Page 193 - Revista da Armada
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e ao NRP “Corte-Real”, tendo sido transporta-
do de helicóptero a partir do Comando Naval,
em Oeiras. Nos navios teve oportunidade de
ser elucidado sobre o exercício, efectuou breves
visitas a bordo e observou alguns exercícios no
âmbito da guerra anfíbia.
Também pela primeira vez, se dispôs
de uma célula “Maritime Feedback Team”
(MFT), à qual coube analisar séries especí-
ficas do exercício com o objectivo de, num
espaço de 24/36 horas, relatar aos partici-
pantes envolvidos os resultados obtidos e
as lições aprendidas, por forma a permitir a
correcção de tácticas e procedimentos para
os eventos seguintes.
Alertados para a crescente importância da
informação pública no acompanhamento das
actividades militares, foi também criado, pela
primeira vez, um Gabinete de Informação Pú-
blica no Comando Naval. Este gabinete dis-
Desembarque anfíbio. ponibilizou diariamente informações sobre o
exercício numa página dedicada da Internet e,
e “in loco”, tiveram oportunidade de se familia- outros aspectos, controlar e dosear o uso da for- concomitantemente, esteve preparado e levou
rizar com o desenrolar do exercício, observando, ça, ao mais alto nível, numa situação de tensão a cabo conferências de imprensa diárias sobre
ao longo de todo o dia, uma Demonstração Aero- crescente entre as partes beligerantes. as operações em curso.
-Naval que contemplou exercícios de pratica-
mente todas as disciplinas da guerra naval.
No dia 14, foi criado no Comando Naval um
Gabinete de Crise constituído pelo Almirante
CEMGFA, o Secretário de Estado da Defesa
e dos Antigos Combatentes coa djuvado pelo
ALM CEMA, para além do CTF 443 (Vice-
-Almirante Comandante Naval), para testar
os diversos níveis de decisão – político, es-
tratégico e operacional – no exercício da ges-
tão de Regras de Empenhamento requeridas
pelos comandantes subordinados para levar
a cabo as suas missões. Para tal, e na presença
de jornalistas de diversos Órgãos de Comuni-
cação Social, foram apresentadas três situações
concretas que implicariam decisões a diversos
níveis. Assim, e pela primeira vez, o exercício
contou com a presença política no desempe-
nho do primeiro nível de decisão – o Secretário
de Estado da Defesa e Antigos Combatentes Desembarque de material pesado para apoiar a Força de Desembarque.
– Dr. Henrique de Freitas, em representação
do Ministro da Defesa Nacional. O “jogo” de No dia 15, o Ministro de Estado e da Defesa O exercício terminou às 12 horas do dia 16,
regras de empenhamento revelou-se extraordi- Nacional – Dr. Paulo Portas, efectuou uma visita tendo as operações decorrido dentro da nor-
nariamente interessante, tendo permitido, entre à Força Naval, nomeadamente ao SPS “Castilla” malidade, apesar das condições meteorológi-
cas muito adversas que se fizeram sentir nos
últimos dias. Essa situação, que de resto já se
previa, resultou apenas em alguns ajustamen-
tos nas séries planeadas, tendo os objectivos de
treino sido consistentemente alcançados.
Apesar do exercício em si estar terminado, os
trabalhos neste âmbito ainda não estão concluí-
dos. Uma equipa do Centro de Instrução de Tác-
tica Naval vai proceder a análise do exercício, tirar
as conclusões finais e coligir as lições aprendidas
para o futuro. De qualquer forma, fica desde
já a certeza que o SWORDFISH 2003 constituiu
um marco importante no historial dos exercícios
conduzidos pelo Comando Naval, culminando
um trabalho de planeamento de mais de onze
meses de que resultou uma execução que colheu,
de todos os participantes e daqueles a que ela
assistiram, os mais rasgados elogios.
Z
Reembarque na SPS “Castilla” da Força Anfíbia. (Colaboração do Comando Naval)
REVISTA DA ARMADA U JUNHO 2003 11