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Uniforme camuflado – ao uso dos uniformes
O Comando do Corpo de n.º 5 ou n.º 7. Sendo
&UZILEIROS PROPÙS A ADOP ÎO reconhecido que o uso
de um novo uniforme camu- de calças não seria o
flado, semelhante ao unifor- mais adequado para o
me adoptado pelo Exército exercício desta função,
Português, o qual foi projec- a CPU propôs a cria-
tado e concebido pelo Cen- ção de uma alternativa
tro de Estudos de Uniformes de uniforme constituída
do Exército. Este uniforme pelos seguintes artigos
insere-se no conceito “casca de fardamento:
de cebola” que permite ao s "ONÏ
combatente acrescentar ou s #ORPETE
diminuir peças de uniforme s #AL ÜES BRANCOS
em função da temperatura s -EIAS BRANCAS
envolvente, cobrindo uma s 3APATOS DE GINÉS-
significativa variação térmi- tica.
fosse estendido às praças do sexo masculino ca, o que confere a este camuflado caracterís-
o uso facultativo do uniforme designado por ticas únicas que permitem a sua utilização em Sapatos brancos para
“half-blue”, já em vigor para os oficiais e sar- quase todos os teatros de operações onde, pre- sargentos – No sentido
gentos masculinos, e para todos os militares visivelmente, possam ser empregues militares de uma maior harmo-
femininos. portugueses. A adopção deste uniforme assu- nização do uniforme
Esta proposta da CPU, já aprovada e em miu particular relevância pelo facto de terem branco, e seguindo a tendência da maioria das
vigor, foi sem dúvida uma medida de grande sido detectadas deficiências no camuflado em Marinhas NATO (EUA, RU e Itália são exem-
impacto, que se impunha, e que constitui sem uso na Marinha, tanto na qualidade do tecido plos) que já adoptaram calçado de cor branca,
dúvida um marco histórico na evolução dos como no talhe, que tinha deixado de correspon- para uso com farda branca pelos sargentos, a
uniformes das praças da Marinha. der às exigências actuais de conforto, facilidade CPU propôs que fosse adoptado o uso dos sa-
de utilização e adaptação a diferentes tipos de patos brancos por aqueles militares, ciente no
Blusão de cabedal azul – A proposta da clima. Por outro lado, houve ainda a conside- entanto da dificuldade de exequibilidade desta
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CPU de criação do blusão de cabedal azul rar a necessidade de ir ao encontro dos requisi- proposta face aos custos envolvidos.
teve como finalidade colmatar uma necessi- tos identificados pela NATO e pela EU quanto
dade que se fazia sentir há muito nos unifor- à necessidade de fornecer uniforme e equipa- Anoraque impermeável – O RUMM prevê
mes dos militares da Marinha, e que passava mento de combate a todos os militares coloca- uma quantidade de artigos de uniforme (ca-
pela não existência de um artigo de uniforme, dos nas estruturas militares destas OI. Assim, a sacão azul; impermeável azul; anoraque azul;
tipo casaco, que se pudesse usar nos exterio- CPU aprovou o modelo de uniforme que está anoraque verde; blusão impermeável cor de
res e em climas contemplado na Central de Compras. laranja; calças impermeáveis cor de laranja;
frios. De facto, capote de abafo azul; impermeável preto) que
o único artigo Artigos de fardamento para os veleiros da para além de serem muito diversificados, ou
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de fardamento Marinha – São amplamente reconhecidas as não protegem da chuva, ou são pouco confor-
que se pode- necessidades específicas que tem o pessoal que táveis, ou ainda são feitos de tecido de carac-
ria adequar a presta serviço a bordo dos veleiros da Marinha. terísticas ultrapassadas face a alternativas que o
estas funções, Nesta medida a CPU propôs a criação de dois mercado hoje oferece. Nesta perspectiva, a CPU
era a camisola tipos de uniforme: propôs uma alteração ao RUMM, que consiste
de lã, a qual se s 5NIFORME IMPERMEÉVEL DE VELA PERTENCEN- na eliminação destes 8 artigos de uniforme e a
revelava mani- te às unidades navais, e composto pelos seguin- criação de um novo artigo de uniforme, o ano-
festamente li- tes artigos de fardamento: raque impermeável.
mitada quan- s &ATO DE VELA IMPERMEÉVEL
do os militares s "OTAS DE VELA IMPERMEÉVEIS Platinas e dólman branco – O RUMM pre-
efectuavam s ,UVAS DE PROTEC ÎO vê dois dólman brancos, padrão n.º 1 e padrão
deslocações s 'ORRO n.º 2 cujas diferenças apenas residem nos om-
nos exteriores, s 5NIFORME DE VELA PERTENCENTE AOS MILITA- bros (o primeiro dispõe em cada ombro de duas
em condições de clima frio ou chuvoso. Este res, fornecido gratuitamente, e composto pelos pequenas passadeiras fixas para colocação de
artigo de fardamento veio a revelar-se um seguintes artigos de fardamento: platinas rígidas, e o segundo tem nos ombros
grande sucesso face à sua ampla aceitação s #AL ÜES platinas fixas, que abotoam junto à gola, onde
pelos militares da Marinha. s 0ØLO DE MANGA CURTA vestem passadeiras e recebem botões metáli-
s 3APATOS DE VELA cos). Numa perspectiva de simplificação de arti-
Cobertura da cabeça para o fato de em- Refira-se a este propósito que estes unifor- gos de uniforme, designadamente para passar a
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barque – Com a aprovação do modelo de mes já existiam de forma não regulamentada, existir um único dólman branco, a CPU propôs
fato que iria constituir o uniforme de embar- o que originava que cada veleiro tivesse o seu a eliminação do dólman branco padrão n.º 1,
que, tornou-se necessário definir o artigo de próprio uniforme. passando o dólman branco padrão n.º 2 a ter a
uniforme que seria utilizado para a cobertu- designação de dólman branco, num período de
ra da cabeça, e Uniforme para o pessoal de reforço ao ser- transição de 6 anos.
que faria parte viço da fiscalização das praias – Uma das
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integrante do kit necessidades identificadas, foi a criação de um Luvas pretas – O uso de luvas castanhas, de-
de embarque. A uniforme a usar pelo pessoal da Marinha que ve-se ao facto de, no passado, os sapatos que
proposta da CPU efectua serviço de reforço da acção de fiscali- se usavam com o dólman azul eram de cor
acabou por recair zação das praias. Este uniforme teria que ser castanha. Como sabemos esta não é a realida-
no tradicional compatível com as necessidades específicas da de actual. A esta situação, acresce o facto dos
ball cap. função a desempenhar, e seria uma alternativa militares do sexo feminino fazerem uso de luvas
14 JANEIRO 2009 U REVISTA DA ARMADA