Page 31 - Revista da Armada
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Dia do Fuzileiro
Opassado dia 10 de Julho certamen-
te irá perdurar na memória dos plar, distinção que faltava ao militar da Marinha cá para cumprir missões e essas constitui‑
Fuzileiros. Bem cedo todos cami- mais condecorado em combate. Seguiu-se a ho- rão sempre a nossa prioridade».
nhos conduziam à Escola de Fuzileiros, na menagem aos Fuzileiros mortos ao serviço da
mítica unidade da boina azul ferrete, para Pátria, onde pautou uma irrepreensível perfor- A cerimónia encerrou com o desfile mi-
comemorarem o Dia do Fuzileiro numa mance da Fanfarra daArmada. No seu discurso litar – precedido por um grupo de antigos
organização conjunta do Comando do o Comandante do Corpo, CALM Picciochi, lem- combatentes com o guião daAssociação de
Corpo de Fuzileiros (CCF) e a Associação brou o empenhamento internacional dos des- Fuzileiros – onde se integrou a Secção de
de Fuzileiros que na sua nota de divulga- cendentes do Terço da Armada Real referindo Cinotecnia da Escola de Fuzileiros e a Força
ção do evento já dizia: «trata‑se de um dia em determinada altura: «Não poderia, contudo, de Fuzileiros destinada a constituir-se como
em que Corpo e associação de Fuzileiros deixar de aqui referir, em particular, os fuzilei‑ Unidade de Protecção de Força, no âmbito
pretendem reunir, com uma vertente mi‑ ros destacados em Cabul, a navegar no Pacífico, das responsabilidades nacionais na missão
litar e outra civil, de franco convívio, na na cooperação em África etimor‑Leste ou em da NATO no Afeganistão.
nossa Casa mãe, a escola de Fuzileiros, missão diplomática, em quatro continentes. É
as antigas e as novas gerações e as suas para eles e por eles que trabalhamos. estamos inCursão anfíbia e novo
famílias, numa cerimónia simples onde nome do Cais da umd
a própria dignidade que é apanágio dos
fuzileiros empreste dignidade ao dia que Após o almoço-convívio na antiga pis-
comemoramos». ta de destrezas, o rio Coina foi então pal-
co de uma incursão anfíbia de resgate de
Eram aos milhares vindos do Portugal prisioneiros. Na encenação deste golpe de
profundo e de além-fronteiras, com as suas mão encontrava-se o ex-soldadoVictor Ca-
famílias, num reencontro de antigos mili- pítulo que serviu de «figurante», e que na
tares e unidades de Fuzileiros e num raro realidade foi um dos prisioneiros de guer-
fenómeno sociológico de camaradagem, ra recuperados na operação comandada
que o tempo não consegue apagar. A Santa pelo então CTEN Alpoim Calvão, que des-
Missa, presidida pelo Vigário Geral Castren- ta feita se reencontrou com o seu salvador bem
se Capelão Manuel Amorim – antigo capelão patente no abraço trocado entre ambos no fim
da Escola de Fuzileiros em 1978 –, realizada da simulação.
ao ar livre marcou o início do programa des- Para encerrar as festividades mais uma ceri-
te dia festivo. mónia – sublime mas cheia de significado como
é timbre dos Fuzileiros – aguardava os visitan-
Cerimónia militar tes.Assim, foi descerrada uma placa toponímica
que confere o nome «Capitão-de-mar-e-guerra
A Cerimónia Militar – sem os habituais luga- GuilhermeAlmor deAlpoim Calvão» ao cais da
res marcados para entidades e convidados, pois UMD, para que desta maneira se perpetue aos
estava-se em família – abriu com um dos pontos vindouros o seu exemplo como combatente.
altos, a condecoração do CMG FZEAlpoim Cal-
vão com a Medalha de Comportamento Exem-
Abel Melo e Sousa
CFR REF
Fuzileiros em Missão de Interesse Público
Combate a Incêndios no Distrito de Setúbal
Écom muito orgulho que desde o início do
mês de Agosto mais de uma centena de Base de Fuzileiros, uma Força de Fuzileiros que de alimentação aos evacuados; e ainda orienta
militares do Corpo de Fuzileiros serve o pode ir até ao escalão companhia (120 milita- os treinos das Unidades de Fuzileiros para as
País colaborando com a Autoridade Nacional res), diversas viaturas de apoio a acções de eva- áreas mais sensíveis como forma de dissuasão
da Protecção Civil (ANPC) no combate a in- cuação e um PostoAvançado de Socorro; man- e de vigilância complementar.
cêndios no distrito de Setúbal. tém em prontidão, na Escola de Fuzileiros, uma
equipa motorizada de combate a incêndios e De realçar ainda, o contributo especial que a
Esta operação, realizada a pedido do Gover- diversos meios aquáticos de evacuação; assegu- Escola de Fuzileiros tem dado à Câmara Muni-
nador Civil de Setúbal e em coordenação com ra o fornecimento de alojamento temporário e cipal do Barreiro no combate aos incêndios na
o Centro Distrital de Operações de Socorro área geográfica da Mata da Machada. Para tal,
(CDOS) de Setúbal, visa maximizar a preven- foi inclusive elaborado um plano de acção, de-
ção de incêndios no distrito de Setúbal, com signado Plano AGULHETA, que garante a rea-
maior incidência no Parque Natural da Serra lização de patrulhas em reforço das actividades
da Arrábida e na Mata da Machada, através de de formação militar prática que já se realizam
acções de patrulha e vigilância, de comunica- na referida área, o combate primário aos focos
ção e alerta, de resgate e evacuação e de apoio de incêndio detectados, o fornecimento de cui-
logístico e sanitário. dados básicos de saúde, alojamento temporário
e alimentação a possíveis evacuados.
A fim de garantir o cumprimento das acções
supracitadas o Corpo de Fuzileiros garante du- Fuzos… Prontos!
rante todo o arco nocturno a realização de pa-
trulhas motorizadas; mantém em prontidão, na
(Colaboração do COMANDO DO
CORPO DE FUZILEIROS)
Revista da aRmada • SETEMBRO/OUTUBRO 2010 31