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REVISTA DA ARMADA | 488
Na área da logística, a aquisição e o controlo da situação dos o navio a 28 de abril estivesse pronto e seguro para largar rumo à
sobressalentes, em geral, e sobretudo daqueles relacionados Base Naval de Devonport, em Plymouth.
com os geradores, foi uma variável que exigiu um acompanha-
mento sistemático por parte de bordo e das entidades envolvi- O Operational Sea Training (OST)
das de modo a não comprometer o aprontamento em tempo do
navio. Naturalmente, a preparação para uma missão de várias O período do treino em Inglaterra é caracterizado como um
semanas também exigiu um conjunto de fainas de material diver- momento singular do ciclo operacional do navio. É um período
so, que se foram intensificando, em termos de periodicidade, nas de grande exigência e intensidade que requer, por essa razão,
últimas três semanas antes da largada para Plymouth. um empenhamento muito grande por parte de todos os elemen-
tos de bordo. Foi com este sentimento de responsabilidade, mas
Por último, mas não menos importante, o treino efetuado no também de grande motivação e determinação, que a guarnição
âmbito do aprontamento do navio. Com efeito, concorrendo com largou da BNL de Lisboa.
as diversas atividades enunciadas nos parágrafos anteriores, o
navio também foi desenvolvendo um programa semanal de trei- Após 3 dias de navegação, aproveitados para preparar a ins-
no interno que envolveu todos os departamentos, com vista à peção inicial e para qualificar a equipa de convés de voo (alfa) e
preparação, numa primeira fase, do Plano de Treino Básico (PTB) o FDO de bordo, o NRP D. Francisco de Almeida atracou a 1 de
e, numa segunda fase, do treino em Inglaterra. maio, numa manhã fresca e com alguma chuva, normais para o
clima britânico.
Neste seguimento, o navio realizou o PTB de 10 de março a 4
de Abril. Constituído por duas semanas de terra e duas semanas Imediatamente no dia a seguir, a 2 de maio, decorreram as visi-
de mar, sob a égide da equipa de avaliação do CITAN, o PTB pro- tas preparatórias para o treino (Pre-OST Liaison Visits) nas insta-
porcionou o desenvolvimento das proficiências coletivas e das lações do FOST, com a participação de grande parte da guarnição.
rotinas de bordo de modo a garantir a recuperação dos padrões As reuniões setoriais permitiram, assim, que os intervenientes no
de prontidão naval previstos na doutrina nacional para esta clas- treino (avaliadores e avaliados) trocassem as primeiras impres-
se de navios. sões sobre os objetivos gerais do treino e as grandes linhas gerais
para o MASC.
Face ao que foi escrito neste capítulo, é lícito deduzir que, con-
vergindo com o exemplar trabalho e empenho colocado pela
guarnição, o apoio recebido por organismos tão distintos tais
como Direção do Serviço de Pessoal, Direção do Serviço de For-
mação, Direção de Navios, Direção de Abastecimento, Arsenal do
Alfeite, Flotilha, CITAN, Esquadrilha de Escoltas Oceânicos, Cen-
tro de Medicina Naval, Escola de Tecnologias Navais, Esquadrilha
de Helicópteros, entre muitos outros, foi determinante para que
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