Page 33 - Revista da Armada
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Associação Acreditar visita o Navio-Escola “Sagres”
Associação Acreditar visita o Navio-Escola “Sagres”
A tar essa esperança: actualmente, cerca
Marinha convidou no passado
Há, de facto, razões para fundamen-
dia 14 de Novembro, as crian-
ças da Associação Acreditar a
totalmente curada e cada dia que pas-
visitar o navio-escola “Sagres”, na Doca de 70% dos cancros infantis pode ser
da Marinha. sa se registam progressos na luta contra
A visita pretendeu mostrar às crian- a doença.
ças o maravilhoso mundo do Mar Por- A Acreditar vive essencialmente dos
tuguês através de um dos mais emble- apoios dos seus associados e amigos, do
máticos navios pertencentes à Marinha trabalho de voluntários e de um reduzi-
Portuguesa. do corpo de pessoal administrativo que
Esta acção inseriu-se no âmbito das assegura a sua gestão corrente.
comemorações do Dia Mundial e Na- O seu trabalho reparte-se por Núcle-
cional do Mar, em 16 de Novembro, em que o navio esteve aberto os Regionais: Norte (Porto), Centro (Coimbra), Sul (Lisboa) e Madeira
ao público. (Funchal), correspondentes aos centros urbanos onde existem hospi-
A Acreditar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tais de oncologia pediátrica.
pretende ajudar as crianças e as respectivas famílias a superar melhor A Acreditar é membro fundador da ICCCPO (Confederação Inter-
os diversos problemas que se colocam a partir do momento em que é nacional das Associações de Pais de Crianças com Cancro).
diagnosticado o cancro, contribuindo para fomentar a esperança. Z
BIBLIOGRAFIA
CAMINHANDO.... SABOREANDO
CAMINHANDO.... SABOREANDO
odos os factos e pensamentos que julgou curio- enorme sensibilidade que o autor nos transmite e a sua
sos, interessantes e divertidos e acima de tudo procura incessante, ao longo dos anos da sua vida de
Tde reflexão que o autor reuniu ao longo da sua um caminho para partilhar, enfim viver e saboreando-o
vida e sem esquecer aqueles com o sabor a sal de de forma lúcida e serena. Apesar de alguns conteúdos
uma Escola Naval e da Marinha, são reunidas nes- não serem inéditos, a sua leitura, creio, poderá também
tas 293 páginas. A estes conteúdos de pensamentos ajudar outros na sua caminhada. Como refere no seu
dispostos temáticamente como um dicionário, deve título “Caminhando....Saboreando”.
aplicar-se o que Voltaire escreveu no seu “Dicionário Esta edição foi publicada em Coimbra (Debatideias
Filosófico”: “Este livro não exige uma leitura seguida; Editora Lda) com uma capa bastante complexa, “tendo-
mas em qualquer página onde ele for aberto, encon- se procurado que nela ficassem representados os prin-
tramos algo que merece reflexão”. cipais ingredientes da existência de cada um de nós”.
Esta obra é fundamentalmente marcada pela vida Apesar de num espaço tão reduzido, o seu grafismo
do seu autor; pelo seu trajecto desde o nascimento foi conseguido por artistas conimbricenses e que dá a
em Lisboa, a sua infância na zona de Coimbra a que pista para a complexidade da vida humana.
nunca deixou de estar ligado, a sua ida para a Esco- A Revista da Armada agradece ao autor, António
la Naval e a sua carreira como Oficial da Marinha de Oliveira Bento a oferta da sua obra que vai enrique-
Guerra quase exclusivamente passada nos submarinos, a sua posterior cer a nossa Biblioteca. Z
saída para depois abraçar a área de Recursos Humanos numa instituição Vaz Ferreira
da cidade Luz. A partilha com o leitor destes escritos é bem a montra da CMG
MELGAÇO – MINHA TERRA – MINHA GENTE
MELGAÇO – MINHA TERRA – MINHA GENTE
Histórias de um Marinheiro
O
autor desta obra em título, 1TEN José Joaquim da Ribeira, melgacense com alma minhota, apresen-
ta-nos sem grandes preocupações literárias, de uma maneira simples, mas cativante, uma mistura
da sua autobiografia, com destaque para a sua carreira naval, (1961-2005), etnografia, gastronomia,
costumes e tradições das gentes de Melgaço com passagem pelas terras do Alto Minho e da Galiza.
Alguns episódios da sua comissão em Moçambique (Niassa – Metangula) têm o privilégio, não só de
recordar histórias vividas, mas de o fazer de uma forma interessante que mantém o leitor desejoso de pros-
seguir a sua leitura muito intercalada com poesia simples da sua autoria.
É de destacar o seu modo de descrever as festas, romarias, cantigas populares e tradições locais, bem
como o modo de ser, habitar e viver no Alto Minho.
O autor, mantendo sempre a sua identidade como marinheiro, quis preservar a herança cultural dos seus
antepassados e as suas raízes da terra de Melgaço, fazendo-o dum modo singelo, mas genuíno.
A Revista da Armada agradece o exemplar que irá figurar na sua Biblioteca. Z
Patrício Gorjão
CFR REF
REVISTA DA ARMADA U JANEIRO 2007 31