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REVISTA DA ARMADA | 488

NRP D. FRANCISCO DE ALMEIDA

no OPERATIONAL SEA TRAINING

Entre 5 de maio e 11 de junho, o NRP D. Francisco de Almeida concluiu com sucesso o Portuguese Operational Sea Training (POST),
constituído por uma semana de terra e cinco de mar, durante as quais o navio foi sujeito a um conjunto diversificado de ações de
treino. Todas as áreas do navio foram treinadas e avaliadas, nomeadamente: imediato, marinharia, logística, saúde, mecânica, ele-
trotecnia, limitação de avarias, armas e eletrónica, comando e controlo, guerra anti-aérea, anti-superfície e anti-submarina, guerra
eletrónica, guerra assimétrica, operações de segurança marítima, comunicações, navegação, aviação, meteorologia e hidrografia e
relações públicas.

Perante a complexidade e a exigência reclamada pelos seari-         breve apenas quatro áreas distintas para o aprontamento, desig-
    ders1 ingleses, a guarnição do NRP D. Francisco de Almeida      nadamente, o pessoal, o material, a logística e o treino.
respondeu sempre com uma grande recetividade ao treino, em-
penhamento, determinação, elevados níveis de motivação e en-          Na área do pessoal realça-se o processo de rendições que, en-
tusiasmo, predicados permanentemente reconhecidos e elogia-         cetado ainda no ano de 2012, possibilitou uma substituição de
dos pelo staff do Flag Officer Sea Training (FOST).                 cerca de 83% da primeira guarnição, garantindo o treino e os ali-
                                                                    cerces para a estabilidade futura da guarnição.
   Em termos da plataforma, armas e sensores, o POST também
foi uma excelente oportunidade para se demonstrar em pleno            Paralelamente, o navio integrou, a partir de fevereiro, duas
as capacidades combatentes do navio, tendo sido notórias as         equipas de abordagem de fuzileiros, um controlador de helicóp-
características gerais do poder naval e, em particular, das fraga-  teros, dois mergulhadores, um médico naval, um aspirante a ofi-
tas multipurpose, designadamente, a sua resiliência, prontidão,     cial e o destacamento de helicópteros 22, num total de 185 mili-
flexibilidade, sustentação e capacidade de projeção de poder.       tares embarcados.

   Concluído o primeiro POST da história do NRP D. Francisco de       Sublinha-se ainda o aprontamento médico-sanitário realizado
Almeida, o navio iniciou o trânsito de regresso a águas lusas,      por todos os militares do navio e a atualização da formação em
com o sentimento do dever cumprido, atracando na BNL a 14           áreas específicas, através de cursos tão diversificados tais como:
de junho.                                                           socorrismo, SAR urbano, equipa do convés de voo ou operação
                                                                    com helicópteros.
O PERíODO PRÉ-POST
                                                                      Na área do material, importa referir o desafiante aprontamen-
   O Material Assessement and Safety Check (MASC) realizado         to do navio. Primeiro, os trabalhos realizados no âmbito do ter-
em 6 de maio, vulgarmente conhecido como a inspeção inicial,        ceiro escalão, designadamente, as revisões a dois geradores, as
espelhou a capacidade do navio para iniciar o treino em seguran-    intervenções ao compressor de baixa pressão e a um dos grupos
ça, nos aspetos do material e do pessoal, mas também represen-      de ar condicionado, bem como a intervenção e beneficiação do
tou o corolário de um vasto trabalho que teve lugar nos meses       convés de voo e as diversas certificações de sistemas e equipa-
que antecederam a chegada do navio a Inglaterra.                    mentos, designadamente, na área dos serviços gerais, dos depar-
                                                                    tamentos de propulsão e energia e de armas e eletrónica e das
   Com efeito, desde o início do corrente ano e ao longo de qua-    facilidades de aviação do navio.
tro meses intensos e exigentes, foram efetuados diversos prepa-
rativos em Lisboa, envolvendo todas as entidades e organismos         Ao nível do primeiro escalão, importa sublinhar os trabalhos
responsáveis pelo aprontamento que, através de uma ação con-        realizados pelos militares da guarnição na manutenção preventi-
certada, permitiram tornar real a participação do navio no POST     va e corretiva dos equipamentos e no apoio prestado nas ações
2014. Sem pretendermos ser exaustivos, abordaremos de forma         no âmbito do terceiro escalão, bem como na beneficiação geral
                                                                    dos espaços exteriores e interiores do navio.

6 AGOSTO 2014
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