Page 355 - Revista da Armada
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NOTÍCIAS
A COLABORAÇÃO DA MARINHA EM ACÇÕES DE PROTECÇÃO CIVIL NA ARRÁBIDA
¬ÊO Parque Natural
da Arrábida, que se
estende pelos con-
celhos de Setúbal,
Palmela e Sesim-
bra, compreenden-
do uma área de 10
821 hectares, com
espécies únicas no
mundo, constitui-se
como uma impor-
tante reserva florestal que importa preservar, nomeadamente da As acções de vigilância nesse período compreendem o emprego
calamidade que os fogos florestais constituem anualmente, com diário de militares em postos de observação espalhados por diversos
especial ênfase na época de Verão. locais e na execução de patrulhas motorizadas ao longo de diferentes
Nesse âmbito, a Marinha tem vindo a colaborar com o Serviço Na- itinerários. Como esta acção é inserida num plano geral que compre-
cional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) no distrito de Setúbal. ende a participação de outras entidades e organizações, foi atribuída
Esse apoio traduz-se essencialmente em: à Marinha a área situada na vertente Sul e Sudeste da Serra da Arrá-
UÊ,ivÀX>ÀÊ>ÊÛ}@V>Ê`Ê*>ÀµÕiÊ >ÌÕÀ>Ê`>Ê ÀÀ?L`>ÊiÊ«iÀ`ÃÊ bida, limitada a Oeste por “Casais da Serra” e “Terras do Risco” e a
de maior amplitude térmica. Leste pela “fábrica de Cimento da Secil”.
UÊ*iÀ>ÌiÊ>ÊiVÃKÊ`iÊV>Ì?ÃÌÀviÊÕÊV>>`>`i]ÊV>LÀ>ÀÊÊiÛi- O apoio a evacuações desenvolve-se, normalmente, a pedido do
tual resgate, apoio sanitário e evacuação de pessoas e bens. Coordenador Distrital e/ou Municipal do SNBPC. Foi estruturado
UÊ «>ÀÊiÊÌiÀÃÊ}ÃÌVÃ]Êi>`>iÌiÊ>ÊÛiÀÌiÌiÊ>i- em diversos escalões, conforme a gravidade e dimensão do sinistro e
tar e de alojamento, com carácter temporário e de acordo com as dis- os apoios a prestar, e prevê um empenhamento gradual de efectivos,
ponibilidades existentes, as populações afectadas e as forças de bom- até uma força de escalão de Pelotão motorizado.
beiros empenhadas no combate a incêndios de grande proporção e Apesar de todo este esforço, não se atingiram no presente ano os re-
duração prolongada. sultados de 2003 “...traduzidos em zero incêndios, quando a maioria do
Estas acções enquadram-se nas missões das F. A. para contribuição País estava “a arder” (1). Com efeito, não foi possível evitar a ocorrência
da satisfação das necessidades básicas e para a melhoria da qualidade de um incêndio de dimensão considerável em Julho deste ano. Contu-
de vida das populações, nomeadamente em situações de calamidade do, o balanço da participação da Marinha nestas acções – de detecção
pública, inserindo-se nas missões de interesse público. Para a sua exe- dos focos de incêndio, apoio no controlo de tráfego nas áreas atingidas e
cução, decorreu a necessidade de adequar a intervenção do Corpo evacuação de civis, buscas de presumíveis incendiários e fornecimento
de Fuzileiros à especificidade das situações criadas. de alimentação a bombeiros –, foi considerada bastante positiva, como
Na verdade, as acções de apoio na prevenção de incêndios em deter- é reconhecido pela C. M. de Setúbal em fax enviado ao Corpo de Fuzi-
minada área começam com a simples presença de militares, que tem sido leiros em 05 AGO, relevando “...a solidariedade, altruísmo e celeridade
referenciada como um importante factor de dissuasão. Neste modelo, com que foram disponibilizados meios e recursos nas acções desenvol-
tem-se dado preferência à realização de actividades de treino (como exer- vidas, tendentes a diminuir e debelar os efeitos nefastos de um incêndio
cícios de treino de patrulhas e de orientação, marchas, etc.) ou de forma- que afligiu um Património Ambiental e Cultural, inserido no conjunto
ção (na Escola de Fuzileiros), em diversos locais do Parque Natural. das mais Belas Baías do Mundo, a Serra da Arrábida...”
Contudo, no período considerado mais crítico, entre Julho e Setem- (Colaboração do Corpo de Fuzileiros)
bro, o nível de ameaça justifica o desenvolvimento de acções de vi- Notas
gilância concreta em áreas específicas e a previsão de apoios em caso (1) Fax da C. M. Setúbal – Serv. Municipal de Protecção Civil, Nº 65/04, da-
de deflagração de incêndios. tado de 08-06-2004
42º CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MONITORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
¬ÊRealizou-se no passado dia 1 de Julho puderam depois assistir a uma palestra
a cerimónia final do 42º Curso de Espe- pelo CTEN MN Luís Ribeiro, subordina-
cialização em Monitor de Educação Física da à temática “Provas de Aptidão Física e
(MEF), que decorreu no CEFA com início Exame Médico” após a qual se procedeu
em 15SET03, com um total de 24 alunos à entrega dos Diplomas de Especializa-
(15 de Marinha, 3 da FAP – 2 dos quais do ção em MEF, de Nadador Salvador e Mo-
sexo feminino – 1 da GNR e 5 da PSP). nitor Nadador Salvador (Cuja formação
A cerimónia, presidida pelo DSF, foi ministrada pelo CEFA acreditada pelo
CALM Vilas Boas Tavares, iniciou-se na ISN) e, pela 1ª vez, do Diploma de Trei-
Nave das Barrocas com a demonstração nador de Orientação – 1º Nível.
de destrezas em aparelhos, defesa pessoal O prémio “ Melhor aluno “ foi atri-
/ judo e boxe, seguida da inauguração da buído ao 150137 Agente da PSP Mo-
“sala de boxe Ricardo Ferraz” por descer- reira de Sá.
ramento de uma placa com a presença comovida do próprio. Seguiu- Finalmente, realizou-se um almoço de confraternização na área
se a execução pelos formandos da recente “Pista de Combate” e de- da Carreira de Tiro, com o tradicional apoio da BNL.
monstração de “Técnicas de Salvamento” na Piscina. Os convidados (Colaboração do CEFA)
REVISTA DA ARMADA U NOVEMBRO 2004 29