Page 197 - Revista da Armada
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NOTAS:
                                                                                 (1) Especialmente a sua monumental dissertação de
                                                                               “Doutoramento de Estado”, apresentada à Sorbonne
                                                                               – À La Recherche de la Specificité de la Renaissance
                                                                               Portugaise. L’ «Esmeraldo de Situ Orbis» de Duarte
                                                                               Pacheco Pereira et la Littérature Portugaise de Voya-
                                                                               ges à l’Époque des Grandes Découvertes, Paris, Fon-
       British Library, Londres.
                                                                               dation Caloust Gulbenkian – Centre Culturel Portu-
                                                                               gais, 1983, 2 vols.
                                                                                 (2) Recolhemos os elementos biográficos de Duarte
                                                                               Pacheco Pereira, essencialmente, em duas obras : Joa-
                                                                               quim Barradas de Carvalho, À La Recherche de la Spe-
                                                                               cificité de la Renaissance Portugaise. L’ “Esmeraldo de
                                                                               Situ Orbis” de Duarte Pacheco Pereira et la Littérature
                                                                               Portugaise de Voyages à l’Époque des Grandes Décou-
                                                                               vertes, Ed. Cit., Vol. I, pp. 23-123; e Damião Peres, «In-
                                                                               trodução», Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ
                                                                               Orbis, Introdução e Anotações Históricas pelo Acadé-
                                                                               mico de Número Damião Peres, Lisboa, Academia Por-
                                                                               tuguesa de História, 1954, pp. XVI-XXIX.
                                                                                 (3) O que é confirmado pelo testemunho de João de
                                                                               Barros, escrevendo que  Duarte Pacheco foi “descobrir os
                                                                               rios da cósta a que o el rey mãdáua[...]” João de Barros, Ásia,
                                                                               Déc.I, Livro III, cap. IV, ed. de António Baião, Lisboa, Im-
                                                                               prensa Nacional – Casa da Moeda, 1987, pág. 88.
                                                                                 (4) Joaquim Barradas de Carvalho, Esmeraldo De
                                                                               Situ Orbis De Duarte Pacheco Pereira, Edition critique
                                                                               et commentée, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,
                                                                               1991, pág. 532. Seguimos de perto, sendo todas as cita-
                                                                               ções daí retiradas, do Texto Crítico (pp. 527-705) estabe-
                                                                               lecido por Joaquim Barradas de Carvalho.
                                                                                 (5) V. Avelino Teixeira da Mota, A Evolução dos Ro-
                                                                               teiros Portugueses durante o século XVI,Coimbra, Junta
                                                                               de Investigações do Ultramar, 1969, pp. 12-16; e António
                                                                               Duarte Costa Canas, “ Duarte Pacheco Pereira «Hidró-
                                                                               grafo» de D. João II” In Actas do II Simpósio de História
                                                                               Marítima – D. João II o Mar e o Universalismo Lusíada,
                                                                               Lisboa, Academia de Marinha, 2000, pp. 155-164.
                                                                                 (6) Luís Filipe Barreto, Descobrimentos E Renas-
                                                                               cimento – Formas de Ser e Pensar Nos Séculos XV E
                                                                               XVI, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2ª
                                                                               Edição, 1983, pág. 218.
                                                                                 (7) Esmeraldo de Situ Orbis De Duarte Pacheco Pe-
         Representação do Castelo da Mina na Carta Atlântica de Sebastião Lopes, 1558.
                                                                               reira, edição citada, pág. 535.
                                                                                 (8) Idem, Ibidem, pág. 535.
         duzir um navio em alto mar ou fazer a guerra  tinham para dizer: da sua experiência, da sua   (9) João de Barros, Op. Cit., loc. cit.
         quando esta se torna inevitável.(19) A estes ho-  vida, das suas aventuras e contactos, do seu   (10) Francisco Contente Domingues, “Passando
         mens, práticos, o Estado recorre com frequência  saber técnico e prático.   além a grandeza do mar oceano: a viagem de Duarte
         para suprimir as suas necessidades adminis-                        Z  Pacheco Pereira em 1498” In Stvdia, Nº 58/59 – 2001-
         trativas e técnicas. Através do “Esmeraldo de     Carlos Manuel Valentim  02, pp. 113-129.
