                 te ainda mais realista,
         derna, criando um cená-                                                               a força naval dispôs de
         rio de realismo e comple-                                                             um simulador de guer-
         xidade crescente.                                                                     ra electrónica NATO, o
           O exercício contou com                                                              qual foi embarcado no
         a participação dos seguin-                                                            NRP “João Roby”.
         tes meios:                                                                             Uma outra novidade
           - Uma Força Naval                                                                   foi a constituição com-
         Nacional formada pelos                                                                binada de uma Força de
         NRP “Corte-Real” (com                                                                 Desembarque. Durante
         o CTG 443.01 embarcado                                                                o exercício, duas com-
         – CMG Almeida Gonçal-                                                                 panhias de fuzileiros
         ves), NRP “Comandante                                                                 (uma portuguesa e uma
         Sacadura Cabral” e NRP                                                                espanhola), embarcadas
         “Comandante Hermene-                                                                  no SPS “Castilla”, troca-
         gildo Capelo”.      O Ministro da Defesa Nacional a bordo da “Corte-Real”.            ram entre si pelotões le-
           - Uma Força Naval                                                                   vando a cabo um treino
         Multinacional formada pelos SPS “Castilla”e   - A Escola Prática de Transmissões do Exér-  combinado que permitiu a interoperabilidade,
         SPS “Baleares” (ambos espanhóis), ITS “Arti-  cito, em Tancos, para monitorização e empas-  cada vez mais premente, considerando os ce-
         glieri” (italiano) e HS “Kanaris” (grego).  telamento de comunicações em HF das forças  nários actuais.
           - Uma Força Naval  Assistente nas fases  navais e terrestres.         No dia 10, os Auditores de Defesa Nacional,
         CET/FIT e Opositora na fase TACEX, consti-  - 5 helicópteros orgânicos embarcados nas  bem como alguns Adidos Militares acreditados
         tuída pelos NRP “Schultz Xavier”, NRP “An-  diversas unidades de superfície.  em Portugal, embarcaram no NRP “Corte-Real”,

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