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REVISTA DA ARMADA | 496

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rante todo o período do exercício tiveram um impacto significativo      Na segunda fase procedeu-se ao embarque da FD a bordo do
no cumprimento do programa de treino, tendo as áreas da defe-         NRP Bérrio a fim de efetuar um raid anfíbio. Esta fase já contou
sa aérea e as operações com helicópteros sido das mais afetadas.      com o comando da força embarcado no navio-chefe, tendo sido
                                                                      pela primeira vez ativado um EMANF, envolvendo os Estados-
  Foram realizados vários reabastecimentos no mar, séries de          -Maiores do comando da Força Anfíbia e do comando da FD, em
proteção de força contra ameaça assimétrica durante a saída e         fase de experimentação.
entrada no Porto de Lisboa e uma série de multiameaça, no dia
05 de março, com a participação de um avião de patrulha maríti-         Não estando reunidas as condições meteorológicas adequa-
ma P3C, que revelou ser uma mais-valia importante para o treino       das para o desembarque da força, e aproveitando a presença
de integração na força naval e para o seu emprego.                    dos elementos do reconhecimento já projetados no terreno, foi
                                                                      decidido cumprir a missão com recurso a fogo de apoio naval
  Participaram, de igual modo, diversas unidades do Comando do        (simulado) providenciado pelo NRP Álvares Cabral, atuando os
Corpo de Fuzileiros, tendo sido constituída uma força composta        elementos avançados como observadores de tiro. Esta alternati-
pela Companhia de Fuzileiros nº 22 reforçada com militares dos        va foi considerada durante a fase de planeamento, o que veio a
Pelotões de Reconhecimento, Anticarro e Morteiros, que materia-       revelar-se uma opção adequada. Não obstante o cancelamento
lizaram o Apoio de Combate. Integraram ainda esta força militares     deste desembarque, o exercício constituiu uma excelente opor-
da Base de Fuzileiros e da Companhia de Apoio de Transportes Tá-      tunidade de treino para os fuzileiros pelo treino proporcionado
ticos, bem como da Unidade de Meios de Desembarque, através           com os meios aéreos envolvidos, bem como pela sua integração
do seu Grupo de Botes, enquanto Elemento de Assalto Anfíbio.          com os meios navais da FNP.

  A participação da FD neste exercício dividiu-se em duas fases: a    EXERCÍCIO INSTREX 01-15
primeira, entre os dias 23 e 27 de fevereiro, na área de Grândola
e Sines; a segunda, no período de 28 de fevereiro a 05 de março,        Decorreu entre 16 e 27 de março, composto por uma fase de
na área de Pinheiro da Cruz, Troia e Vila Nova de Milfontes.          treino no porto, que decorreu entre os dias 16 e 20, e por uma
                                                                      fase de treino no mar, realizada na costa oeste de Portugal Conti-
  Na primeira fase foram realizadas operações com diversas aero-      nental, entre os dias 22 e 27.
naves, efetuando-se a projeção por meios aéreos e apoio aéreo pró-
ximo a patrulhas motorizadas, através da integração dos Forward Air     O ITX 01-15 é um exercício semestral conduzido pelo Comando
Controler holandeses na FD, com ações nos Air Assault com a utiliza-  Naval tendo como principal objetivo proporcionar treino próprio
ção dos Helicópteros Alouette III da FAP e Ecourelle da Força Aérea   aos navios e à FNP, no mar, assegurando a prontidão, credibilida-
Norueguesa. Paralelamente, foram efetuadas patrulhas de seguran-      de e eficiência da Marinha na condução de operações navais em
ça motorizadas contando com o apoio de caças F-16.

10 MAIO 2015
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