                                                                                 (11) Esmeraldo de Situ Orbis de Duarte Pacheco Pe-
         Situ Orbis” constatamos, afinal, o quanto nos                    2TEN  reira, ed. cit., pág. 540
                                                                                 (12) Idem, Ibidem, pág. 537.
                   Vida e obra de Duarte Pacheco Pereira – Cronologia*           (13) V. W. G. L. Randles, Da Terra Plana Ao Globo
                                                                               Terrestre : uma rápida mutação epistemológica 1480-
             1460(?)   Nascimento
                                                                               1520, Lisboa, Gradiva, 1990, pp. 11-35.
            1480(?)-90(?)  Está envolvido na exploração do litoral ocidental africano  (14) Sobre a permanência de Duarte Pacheco na Ásia,
                                                                               e os seus feitos militares V. André Murteira, “A carreira
              1488     Doente na Ilha de S. Tomé  é trazido para o reino por Bartolomeu Dias
                                                                               de Duarte Pacheco Pereira” In Os Descobridores do Bra-
              1490     Entre Janeiro e Outubro faz parte da guarda pessoal del-Rei  sil: Exploradores do Atlântico e Construtores do Estado
                                                                               da Índia, Lisboa, Sociedade Histórica da Independência
                       Está incluído na delegação portuguesa que negoceia e assina o Tratado de
              1494                                                             de Portugal, 2000, pp. 299-329.
                       Tordesilhas a 7 de Julho desse ano
                                                                                 (15) Suszanne Daveau, “ A propósito das «pinturas»
            1495-1499  Missão em S. Jorge da Mina                              do litoral marroquino incluídas no Esmeraldo de Situ
              1498     Viagem ao Atlântico Sul                                 Orbis” In Mare Liberum, Dezembro 1999- Junho 2000,
                                                                               n.º 18-19, pp. 117-118.
              1503     A 6 de Abril parte para a Índia na armada de Afonso de Albuquerque  (16) V. O esclarecedor estudo de Joaquim barradas de
              1504     Defende heroicamente Cochim contra a investida da vizinha Calecute  Carvalho, la Traduction Espagnole Du «De Sitv Orbis»
                                                                               de Pomponivs Mela par Maître Joan faras et les Notes
              1505     Regressa a Lisboa – é recebido em apoteose nas ruas de Lisboa   marginales de Duarte Pacheco Pereira,, Lisboa, Junta
            1505-1508  Possível redacção do Esmeraldo de Situ Orbis            de Investigações Científicas do Ultramar – Centro de
                                                                               Cartografia Antiga, 1974, pág. 95.
              1509     A 18 de Janeiro trava uma batalha no Cabo Finisterra contra o corsário Mondragon
                                                                                 (17) Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo Rei D.
              1510     Entre Setembro e Novembro anda na Armada do Estreito    Manuel, Coimbra, Universidade de Coimbra, 1953, Par-
                                                                               te II, cap. XLII pág. 143.
             1513 (?)  Casa com D. Antónia, neta de Duarte Galvão, secretário de D. João II
                                                                                 (18) Para se compreender esta fase da vida do nave-
            1519-1522  Governador do Castelo e Fortaleza de S. Jorge da Mina   gador é obrigatório V. Avelino Texeira da Mota: “Du-
                                                                               arte  Pacheco Pereira, capitão e governador de S. Jorge
              1522     É trazido a ferros para Lisboa e encarcerado
                                                                               da Mina, Mare Liberum, I(1990), pp. 1-27 .
              1529     Recebe da Coroa 300 cruzados de jóias                     (19) Cfr.: Jean Aubin, “Les Frustrotions de Duarte Pa-
             1533 (?)  Falecimento                                             checo Pereira” In Jean Aubin, Le Latin et L’Astrolabe- Re-
                                                                               cherces sur le Portugal de la Renaissance, son espansion
         * Este quadro foi baseado nos dados fornecidos por Avelino Texeira da Mota: “Duarte  Pacheco Pereira, capitão e gover-  Asie et les reals internationales, Lisboa- Paris, Centre
         nador de S. Jorge da Mina”, Mare Liberum, I(1990), pp.1-27 .          Culturel Caloust Gulbennkian, 1996, pág. 112.
                                                                                      REVISTA DA ARMADA U JUNHO 2003  15
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