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                                            20º ANIVERSÁRIO DO DAE

         ¬ Foi com a presença do Comandante do Corpo de Fuzileiros entre os   Ao longo de duas décadas a Marinha assistiu ao nascimento, cres-
         ilustres convidados, camaradas e amigos de diversos quadrantes, que o  cimento e também à transformação do DAE que é expresso não só
         Destacamento de Acções Especiais “virou” no dia 25JUN mais uma pá-  em termos de desempenho operacional, mas também de maturidade,
         gina na sua curta vida como unidade opera-                              experiência e reconhecimento público.
         cional do Corpo de Fuzileiros. Ao fazermos                                O DAE é uma unidade do sistema de
         a história destes 20 anos do DAE, temos que                             forças Nacional e que se encontra, de acor-
         recuar alguns anos, com a criação dos Gru-                              do com a Lei Orgânica da Marinha, na de-
         pos Especiais de Fuzileiros, os GEF`s, nos                              pendência do CCF. A partir de 1999 e de
         Batalhões Nº2 e Nº3 que eram constituídos                               acordo com a Directiva n.º 12 do CEMGFA,
         por um efectivo reduzido de elementos con-                              passou a poder integrar e participar numa
         vidados e seleccionados pelas suas qualida-                             Força Conjunta de Operações Especiais,
         des militares, físicas e psicológicas. Iniciou-se                           para actuar nos mais variados cená-
         no início da década de 80, todo um processo                                 rios do interesse nacional.
         que levou a que o DAE tivesse sido oficial-                                    Foi no decorrer deste evento co-
         mente criado através do Dec. Lei Nº196/85 de 25JUN.                         memorativo do 20º aniversário, que
           O DAE tem vindo a crescer e a adaptar-se às novas exigências              foi entregue a todos os elementos
         do mundo actual, onde o terrorismo, o combate ao narcotráfico e              da família das operações especiais
         a imigração ilegal, se assumiram como as principais preocupações            da Marinha, o novo distintivo em
         dos estados soberanos, isto no que respeita a matéria de segurança          substituição do anteriormente em
         e Defesa Nacional. A inclusão e a participação do DAE em forças  vigor. Este novo distintivo, dignifica o verdadeiro contributo opera-
         conjuntas e combinadas de Operações Especiais, a partir da década  cional e profissional, que tem caracterizado esta unidade ao longo
         de 90, veio ainda alargar o espectro de missões para os mais varia-  da sua existência e que sem dúvida enaltece os que dela fazem ou
         dos cenários e ambientes, direccionando-se para o “serviço do Mar”  fizeram parte.
         como o principal esforço de projecção e intervenção.   Nos 20 anos de trabalho quase ininterrupto, é ainda o mesmo
           Os requisitos da Segurança Nacional, a realidade das ameaças assi-  espírito de abertura e de permanente disponibilidade “de tão pou-
         métricas e a transnacionalidade vieram confirmar a imprescindibi-  cos que somos e que tão mau feitio temos”, que nos anima e onde
         lidade de Forças muito bem equipadas, proficientes e com capaci-  o pertencer ou ter pertencido ao DAE constitui o principal motivo
         dades para esta tipologia de acções, capazes de actuações cirúrgicas,  de orgulho profissional.
         discretas e de grande eficácia.                                            (Colaboração do Comando do Corpo de Fuzileiros)


                                  A MARINHA PORTUGUESA NO FESTIVAL DE VILAR DE MOUROS

                                 ¬ No âmbito das acções de divulgação e recrutamento, a Marinha esteve presente no Festival de Vilar
                                 de Mouros, entre 28 e 31 de Julho, materializada na torre de escalada, piscina de mergulho e carri-
                                 nha de divulgação, através dos quais os militares presentes (Fuzileiros, Mergulhadores e do CRA),
                                 promoveram algumas actividades radicais dirigidas aos jovens de ambos os sexos que ambicionam
                                 realizar-se profissionalmente na Marinha.
                                   Tratando-se de um projecto inédito, a nossa presença neste evento despertou natural curiosidade
                                 da Comunicação social e de muitos jovens interessados em participar nestas actividades e em reco-
                                 lher informações sobre as várias possibilidades de ingressarem nas fileiras.
                                   Foram estes mesmos jovens que enalteceram esta nova forma de divulgação preconizada pela Ma-
                                 rinha, indo ao seu encontro onde quer que estejam, levando conhecimento e informação, partilhan-
                                 do com eles experiências e hábitos e abrindo-lhes outros horizontes que lhes permitam partir à des-
                                 coberta de novas realidades.
                                                                                   (Colaboração do Comando do Corpo de Fuzileiros)


                                 EXPEDIÇÃO ÀS FORMIGAS DOS ESCUTEIROS MARÍTIMOS
           ¬ Partimos dia 27 de Junho às 8:30h da manhã.                       rinheiros. É de realçar que alguns dos Escuteiros
           O contingente de escuteiros marítimos era cons-                     Marítimos mais velhos pretendem ingressar nos
           tituído por Moços, Marinheiros, Companheiros e                      próximos anos na Escola Naval. Também almoça-
           Dirigentes chefiados pelo dirigente Luís Machado                     mos na messe e levaram-nos numa visita guiada
           (chefe do Ag.1197- Jacques-Yves Cousteau)- Escu-                    pelo navio. Foi um dia muito interessante e fomos
           teiros Marítimos de P. Delgada do Corpo Nacional                    muito bem recebidos pela guarnição da corveta, ao
           de Escutas. Também esteve presente o Assistente                     ponto de dois escuteiros irem para a cozinha aju-
           adjunto do agrupamento, o Padre Jason Gouveia.                      dar o cozinheiro durante toda a tarde. Tivemos a
           Um dos dirigentes presentes havia sido oficial dos                   oportunidade de tirar fotografias e de contemplar
           fuzileiros. Embarcamos no NRP “Jacinto Cândido”                     as Formigas e o seu farol. Na viagem de regresso
           em direcção às Formigas. Esta expedição inseriu-                    vimos um grupo de golfinhos que acompanhou o
           -se na deslocação ao farol das Formigas duma equipe de faroleiros do Serviço   navio durante algum tempo. É importante referir que, durante os últimos anos,
           de Assinalamento dos Açores para fazer a manutenção do mesmo. Durante   este Agrupamento de Escuteiros Marítimos tem mantido um relacionamen-
           a viagem tivemos a oportunidade de estar ao leme e de fazer a vigia. Está-  to bastante próximo com a Marinha de Guerra Portuguesa. Foi uma viagem
           vamos divididos por grupos que de 30 em 30min ficavam de “serviço” sob a   muito interessante e compensadora.
           supervisão do oficial de serviço à Ponte. Sentimo-nos como verdadeiros ma-  Texto da Escuteira Marítima: Ana Isabel Machado
                                                                                    REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2005  27
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