Page 17 - Revista da Armada
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Exercício de Combate à Poluição do Mar
realizado na Praia da Victória
Realizou-se no dia 8 de novembro de 2011,
na Praia da Victória na Ilha Terceira, sob de intervenção e interação entre os vários agen- Base Aérea n.º 4 e o destacamento Americano
coordenação da Capitania da Praia da tes envolvidos. da “65th Air Base Wing”, a Administração Por-
Victória e acompanhamento do Departamento tuária dos portos dos Açores, a Câmara Muni-
Marítimo dos Açores, o exercício de combate Participaram neste exercício aAutoridade Ma- cipal da Praia da Victória e outros agentes da
à poluição do mar, do 2º grau de prontidão no rítima, que empenhou a Capitania do Porto da Proteção Civil.
âmbito da prevenção, mitigação e preparação Praia daVictória no âmbito da coordenação, o
para o combate à poluição do mar, conforme Departamento Marítimo dos Açores, a Direção
previsto no Plano Mar Limpo. do Combate à Poluição do Mar, o Comando da Colaboração da DIREÇÃO DO COMBATE
À POLUIÇÃO NO MAR
O exercício consistiu em conter e combater a
poluição na baía da Praia daVictória, resultan-
te do derrame JP8 ocorrido por rutura do tan-
que n.º 40 e da respectiva bacia de retenção do
“Shout Farm Tank” da Base Aérea n.º 4, tendo
por base a simulação de ocorrência de um tre-
mor de terra. O cenário criado permitiu prepa-
rar, analisar e validar a reação, os procedimen-
tos, o empenhamento de meios, a capacidade
Remodelação dos Sistemas Iluminante
e Energético do Farol de S. Lourenço
OFarol de S. Lourenço, edificado no ilhéu
de Fora (localizado no extremo leste da precioso apoio do Departamento Marítimo da farol, foi equacionado o transporte do material
Ilha da Madeira), a uma altitude de 103 Madeira e da Capitania do Porto do Funchal, e ferramentas necessárias (mais de 5 toneladas
metros, é de extrema importância na aterragem procedeu à substituição dos sistemas iluminante de carga) por helicóptero em “vertrep”, pelo
a esta Ilha e aos seus principais portos da cos- e energético do farol, cujos trabalhos decorre- método de carga suspensa, desde o aeroporto
ta sul, quer para a navegação oceânica prove- ram no período de 6 de junho a 1 de julho do do Funchal até ao ilhéu. Infelizmente, devido a
niente da Europa, Mediterrâneo e África, quer corrente ano. condicionalismos operacionais, tal método não
para a navegação local de recreio e pesca, pro- foi exequível, pelo que se teve que optar pelo
veniente de Porto Santo e das Ilhas Para a concretização deste objetivo foram ad- seu transporte em embarcação desde o Funchal,
Desertas. O farol deixou de estar quiridos, no final de 2010, seis painéis fotovoltai-
guarnecido por pessoal faroleiro cos, doze baterias e uma lanterna com ângulo de seguido de transbordo para um
desde meados do ano 2000, data divergência vertical de 7º, que passa a permitir o bote tipo zebro, único meio de
a partir da qual o seu sistema ilu- avistamento da luz do farol a distâncias inferiores acesso ao rudimentar desembar-
minante passou a ser alimentado a 3 milhas. Esta lanterna está dotada de um sis- cadouro existente no ilhéu.
a energia fotovoltaica e as neces- tema de tele-monitorização e controlo via SMS,
sárias ações de manutenção pre- o que permite poupar recursos financeiros e hu- Como consequência, não foi
ventiva ou correctiva passaram a manos, evitando deslocações desnecessárias ao possível colocar no ilhéu todo o
ser asseguradas pelo pessoal em farol e assumindo-se como uma solução muito material planeado, nomeadamen-
serviço na área de balizagem do interessante face ao rácio custo/eficácia. te um grupo electrogéneo recon-
Funchal, através de deslocações dicionado, a gasóleo, que seria
regulares ou inopinadas ao farol. Na preparação da complexa operação logís- utilizado nos trabalhos de remo-
tica, com fortes constrangimentos na acessibili- delação e ficaria instalado para
Desde novembro de 2009 dade ao local devido à localização inóspita do apoio em futuras ações de ma-
que o seu sistema energético, nutenção, bem como o cimento,
constituíd o por painéis solares e a brita e a areia necessários para
baterias, vinha dando sinais de ter efetuar alguns acabamentos nas
atingido o final de vida útil e não infraestruturas. Pelo mesmo moti-
suportar mais os consumos opera- vo não foi retirado o material que
cionais exigidos. Por outro lado, a conjugação foi substituído, que ficará a aguar-
dos parâmetros associados ao farol, altitude/ dar melhor oportunidade.
localização/ângulo de divergência vertical da No final, malgrado estas contrariedades, que
lanterna instalada, dificultava o avistamento da foram superadas pelo empenho e espírito de
sua luz aquém das 3NM, recomendando tam- missão do pessoal envolvido, o objetivo princi-
bém a substituição da lanterna por outra mais pal desta operação, a remodelação dos sistemas
avançada tecnologicamente, de maior fiabilida- iluminante e energético, foi atingido consisten-
de e com um maior ângulo de divergência ver- temente, ficando o farol equipado com uma
tical que passasse a permitir o seu avistamento lanterna cuja característica atual é constituída
junto a terra. por um relâmpago de luz branca a cada 10
segundos (Fl W 10s - Lt 1s; Ec 9s) e mantendo
Assim, e de forma a colmatar as aludidas o alcance de 20NM.
vulnerabilidades, a Direcção de Faróis, com o
Colaboração da DIREÇÃO DE FARÓIS
REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2012 17