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Associação Acreditar visita o Navio-Escola “Sagres”
          Associação Acreditar visita o Navio-Escola “Sagres”
         A                                                                         tar essa esperança: actualmente, cerca
              Marinha convidou no passado
                                                                                     Há, de facto, razões para fundamen-
              dia 14 de Novembro, as crian-
              ças da Associação Acreditar a
                                                                                   totalmente curada e cada dia que pas-
         visitar o navio-escola “Sagres”, na Doca                                  de 70% dos cancros infantis pode ser
         da Marinha.                                                               sa se registam progressos na luta contra
           A visita pretendeu mostrar às crian-                                    a doença.
         ças o maravilhoso mundo do Mar Por-                                         A Acreditar vive essencialmente dos
         tuguês através de um dos mais emble-                                      apoios dos seus associados e amigos, do
         máticos navios pertencentes à Marinha                                     trabalho de voluntários e de um reduzi-
         Portuguesa.                                                               do corpo de pessoal administrativo que
           Esta acção inseriu-se no âmbito das                                     assegura a sua gestão corrente.
         comemorações do Dia Mundial e Na-                                           O seu trabalho reparte-se por Núcle-
         cional do Mar, em 16 de Novembro, em que o navio esteve aberto  os Regionais: Norte (Porto), Centro (Coimbra), Sul (Lisboa) e Madeira
         ao público.                                          (Funchal), correspondentes aos centros urbanos onde existem hospi-
           A Acreditar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que  tais de oncologia pediátrica.
         pretende ajudar as crianças e as respectivas famílias a superar melhor   A Acreditar é membro fundador da ICCCPO (Confederação Inter-
         os diversos problemas que se colocam a partir do momento em que é  nacional das Associações de Pais de Crianças com Cancro).
         diagnosticado o cancro, contribuindo para fomentar a esperança.                                       Z

                                               BIBLIOGRAFIA


                       CAMINHANDO.... SABOREANDO
                        CAMINHANDO.... SABOREANDO

             odos os factos e pensamentos que julgou curio-               enorme sensibilidade que o autor nos transmite e a sua
             sos, interessantes e divertidos e acima de tudo              procura incessante, ao longo dos anos da sua vida de
         Tde reflexão que o autor reuniu ao longo da sua                   um caminho para partilhar, enfim viver e saboreando-o
         vida e sem esquecer aqueles com o sabor a sal de                 de forma lúcida e serena. Apesar de alguns conteúdos
         uma Escola Naval e da Marinha, são reunidas nes-                 não serem inéditos, a sua leitura, creio, poderá também
         tas 293 páginas. A estes conteúdos de pensamentos                ajudar outros na sua caminhada. Como refere no seu
         dispostos temáticamente como um dicionário, deve                 título “Caminhando....Saboreando”.
         aplicar-se o que Voltaire escreveu no seu “Dicionário              Esta edição foi publicada em Coimbra (Debatideias
         Filosófico”: “Este livro não exige uma leitura seguida;           Editora Lda) com uma capa bastante complexa, “tendo-
         mas em qualquer página onde ele for aberto, encon-               se procurado que nela ficassem representados os prin-
         tramos algo que merece reflexão”.                                 cipais ingredientes da existência de cada um de nós”.
           Esta obra é fundamentalmente marcada pela vida                 Apesar de num espaço tão reduzido, o seu grafismo
         do seu autor; pelo seu trajecto desde o nascimento               foi conseguido por artistas conimbricenses e que dá a
         em Lisboa, a sua infância na zona de Coimbra a que               pista para a complexidade da vida humana.
         nunca deixou de estar ligado, a sua ida para a Esco-               A Revista da Armada agradece ao autor, António
         la Naval e a sua carreira como Oficial da Marinha de              Oliveira Bento a oferta da sua obra que vai enrique-
         Guerra quase exclusivamente passada nos submarinos, a sua posterior  cer a nossa Biblioteca.          Z
         saída para depois abraçar a área de Recursos Humanos numa instituição                         Vaz Ferreira
         da cidade Luz. A partilha com o leitor destes escritos é bem a montra da                            CMG



            MELGAÇO – MINHA TERRA – MINHA GENTE
            MELGAÇO – MINHA TERRA – MINHA GENTE

                        Histórias de um Marinheiro
         O
               autor desta obra em título, 1TEN José Joaquim da Ribeira, melgacense com alma minhota, apresen-
               ta-nos sem grandes preocupações literárias, de uma maneira simples, mas cativante, uma mistura
               da sua autobiografia, com destaque para a sua carreira naval, (1961-2005), etnografia, gastronomia,
         costumes e tradições das gentes de Melgaço com passagem pelas terras do Alto Minho e da Galiza.
           Alguns episódios da sua comissão em Moçambique (Niassa – Metangula) têm o privilégio, não só de
         recordar histórias vividas, mas de o fazer de uma forma interessante que mantém o leitor desejoso de pros-
         seguir a sua leitura muito intercalada com poesia simples da sua autoria.
           É de destacar o seu modo de descrever as festas, romarias, cantigas populares e tradições locais, bem
         como o modo de ser, habitar e viver no Alto Minho.
           O autor, mantendo sempre a sua identidade como marinheiro, quis preservar a herança cultural dos seus
         antepassados e as suas raízes da terra de Melgaço, fazendo-o dum modo singelo, mas genuíno.
           A Revista da Armada agradece o exemplar que irá figurar na sua Biblioteca.  Z
                                                                         Patrício Gorjão
                                                                               CFR REF

                                                                                      REVISTA DA ARMADA U JANEIRO 2007  31
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