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REVISTA DA ARMADA | 496
A partir da visão estabelecida, a STI deduziu 11 Objetivos Estra- (2) Edificar uma rede lógica classificada multinível destinada a su-
tégicos, predominando naturalmente o objetivo de missão “Me- portar as operações, aproveitando a rede física da RCM, de modo a
lhorar a qualidade e a disponibilidade da informação”, que é su- permitir o transporte de informação até ao grau Confidencial.
portado ao nível operacional pelos objetivos “Garantir a eficácia
e a segurança da infraestrutura CSI e dos serviços TIC”, “Desen- (3) Concluir a edificação dos projetos BRASS e GMDSS na área
volver a arquitetura de referência das TI e a desmaterialização das comunicações navais, essenciais para o exercício do C2, em
dos processos organizacionais”, “Prosseguir o desenvolvimento suporte direto às operações navais e no apoio à condução de
SI, em especial os do CSM1” e “Aperfeiçoar a gestão e arquivo da ações SAR nas águas sob jurisdição nacional.
informação e prosseguir o desenvolvimento da capacidade BI2”,
ao nível estrutural pelos objetivos “Promover a governação TI”, (4) Promover em colaboração com o CN e a AMN o desenvol-
“Aperfeiçoar a estrutura organizacional e os processos” e “Fo- vimento do BI para apresentar informação relevante e sintética
mentar a ID&I e promover parcerias” e ao nível genético pelos sobre o estado dos meios operacionais e dos recursos de apoio.
objetivos “Modernizar e reorganizar as infraestruturas admi-
nistrativas e técnicas”, “Assegurar recursos financeiros estáveis (5) Desenvolver sob coordenação do CINAV projetos de ID&I,
e maximizar a sua execução” e “Promover as competências e a financiados por entidades externas, de suporte ao desenvolvi-
motivação dos RH”. mento da capacidade C2 da Marinha.
c. Iniciativas TI em apoio ou cooperação com parceiros externos
EXECUÇÃO ESTRATÉGICA E OPERACIONAL TI
(1) O modelo de gestão estratégica da Marinha e o respetivo
A STI conduz um conjunto de iniciativas estratégicas (proje- Sistema de Monitorização e Controlo foram objeto de um proto-
tos) que materializam cada um dos objetivos estratégicos defi- colo estabelecido com a Entidade de Serviços Partilhados da Ad-
nidos. Para além desta componente transformacional, a STI con- ministração Pública e com a SG-MDN, no sentido de os partilhar,
duz operações correntes TI, centradas na evolução e sustentação estendendo a sua utilização no quadro da Administração Pública.
da infraestrutura tecnológica de dados e de comunicações e nos
serviços de gestão, análise e arquivo da informação. Relevam-se (2) No âmbito do Plano Global Estratégico para as TIC da AP
as seguintes iniciativas em curso com maior impacto na Marinha: (PGETIC), a Defesa desenvolveu o seu PAS, contendo um conjun-
a. Iniciativas TI Transversais to de Medidas e Ações estratégicas, cuja execução tem interesse
para as FA e que a Marinha acompanha.
(1) Incrementar a largura de banda, velocidade de acesso e re-
siliência da Rede de Comunicações da Marinha (RCM) e apoiar o PERSPETIVA FUTURA E CONCLUSÃO
EMGFA na evolução tecnológica da RFCM3.
