Page 51 - Revista da Armada
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TRAÇOS DO EXTREMO ORIENTE,
de Vences{au de Morais.
bibliografia
Com uma introdução do nosso em-
baixador no Japão, dr. Armando
Martins Janeira, devotado amigo
daquele país e das coisas de -geral de Portugal no Japão. Já santíssima e agradável leitura.
Marinha, fo i publicada recente- capitão-de-fragata, pediu a exone- A narrativa é, em Domingos Mon-
mente pela Portugália Editora ração de cônsul e de oficial de teiro, espontânea, pode mesmo
(Colecção Antolog ias Universais), Marinha para poder dedicar-se, dizer-se nata. O seu estilo é extre-
uma selecção de textos de Ven- por inteiro, à descrição dos en- mamente cativante e prende o
ceslau de Morais. cantos e dos amores dessa terra leitor da primeira à última página.
Venceslau de Morais é mais co- de paraíso que definitivamente Os títulos das novelas são: «A
nhecido como escritor das coisas adoptara. Niponizou-se e viveu Minha Tia Angelina» e «O Vento
do Oriente e nomeadamente do feliz o resto dos seus dias, aca- e Os Caminhos». Os contos, de
Japão, onde viveu longos anos, bando por morrer em Tokushima, menor fôlego, mas não menos
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do que como oficial de Marinha. para onde se retirara, em 1-8- interessantes, têm por título «A
No entanto, foi aluno da Escola -1929. São muitos os seus livros Morte é um Facto Natural » e
Naval e guarda-marinha em 2- e escritos. A sua leitura é um «A Verdade».
-10-1875, atingindo o posto de prazer e uma sedução. Entre os
capitão-tenente em 2-10-1891 . A mais importantes destacamos
sua vida de marinheiro decorreu «Traços do Extremo Oriente », PUBLICAÇÕES RECEBIDAS
por várias estações de África «Dai Nippon », «O Culto do Chá»,
Temos receb ido com regulari-
e do Extremo Oriente. Enquanto «Serões no Japão» e «Cartas do
dade os nossos congéneres :
permaneceu no desempenho do Japão».
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lugar de imediato da Capitania do «Jornal do Exército», «Mais Alto»,
Porto de Macau foi várias vezes O VENTO E OS CAMINHOS, «Stella Mar i s », «Guerr i lha »,
ao Japão, enamorando-se (assim de Domingos Monteiro. «Guarda Fiscal», «Gazeta Mecâ-
podemos dizê-lo) das suas terras nica», «Cóls Bleus», «Sentinelle»,
e das suas gentes. Em 1898 foi Os apreciadores de contos e no- «O Islão» e «A Propriedade Ur-
nomeado cônsu I em Hiogo e Osaka. velas têm em «O Vento e Os Cami- bana».
Em 1913 passou a ser cônsul- nhos» algumas horas de interes- O. Lemos
Que de acordo com recentes dispo-
sições introduzidas nos Regu-
lamentos de Uniformes os
militares da Armada quando saibam todos
fardados de branco devem usar
polainitos de cabedal preto, nas
condições em que até há pouco Que em todos . os supermercados da Que nos organismos da Armada em
eram usadas polainas de tecido Marinha existem caixas de recla- terra são devidos os mesmos
branco. mações onde os utentes podem . sinais de apitos do cerimonial
depositar as suas queixas ou marítimo nos navios de guerra.
Que o número de transferências dos
reclamações.
sargentos e praças dos Quadros Estas queixas ou reclamações Que é tradição da Marinha que inte-
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Permanentes para os Quadros de podem respeitar a preços mais ressa respeitar os militares da
Complemento autorizado para elevados que os praticados no Armada descobrirem-se quando,
1972 ultrapassa os 2000. comércio ou a procedimentos in- a bordo ou em terra, entram em
correctos dos empregados. alojamentos do pessoal, tais como
Que por diploma recente a classe de
No primeiro caso convém que câmaras, cobertas, refeitórios,
fogueiros motoristas passou a
o reclamante indique o estabe- etc. Igual procedimento deve ser
ser designada por classe dos
lecimento onde pode adquirir adoptado em cinemas, teatros,
conçlutores de máquinas.
artigos de igual qualidade por restaurantes, cafés e outros recin-
Que pelo mesmo diploma o limite de menor custo. tos cobertos de utilização pública.
idade para passagem à Reserva No segundo caso é conveniente
dos sargentos e praças da classe que o queixQso se identifique
de abastecimento baixou I de 60 para que se possa proceder a
para 56 anos. averiguações.