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LIVROS
“GRANDES BATALHAS NAVAIS PORTUGUESAS”
“GRANDES BATALHAS NAVAIS PORTUGUESAS”
o passado dia 28 de Maio, de Angola e norte de Moçambique,
no Pavilhão das Galeotas do Foto Rui Salta lutas essas que não estando propria-
NMuseu de Marinha, foi apre- mente no âmbito das batalhas navais
sentado o livro “Grandes Batalhas são combates que marcaram a His-
Navais Portuguesas”, da autoria do tória de Portugal. Referiu-se depois
CMG Rodrigues Pereira. à parte iconográfica, composta pela
O evento foi iniciado com umas reprodução de quadros, a maioria do
breves palavras da Drª Margarida acervo do Museu de Marinha e de
Damião da Esfera dos Livros, editora pormenorizados diagramas adapta-
da obra, que a considerou uma im- dos dos “Combates e Batalhas da Ma-
portante contribuição para a História rinha Portuguesa”, um valioso estudo
da Marinha. do Comandante Saturnino Monteiro.
Seguidamente o CALM Leiria Pin- Mencionou ainda que a obra inclui
to, após reportar-se a algumas referências biográficas do autor, re- um Glossário de Termos Navais com 240
sultantes de contactos profissionais que com ele teve ao longo dos entradas e a indicação da vasta bibliografia
anos, fez a apresentação do livro. Salientou então que a obra tinha consultada. O CALM Leiria Pinto concluiu
como Introdução – uma breve História da Marinha Portuguesa que, felicitando o autor de “Grandes Batalhas
criada com a nacionalidade, se confunde com a História da Nação, Navais Portuguesas” – uma meritória obra
desenrolando-se desde 1147, data da conquista de Lisboa, até ao que, de um modo pragmático e apelativo,
fim do século XX. Relativamente aos combates indicou que o pri- dá a conhecer aos portugueses o que tem
meiro descrito é a Batalha Naval do Cabo Espichel (1180) e o último sido em situações de guerra a notável ac-
a “Operação Mar Verde” (1970), constando, nos 39 apresentados, as ção da sua Marinha.
lutas que a Marinha enfrentou durante as Campanhas de Ocupação A cerimónia terminou com os agrade-
e Pacificação em África (fins do século XIX início do século XX), as- cimentos do CMG Rodrigues Pereira aos presentes e a todos os que
sim como as correspondentes à I Guerra Mundial, nas fronteiras sul o apoiaram em mais este seu projecto literário. Z
A Marinha de Goa e outros ensaios náuticos
A Marinha de Goa e outros ensaios náuticos
ealizou-se no passado dia 17 de Junho nas oficiais de Marinha têm dado para a investigação e a
i nstalações da Biblioteca Central da Marinha, divulgação histórica, devido à especificidade dos seus
Ra cerimónia de apresentação pública do livro Foto CAB L Figueiredo conhecimentos geográficos e náuticos, mas também
“A Marinha de Goa e outros ensaios náuticos”, da au- em resultado do seu entusiasmo pela História.
toria do Comandante Adelino Rodrigues da Costa. Na sua apresentação afirmou que o trabalho do
Assistiram à cerimónia alguns oficiais generais, ou- Comandante Rodrigues da Costa - A Marinha de Goa
tros oficiais e muitos amigos do autor, onde se incluía e outros trabalhos náuticos – se enquadra exactamen-
o Comandante Abel de Oliveira, o último Capitão dos te naquele contexto, sendo constituído por um tra-
Portos do Estado da Índia. balho mais extenso sobre “A Marinha de Goa”, uma
A apresentação do autor foi feita pelo Presidente organização criada ainda no século XVI e que per-
da Comissão Cultural da Marinha, CALM Rui Abreu, durou até meados do século XIX, incluin-
que identificou alguns elementos curriculares do au- do depois quatro ensaios cujos temas são
tor através de alguns episódios em que as suas vidas “O farol da Aguada”, “A Navegação e a
profissionais se cruzaram. Cartografia Náutica de Goa”, “A Constru-
Em primeiro lugar evocou “o sentimento e a emoção de quem há ção Naval em Damão” e “O ensino náuti-
quase quarenta anos, nos rios da Guiné e a bordo da LFG Sagitário, ci- co em Goa”.
mentou uma amizade com um jovem comandante, de porte atlético, De acordo com o Comandante Malhão
boa disposição, profissionalismo e interesse por temas históricos”, refe- Pereira, os temas escolhidos referem-se a
rindo também que, mais tarde, voltaram a embarcar nos mesmos na- regiões que o autor bem conhece, uma vez
vios por diversas vezes em viagens de instrução, quando o autor era que neles residiu enquanto representante
instrutor de Navegação da Escola Naval. da Fundação Oriente na Índia e em Timor
Depois, já noutra fase das suas vidas profissionais, lembrou ter sido Leste, bem como noutras oportunidades
“seu aluno no Instituto Superior Naval de Guerra. Economia e Finan- mais recentes.
ças, matéria algo arrevesada para um médico, mas que a competência Dirigindo-se ao autor, o Comandante Malhão Pereira afirmou “que
do professou tornou aparentemente simples”. muito aprendi com a leitura do seu livro, e dou-lhe desde já os para-
O CALM Rui Abreu salientou de seguida que o livro apresentado é béns”, salientando as abundantes referências que o trabalho inclui, que
o resultado da experiência oriental do autor, designadamente o tem- o tornam muito útil a investigadores e historiadores, pelo que sugeriu
po passado em Goa, Timor, Macau e outras paragens asiáticas, “numa a todos os presentes a leitura do “excelente trabalho” do Comandante
aliança do saber histórico, conhecimento documental e vivência am- Rodrigues da Costa.
biencial de gentes, paisagens e cultura, cheiros e sabores”. A Revista da Armada que se fez representar nesta cerimónia pelo
A apresentação do livro foi depois feita pelo Comandante José Ma- seu Director, felicita o Comandante Adelino Rodrigues da Costa por
nuel Malhão Pereira, um reputado historiador da expansão portuguesa este seu trabalho.
no Oriente, que fez uma análise dos importantes contributos que os Z
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