Page 292 - Revista da Armada
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4ª ESQUADRILHA DE SUBMARINOS





                                                                                   Foi com o “Espadarte”, em 15 de Abril de
                                                                                  1913, que a Marinha se aventurou pela primei-
                                                                                  ra vez abaixo da superfície do mar. A partir daí,
                                                                                  foi um acumular de progressos tecnológicos e
                                                                                  tácticos que fizeram dos submarinos a arma
                                                                                  mais temível na “Batalha do Atlântico”.
     Colecção CALM Roque Martins
                                                                                   Os submersíveis da 1ª Esquadrilha evoluí-
                                                                                  ram para a 2ª e 3ª Esquadrilhas, mas ainda
                                                                                  não tinham a capacidade inata para operar
                                                                                  abaixo da superfície como o seu meio privi-
                                                                                  legiado.
                                                                                   Os submarinos da classe “Albacora”, pelo
                                                                                  contrário, foram construídos para operar sob a
                                                                                  superfície e era em profundidade que as suas
                                                                                  capacidades eram mais notórias e a sua sagaci-
                                                                                  dade mais temida pelos navios de superfície.
                                                                                   Além disso, dispunham de uma autonomia
                                                                                  invejável para a época, o que lhes permitia
                                                                                  efectuar operações em zonas bem distantes
                                                                                  da sua base de apoio.
                                                                                   Pequenos no tamanho mas intrépidos na
                                                                                  acção, foi neles que recaiu uma boa parte da
                                                                                  responsabilidade pelo controlo do mar, no
                                                                                  aproveitamento total das suas capacidades,
                                                                                  com especial ênfase para a discrição e dis-
                                                                                  suasão, num regime de utilização intensivo
                                                                                  que as horas de navegação efectuadas bem
                                                                                  atestam. Às suas guarnições, que num espa-
                                                                                  ço exíguo afirmaram inexcedível brio e valor,
                                                                                  fica a merecida homenagem.


                                                                                   O Contrato para a aquisição dos submari-
                                                                                  nos da 4ª Esquadrilha foi assinado em 24 de
                                                                                  Setembro de 1964. Os 4 navios que inicial-
                                                                                  mente a constituíam foram todos construídos
                                                                                  pelos estaleiros Dubigeon-Normandie em
                                                                                  Nantes, França, sendo estes os N.R.P.’s “Alba-
                                                                                  cora”, “Barracuda”, “Cachalote” e “Delfim”.
                                                                                  N.R.P. “Albacora”
                                                                                  Aumentado ao efectivo – 1 de Outubro de 1967
                                                                                  Desarmado – 30 de Novembro de 2000
                                                                                  Horas de Navegação – 42184
                                                                                  Horas de Imersão – 25979
                                                                                  N.R.P. “Barracuda”
                                                                                  Aumentado ao efectivo – 4 de Maio de 1968
                                                                                  Horas de Navegação (até Maio de 2008) –
                                                                                  46636
                                                                                  Horas de Imersão (até Maio de 2008) – 32879
                                                                                  Milhas percorridas (até Maio de 2008) – 279816
                                                                                  N.R.P. “Cachalote”
                                                                                  Aumentado ao efectivo – 25 de Janeiro de 1969
                                                                                  Desarmado – 17 de Outubro de 1974
                                                                                  Abatido – Julho de 1975 (vendido a França para
                                                                                  posteriormente ser cedido ao Paquistão)
                                                                                  Horas de Navegação – 7207
                                                                                  Horas de Imersão – 2709
                                                                                  N.R.P. “Delfim”
                                                                                  Aumentado ao efectivo – 1 de Outubro de 1969
                                                                                  Desarmado – 1 de Setembro de 2006
                                                                                  Horas de Navegação – 44500
                                                                                  Horas de Imersão – 33000
                                                                                  Milhas percorridas – 260000
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