Page 7 - Revista da Armada
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Concluídos os discursos, a ce-                 que o acompanhou numa visita ao navio. No                    do Estado-Maior da Armada diri-
rimónia prosseguiu com a leitura                  decurso da visita, o Ministro da Defesa Nacional             giu-se à guarnição e aos elementos
da Portaria que aumentou ao Efec-                 assinou o Livro de Honra do Navio na Cama-                   da Missão de Acompanhamento e
tivo dos Navios da Armada o NRP                   rinha do Comandante, assinalando assim, de                   Fiscalização formados na tolda do
“Viana do Castelo” e da Portaria que              forma indelével este evento.                                 navio, onde referiu a importância
nomeou o CFR César Manuel Pires                                                                                para a Marinha e para o país do
Correia, Comandante do navio.                        Por último, e após a saída de bordo do Mi-                acto que ocorrera, exortando os
                                                  nistro da Defesa Nacional, o Almirante Chefe                 presentes a enfrentarem com prag-
   Após a entrega da Bandeira Na-                                                                              matismo e motivação redobrada as
cional ao Comandante do navio, por                                                                             tarefas necessárias para a conclusão
parte do Ministro da Defesa Nacio-                                                                             do processo de integração do N.R.P.
nal e do Almirante Chefe do Estado-                                                                            “Viana do Castelo” na Marinha por-
-Maior da Armada, a guarnição en-                                                                              tuguesa.
trou a bordo ao som da “Marcha dos
Marinheiros”.                                                                                                      O navio irá agora concluir as pro-
                                                                                                               vas de mar previstas e a formação e
   Pelas 15H40, com a guarnição                                                                                treino da guarnição de modo a pre-
formada no convés de voo, a Banda                                                                   parar a realização do Plano de Treino de Segu-
da Armada interpretou o Hino Nacional e, em                                                         rança, que se prevê efectuar em Abril p.f.
simultâneo, procedeu-se, pela primeira vez, ao                                                      Fotos: SCH T Monteiro de Sá
içar da Bandeira Nacional a bordo do N.R.P.
“Viana do Castelo”.                                                                                                              C. Lopes Moreira
                                                                                                                                        CMG ECN
   Terminada a cerimónia de recepção, o Minis-
tro da Defesa Nacional foi recebido a bordo pelo                                                                        Chefe da MAF dos MPO´s
Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada

   Viana do Castelo                                                                           Flâmula

    A história de Viana do Castelo começou no Monte de Santa Luzia, onde existe         DESCRIÇÃO HERÁLDICA- Ondada de dez peças
hoje uma igreja. Não longe da igreja encontra-se a Pousada de Santa Luzia onde          de verde e prata, carregada com um escudo de ver-
teria sido a antiga povoação e onde se encontram alguns vestígios arqueológicos.        melho com um castelo de ouro. Listel de prata em
Esta povoação foi habitada desde 2000 aC até 1500 dC. O seu declínio veio com a         banda, de três peças, com a legenda em letras ne-
invasão romana que expulsou para o vale os habitantes celtas desta povoação. Com a      gras maiúsculas, de tipo elzevir, “N.R.P. VIANA DO
Reconquista Cristã surgiu um núcleo populacional que deu lugar a freguesia de Santa     CASTELO”.
Maria. A sua privilegiada situação e sua proximidade a uma via medieval assegura-
ram a economia que se beneficiava das peregrinações a Santiago de Compostela.                                7REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2011

    No ano de 1258 Viana foi fundada junto a desembocadura do Rio Lima por D.
Afonso III. Seu porto foi muito importante durante a Época das Descobertas, desta
Vila marinheira partiram muitas embarcações que voltaram repletas de tesouros que
enriqueceram a população.

    Em 1374, é concluída a muralha da Vila, na altura com quatro portas: Porta de
S. Pedro, Porta da Ribeira, Porta do Postigo e Porta de Santiago. No século XVI, foi
aberta a Porta da Vitória. Em 1502, para defesa em relação à pirataria, foi construída
uma fortificação na barra denominada Torre da Roqueta. A 1 de Junho de 1512, D.
Manuel concede Foral Novo a Viana por a considerar importante pólo de comércio
marítimo. Em 1563, D. Sebastião classifica Viana como «Vila Notável», dizendo-a
uma das mais nobres e de maior rendimento do reino. Ao longo da Idade Média,
Viana torna-se um importante porto marítimo, e durante a época dos Descobrimentos
Portugueses, o porto de Viana era mesmo o terceiro mais movimentado do País. Já
no século XX viria a ser construída uma frota bacalhoeira nos estaleiros de Viana do
Castelo para a pesca do bacalhau nos mares do norte.

    A meados do século XIX a população recebe o nome de Viana do Castelo quan-
do D. Maria lhe concede o título de cidade.

    Curiosidade acerca da origem do nome - Viana do Castelo: Conta-se que um
cavaleiro se apaixonou por uma bela princesa. Rondava o castelo da sua amada,
vezes sem conta, na esperança de a ver. Um dia, na varanda mais alta do castelo, viu
a princesa, Ana de seu nome, que lhe acenava. Louco de alegria, o cavaleiro não se
conteve e então gritava: “Vi Ana do Castelo! Vi Ana do Castelo!”
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