Page 25 - Revista da Armada
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TOMADA DE POSSE
DIRECTOR-GERAL DO INSTITUTO HIDROGRÁFICO
l O VALM Ramos da Silva tomou posse do Foto Júlio Tito está na vanguarda das ciências e investigação do
cargo de Director-Geral do Instituto Hidro- mar, onde o conhecimento científico existente cons-
gráfico em cerimónia que decorreu no passa- titui um imprescindível contributo para o país nas
do dia 7 de Abril, na Casa da Balança, tendo áreas da hidrografia, da cartografia hidrográfica e da
presidido o CEMA,ALM Melo Gomes. Estive- segurança da navegação, contribuindo para a nossa
ram presentes membros do governo, as mais riqueza e prestígio. (...)”
altas entidades da Marinha, representantes de
organismos científicos e Universidades, bem “…agregando valências integrantes da Ma-
como oficiais, sargentos, praças e civis daque- rinha e únicas no País, de que se destacam os
le organismo. Navios Hidrográficos, possui uma mais-valia es-
tratégica que permite uma relação custo eficácia
No uso da palavra, o novo Director-geral realçou: nunca atingível com outra solução. (...)”
“(…) Sendo um orgão da Marinha na directa dependência do Almirante
Chefe do Estado-Maior da Armada e, nos termos da Lei, um Laboratório do O VALM Agostinho Ramos da Silva nasceu no Funchal, em 1951, ingressou na
Estado,o Instituto Hidrográfico, cujas orientações estratégicas são definidas Escola Naval e foi promovido a Guarda-marinha em Outubro de 1974.
e o acompanhamento da sua execução exercidos pelo MDN em articulação
com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tem por missão: Especializou-se em Hidrografia em 1980. Frequentou o CGNG (1987), o CCNG
Assegurar as actividades de investigação e desenvolvimento relacionadas com (2001), o Curso de Defesa Nacional (2003-4) e o Curso Superior Naval de Guerra
as ciências e as tecnologias do mar, designadamente nas áreas da hidrografia, (2004-5)
da cartografia hidrográfica, da oceanografia, da segurança da navegação, da
oceanografia operacional e na defesa do meio marinho, tendo em vista a sua Prestou serviço embarcado em vários navios da Armada, no NRP “Jacinto Cândi-
aplicação na área militar e contribuir para o desenvolvimento do País nas do”, no NRP “Pereira da Silva”, no navio de apoio a mergulhadores NRP “S. Roque”
áreas científicas da investigação do mar. (...)“ e no navio hidrográfico NRP “Afonso de Albuquerque”, tendo comandado os navios
“...Numa abordagem mais sintética, na esteira do que tem vindo a ser feito, patrulha NRP “Geba” e NRP “Cunene” e a corveta NRP “António Enes”.
o que é visado é o IH, órgão da Marinha, constituir-se e consolidar-se como
um Centro de referência no conhecimento e na investigação do mar, ao servi- Em terra, ligado ao Instituto Hidrográfico (IH), chefiou as Brigadas Hidrográficas
ço do desenvolvimento do País. (...)” nº 1 e nº 2, as Divisões de Cartografia Náutica, de Levantamentos Hidrográficos, de
Por último, o CEMA encerrou a cerimónia referindo designada- Navegação e, foi ainda, Director Técnico e Assessor do Director-geral.
mente:
“(...) O Instituto Hidrográfico é um órgão muito especial da Marinha que Noutras áreas, prestou serviço na Divisão de Logística do Material (DIVLOGMAT)
do Estado-Maior da Armada (EMA), na Divisão de Segurança Marítima da DGM,
chefiou a Repartição de Oficiais da DSP e a DIVLOGMAT do EMA.
Em 2AGO06, tomou posse de Comandante da Zona Marítima dos Açores, Di-
rector do Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de Ponta
Delgada, Chefe do Departamento Marítimo dos Açores e Comandante Regional da
Polícia Marítima.
Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
ENTREGA DE COMANDO
COMANDANTE DA ESCOLA NAVAL
l Presidida pelo Almirante CEMA, reali- politécnicas nacionais. A leitura da Ordem
zou-se no passado dia 14 de Abril, a ceri- do Dia à Escola Naval incluiu uma conde-
mónia de entrega de Comando da Escola coração ao comandante cessante.
Naval. O cerimonial marítimo iniciou-se
com a chegada do Almirante CEMA que O CALM Seabra de Melo, Comandante
foi recebido pelo então Comandante da empossado, mencionou na sua “Carta de
Escola Naval – VALM Macieira Fragoso e Missão” que o novo Comandante se pro-
pelo Corpo Docente. Estiveram presentes, põe consolidar as reformas recentemente
ainda, múltiplas entidades: representantes edificadas: o novo modelo de organização
dos estabelecimentos superiores ligados à do ensino superior, o Centro de Investiga-
EN (entre outros o Presidente da Sociedade ção Naval e o novo Estatuto da EN. No
de Geografia de Lisboa, o Director do Instituto Superior de Ciências da seu discurso estabeleceu, ainda, as linhas
Informação e Administração, o Director da Faculdade de Ciências e Tec- de acção para o futuro: «1) Valorizar a especificidade de ensino da Esco-
nologia – UNL, o Comandante da Academia da Força Aérea), antigos la Naval; 2) Investir nos professores e nos alunos cadetes […] e 3) Reforçar
comandantes, oficiais generais e superiores da Marinha. a abertura ao exterior». Terminou a sua alocução sublinhando que «A
formação académica universitária deve sustentar, no princípio de carreira,
A cerimónia militar iniciou-se com as tradicionais honras militares, sobretudo o seu desempenho operacional». Por fim, o Almirante CEMA,
ao Almirante CEMA, pelo Batalhão do Corpo de Alunos formado no na sua alocução, recuperou a sua visão para a Escola Naval - um es-
auditório, em face das desfavoráveis condições meteorológicas. O Co- tabelecimento universitário de excelência pela qualidade da sua for-
mandante cessante, na sua alocução, realçou que durante o seu coman- mação académica, pela inovação da sua produção científica e rigor
do a Escola Naval se adequou ao conjunto de normativos do Processo organizacional, mas também pela integridade de carácter, sentido de
de Bolonha. Deste processo fez parte: a adequação e registo dos Planos serviço e espírito de corpo dos que nela se formam.Afirmou, também,
de Estudos dos cursos universitários pela Direcção-Geral do Ensino Su- que a entrega do Comando da Escola Naval é o momento apropriado
perior, bem como a sua preparação para a Agência Nacional de Acre- para avaliar as circunstâncias envolventes e desenvolver as necessá-
ditação do Ensino Superior; a atribuição, pela primeira vez, do grau de rias adaptações dando prioridade à qualificação, inovação, eficácia,
mestre aos cadetes e o grau de licenciado ao ensino politécnico; a cria- tecnologia e conhecimento; considerando, ainda, que a especificida-
ção do Centro de Investigação Naval; a criação de condições para um de da Escola Naval está na formação de militares e marinheiros. A
intercâmbio académico entre as Escolas Navais congéneres europeias e; efeméride encerrou com um “Porto de Honra” servido no átrio do
o aprofundamento da cooperação com as instituições universitárias ou auditório da EN.
Revista da aRmada • JULHO 2010 25

