Page 5 - Revista da Armada
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ria o Hino Nacional Alemão ao som do          de que o NRP “Arpão”, arvorando a bandei-
qual seria arriada a bordo a bandeira         ra de Portugal e a insígnia da Marinha, irá
nacional alemã, transportada de seguida       cumprir a sua missão com o sucesso de quem
por um grupo composto por elementos           acredita na nobre missão de servir Portugal
da guarnição de prova da HDW e entre-         no mar.(…)”.
gue ao Sr. Burmester.
                                                 Ainda antes de findar, formularia vo-
   Era o sinal que indicava o momento         tos de que Deus abençoasse o navio e to-
da assinatura do Protocolo de Transfe-        dos os que nele servissem.
rência; este, ainda de carácter provisório
até que esteja decorrido o período de ga-        Terminou agradecendo, novamente
rantia do navio, foi assinado, por parte      em inglês e alemão, toda a ajuda e solida-
do Estado Português, pelo ALM CEMA,           riedade demonstrada pelos Alemães que
e pela HDW, pelos Srs. Andreas Burmester      durante este processo acompanharam e
e Thies Stüber, gestor do projecto nomea-     auxiliaram a Marinha.
do pelo estaleiro.
                                                 A cerimónia passaria então a ser con-
   Regressados aos seus lugares os in-        duzida em português, procedendo-se
tervenientes neste solene e significativo     à leitura das portarias de aumento do
evento, seria a altura de o ALM CEMA          N.R.P. “Arpão” ao efectivo dos navios da
se dirigir aos presentes.                     Armada e de nomeação do Comandante
                                              do navio, CTEN Baptista Pereira.
   Num gesto que muito sensibilizou a         De seguida o ALM CEMA dirigiu-se jun-
assistência alemã, o ALM CEMA agrade-         to à guarnição formada, entregando ao
ceria em inglês e alemão a presença de        Comandante recém-empossado a Ban-
todos os que assistiam à cerimónia.           deira Nacional, que seria, acto contínuo,
                                              levada para bordo pelo Oficial de Serviço
   Prosseguiria, sublinhando o marco          escoltado por Guarda de Honra.
importante que a cerimónia representa-
va, destacando o esforço nacional para           Chegada a Bandeira a bordo ouviram-
manter a Capacidade Submarina da nos-         -se os primeiros acordes da “Marcha dos
sa Marinha e dotá-la de plataformas que       Marinheiros”, ao som da qual a restante
contribuam para o desiderato de uma           guarnição entraria a bordo, sendo que o
Marinha equilibrada e capaz.                  último a passar a prancha seria o Coman-
                                              dante do navio, recebido com as honras
   Salientaria, que explorando a dimen-       da “praxe”.
são submarina, Portugal incrementava
significativamente a capacidade de man-          São 1145; soa o Hino Nacional por-
ter sob vigilância o domínio marítimo, fa-    tuguês e a Bandeira Nacional é, pela
zendo face à variegada gama de ameaças.       1ª vez, içada a bordo do N.R. P. “Arpão”,
                                              acompanhada do Jaque – indicando na-
   Explorando as suas capacidades, refe-      vio armado - e da Flâmula, símbolo do
riu, estará a Marinha em condições para       Comando.
operar em qualquer área de interesse
para o país, contribuindo activamente            Estava terminada a cerimónia; se-
com os parceiros da NATO e da EU para         guir-se-lhe-ia um pequeno “buffet”,
um Mundo mais pacífico.                       servido nas instalações da HDW após o
                                              qual as diversas entidades se dirigiriam
   Referindo a quase centenária tradição      a bordo para uma visita.
da Marinha de operar num ambiente
sub-superfície, recensearia as capacida-         Amanheceu frio…
des da plataforma e os desafios que a            Amanheceu frio e fria continuou a
modernidade dos sistemas representava,        manhã…
declarando a sua convicção de que, ba-           Mas um calor interior, alimentado
seando-se nessa tradição, seriam levados      pelo orgulho, pela satisfação que sen-
de vencida.                                   tiam por estar na sua nova “casa” e pelo
                                              sentido do dever cumprido, sobrepu-
   Agradecendo por fim a todos os en-         nha-se-lhe. Estava finalmente completa
volvidos no projecto – Portugueses e          a 5ª Esquadrilha, Esquadrilha que, esta-
Alemães – o seu contributo e a excelen-       mos certos, servirá com Honra e Distin-
te colaboração entre todos havida, diri-      ção a Marinha e os interesses de Portu-
giria algumas palavras em português à         gal e encherá todos os submarinistas de
guarnição: “(…) Concretizamos hoje, com a     justificado orgulho.
recepção provisória do submarino “Arpão”,     Fotos: HDW e CTE Proença Nunes
uma importante etapa na modernização da
Marinha, ultrapassando muitos obstáculos,                    Colaboração da Delegação
mas conscientes da sua importância para                      da MCSUB na ALEMANHA
Portugal. Grandes responsabilidades caem
agora sobre nós. Com a vossa dedicação, pro-     5REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2011
fissionalismo e profundo espírito de missão,
estou confiante no futuro. Não tenho dúvidas
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