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REVISTA DA ARMADA | 496
Foto Luís Gomes
agora se pretende adaptar à realidade nacional, em particular tendo tido como principal objetivo treinar, qualificar e aprontar
no âmbito da FNP. as forças e unidades operacionais que, no plano estratégico dos
interesses nacionais e das alianças internacionais de que o país
O exercício RT 15 foi a primeira atividade operacional em que faz parte, possam vir a participar em operações militares nos
foi empregue esta estrutura e serviu, sobretudo, para integrar os mais diversos quadros de cooperação internacional (NATO e EU).
dois Estados-Maiores (do CATF e do CLF), tendo-se trabalhado ao
nível do planeamento e do processo de decisão de uma forma Para este exercício foi desenvolvido um cenário que pretendeu
mais integrada e colaborativa do que antes acontecia. Foram ain- criar situações realistas e complexas, no sentido de se obter um
da adotadas algumas alterações à estrutura do EMANF previsto ambiente operacional conjunto e combinado semelhante ao das
naquele estudo, carecendo agora da necessária validação antes atuais operações militares internacionais, que propiciem condi-
de uma eventual implementação futura. ções às forças participantes para executar este tipo de operações.
Conforme foi referido, o RT 15 contou com a presença de forças,
Já no ITX 01-15, para além da continuidade do trabalho ante- unidades e meios internacionais, nomeadamente, dos Estados
riormente desenvolvido, alargou-se a experimentação a outros Unidos da América, Noruega, Dinamarca, Espanha e Países Baixos.
cenários de atuação, nomeadamente, o planeamento tático
para uma operação NEO e a projeção do CLF para terra junta- A FNP foi ativada com a designação TG 443.20, tendo participa-
mente com o seu Estado-Maior projetável, o que permitiu ve- do com a finalidade de exercitar as capacidades da força e treinar
rificar o impacte que esse movimento produzia na condução o comando e Estado-Maior embarcado na condução de operações
das operações e, naturalmente, na capacidade de comando e navais, executando o seriado previsto, de modo a otimizar esta ex-
controlo da força. celente oportunidade de treino no mar, explorando ferramentas e
validando procedimentos que contribuíssem para o conhecimento
EXERCÍCIO REAL THAW 15 situacional dos espaços marítimo e aéreo. O exercício proporcio-
nou treino às unidades participantes que lhes permitiu manter os
Durante a semana de 02 a 05 de março, a FNP, composta pela padrões de prontidão operacional estabelecidos e melhorar os de-
fragata Álvares Cabral, navio-chefe, o reabastecedor de esquadra sempenhos das unidades, habilitando-as para o cumprimento de
Bérrio e a corveta Baptista de Andrade, juntamente com subma- missões específicas e para a integração em forças navais.
rino Tridente, participou no exercício RT 15.
O programa seriado abrangeu um leque alargado de áreas espe-
O RT 15 é o exercício tático anual da Força Aérea Portuguesa cíficas de treino, contemplando a luta de superfície, a defesa aé-
e foi planeado e conduzido pelo Comando Aéreo. Contou com rea, a guerra eletrónica e a luta antissubmarina. No entanto, as
a participação de diversas aeronaves nacionais e internacionais, condições meteorológicas desfavoráveis que se fizeram sentir du-
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