O presente ambiente informacional evidencia duas vertentes
(2) Melhorar a segurança da informação, segregando uma rede dominantes que condicionam todas as opções: a profusão de in-
classificada e consolidar uma capacidade de resposta a inciden- formação e o cada vez mais curto ciclo de vida das TIC, marcadas
tes de segurança da informação, integrada no projeto de edifica- pela obsolescência programada. Nesta encruzilhada, a Marinha
ção da capacidade de ciberdefesa nacional. tem de fazer escolhas para conservar uma infraestrutura de base
tecnológica moderna, resiliente e segura, e para desenvolver siste-
(3) Desmaterializar e automatizar, em colaboração com os se- mas de informação e metodologias capazes de extrair da informa-
tores, processos que visem ganhos de eficiência − lançamento ção disponível o que é relevante para o apoio à decisão e para a
na Intranet da “Secretaria Virtual”, permitindo o processamento prossecução da sua missão, programando e sincronizando os seus
eletrónico em rede do alardo, movimentos do pessoal, requeri- ciclos tecnológicos com o pulsar do desenvolvimento comercial
mentos, entre outros. das TIC. A consolidação e operacionalização de uma arquitetura
de referência das TI é determinante para assegurar a gestão dos
(4) Edificar e modernizar os SI relacionados com o produto ope- recursos informacionais (tecnologia, informação e comunicações),
racional da Marinha e da AMN, nomeadamente os que integram a sua governação e a gestão centralizada dos recursos humanos
o SICOSF4 e o SIIAM5 e colaborar com a SG-MDN6 no desenvol- qualificados em TI, em quem reside e se alavanca o conhecimen-
vimento e colocação em serviço do módulo de RHV do SIGDN. to, a vontade e o esforço, o sentimento de pertença e o espírito de
equipa num quadro muito exigente de restrição de efetivos.
(5) Acomodar o aumento exponencial do volume de dados e
de informação, típicos da sociedade em rede, e edificar uma in- As especificidades da Marinha e das estruturas da AMN terão
fraestrutura de backoffice e storage para os gerir de forma cen- de permanecer no foco da STI, relevando-se o apoio ao comando
tralizada. Desenvolver o portal de Internet da AMN e modernizar e controlo das operações e das unidades navais, ao desenvolvi-
o PMARINTRA7, potenciando a capacidade comunicacional e fun- mento sustentado e autónomo, mas também partilhado, do co-
cional (acesso a serviços eletrónicos de uso específico). Imple- nhecimento situacional marítimo e à manutenção de uma capa-
mentar o Arquivo Digital da Informação e elaborar o Plano de cidade de comunicações navais de médio e longo alcance em HF,
Preservação de Informação Digital da Marinha. num quadro de gestão integrada e de segurança da informação.
(6) Desenvolver a capacidade de Business Intelligence (BI) de A STI continuará a assegurar que a informação relevante para a
Gestão na Marinha, colaborando também com a SG-MDN, e re- Marinha é positivamente captada e gerida em torno do seu ciclo
forçar a utilização da Investigação Operacional em apoio à otimi- de vida, dado tratar-se de um instrumento indispensável para a to-
zação e à tomada de decisão criteriosa e fundamentada. mada de decisão, a obtenção de superioridade na ação, a criação
de vantagens competitivas e a incorporação de valor na Marinha.
(7) Reforçar a capacidade de Gestão de Projetos (GP) através
do seu órgão de governação, onde têm assento os setores da Ma- Rapaz Lérias
rinha, e consolidá-la numa perspetiva holística DOTMLFPI8, refor- CALM ECN
çando o seu edifício doutrinário e de boas-práticas.
Notas
(8) Atualizar a doutrina TI da Marinha (e.g. PCA-2) e envolver 1 Conhecimento Situacional Marítimo.
os setores na priorização e planeamento das capacidades TI da 2 Business Intelligence.
Marinha, promovendo no quadro do MDN e do EMGFA a gover- 3 Rede Fixa de Comunicações Militares.
nação integrada das capacidades TI da Defesa. 4 Sistema de Informação da Componente Operacional do Sistema de Forças.
b. Iniciativas TI em apoio à Componente Operacional 5 Sistema Integrado de Informação da Autoridade Marítima.
6 Secretaria-geral do Ministério da Defesa Nacional.
(1) Sustentar o módulo SAR do SI nuclear do CSM, o Oversee, 7 Portal da Marinha na Intranet.
e desenvolver os módulos de apoio à fiscalização da pesca e de 8 Doutrina, Organização, Treino, Material, Liderança, Facilidades estruturais, Pessoal
proteção ambiental, assegurando a interoperabilidade com ou- e Interoperabilidade.
tros serviços, nacionais e internacionais, designadamente o NI- 9 Common Information Sharing Environment
PIM@r e o EU-CISE9, e integrar novas fontes de informação e so-
luções de gestão e análise mais ágeis.
MAIO 2015 7