Page 285 - Revista da Armada
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mo quando a luz não era mais que um ape- tal a bordo de um qualquer navio, num qual- facto. No processo talvez perceba melhor a
trecho de mergulho nocturno, o cenário um quer lugar longínquo. Assim, finalmente, se abrangência da vida de quem o rodeia e, terá
lençol esticado por dois marinheiros e o es- permite que médicos anónimos (com pouco percebido, particularmente, a abrangência
túdio a antiga barbearia do navio que ambos jeito e ainda menos arte) contem histórias na focal sua própria vida. Nesse dia – segura-
conhecêramos… Revista da Armada… mente daqui a muito, muito tempo – terá a
A Marinha terá certamente este pequeno Instei, consequentemente, este marinheiro sua arte atingido o seu desiderato de exce-
mérito – valoriza as capacidades paralelas a regressar ao mister eleito do seu coração. lência. Anónimo, é certo, mas seguramente
de muitos dos seus marinheiros. Assim se Garanti-lhe que o mundo lhe parecerá um seu. Os seus retratos terão alma profunda e
fazem excelentes barbeiros de outros tantos lugar melhor e a sua saúde melhorará. Afi- ele, consigo sentir mesmo do fundo da cave
artilheiros, assim se transformam electricis- nal tem um jeito único, para captar a alma de onde escrevo, encontrará paz …
tas e comunicativos em músicos de eleição, de quem se coloca na frente do seu visor e Z
quais animadores culturais, em noite de Na- nada, nem ninguém, vai poder mudar esse Doc
A Marinha na XXVIIIª Peregrinação Militar Nacional a Fátima
A Marinha na XXVIIIª Peregrinação Militar Nacional a Fátima
ste ano, como tem sido tradição, a O dia 19 de Junho começou com o
Marinha participou na Peregrinação prenuncio de muito calor, não só resul-
E Militar Nacional a Fátima. Fotos CAB L Figueiredo tante do estado do tempo, mas também
Um grupo de peregrinos da Marinha, do calor humano resultante do número
incluindo militares, militarizados, civis e de peregrinos que se iam concentrando
familiares, iniciou a Peregrinação no dia junto da Capelinha das Aparições. Este
18 de Junho de 2009. ano, uma vez mais, o tecido humano
O programa, não se afastando do que criado pela presença dos militares e mi-
tem sido hábito, iniciou-se com a con- litarizados da Marinha embelezou ainda
centração dos peregrinos na Igreja da mais a Cova da Iria.
Santíssima Trindade por volta das 1830. A tradicional Via-sacra que antecede a
Tivemos o privilégio de ouvir o teólogo Missa, foi este ano realizada no interior
Juan Ambrósio, docente na UCP, a falar da Igreja da Santíssima Trindade.
sobre questões importantes, em particular Por volta das 11h00 e na presença dos
para os que professam a religião católica, mais altos responsáveis dos três Ramos
mas cujo alcance é de facto universal. Fa- das Forças Armadas e de Segurança,
lou do amor, amizade, companheirismo deu-se início ao momento mais impor-
ao próximo e a importância de valorizar- tante da Peregrinação: a celebração da
mos a humanidade. Eucaristia presidida pelo Bispo das For-
O ambiente que envolve a presença ças Armadas e de Segurança, D. Januá-
dos peregrinos militares, militarizados rio Torgal Ferreira e concelebrada por
e civis, das Forças Armadas e dos pere- muitos capelães militares.
grinos militares e civis das Forças de Se- A animação litúrgica esteve a cargo
gurança cria as condições necessárias do Exército.
para que de facto em cada um renasça Sinto que Fátima cumpriu mais uma
o sentimento de comunhão e partilha. A vez a sua missão, deixando os peregri-
prova disto, materializou-se na atitude e devoção que cada um colocou nos mais completos e mais esperançados que o caminho que escolhe-
no momento que se seguiu ao Jantar. O rezar o Terço na Capelinha das ram trilhar na busca da felicidade e da paz, em comunhão com a tole-
Aparições e a Procissão do Santíssimo Sacramento. rância, o respeito e a vida, sejam de facto uma realidade.
Ao final do dia a tranquilidade e serenidade que cada um transpirava Z
era a indicação inequívoca que Fátima já estava a cumprir com as suas J. Coutinho de Lucena
expectativas. CFR
Peregrinação a Fátima em bicicleta do “Grupo Unidade a Pedal”
Peregrinação a Fátima em bicicleta do “Grupo Unidade a Pedal”
os dias 1 e 2 de Maio, realizou-se a 2ª tiro Nossa Senhora das Dores.
Peregrinação a Fátima em bicicleta do Os elementos que participaram nesta 2ª Pe-
NGrupo Unidade a Pedal (UAP). regrinação ao Santuá rio de Fátima a pedalar fo-
Este grupo é constituído por elementos que no ram os seguintes: 1SAR HE CAD Pereira; 1SAR
seu dia-a-dia se deslocam de bicicleta para as suas CM Taveira; CAB A Martins; CAB FZ Abreu; CAB
unidades - Alcântara e Ministério da Marinha - em L Nunes; CAB A Pita; CAB FZ Silva; CAB A Fi-
Lisboa. Contou também com a participação de gueiras; CAB A Ramos; CAB A Trindade; CAB
alguns civis convidados. FZ Alves; CAB A Mendes; Civis - Carla; Luis; Ví-
O primeiro dia, com partida do Parque Expo, tor. Agradecemos o apoio e o acompanhamento
teve como trajecto Lisboa / Alcanena (Olhos de nestes dois dias de difíceis pedaladas ao 1ºMAR
Água). Foram cerca de 120 km com as dificul- V Nunes e ao CAB V Santos que nos trouxe de
dades a surgirem a partir de Santarém já com al- regresso a Lisboa.
guns kms nas pernas e com o relevo do terreno bastante acentuado a Z
provocar algum desgaste. Carlos Alves
Chegámos ao Santuário de Fátima e fomos recebidos na Casa de Re- CAB FZ
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