Page 413 - Revista da Armada
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Depois, já dentro de casa, verifiquei que, embora   Pormenorda casa do almirante Silva Brilga. tipicamente portugue'
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         enorme, não há compartimento on de se não tropece
                                                             A porta ... é a da adega. Na separaçl.o casa/varanda vl.·se o sinoda
         com objectos que lembrem o mar, os navios e as ter-  antiga _Azevia •.
         ras distantes p or onde andaste. Na limpeza e arrum a·
         ção de t udo -a boa vivenda do feitor, vacana, adegs,   - Pena estarem estes dois esp ectaculares monu-
         alambique, pocilga,  galinheiros e  da própria quinta   mentos tão perto um do outro, observei a certa altura.
         onde não vi um papel,  um plástico ou qualquer coisa   -  PaI isso, diz o povo daqui,  sem  desrespeito e
         a manchar a paisagem-, v{j-se bem que ali há o dedo   com graça, que a SenhoIa do Sameiro foi o Diabo que
         de um maIinheiroao leme.                            apareceu ao Bom Jesus, respondeste.
            Um mar muito verdinho de milheirais, videiras tre-  Enfim,  para  não  alongar  demasiadamente  esta
         pando em latadas,  oliveiras carregadas a  prometer   carta,  termino afirmando que tu e  tua mulher -  que
         boa colheita,  castanheiros e  nogueiras,  segun da as   curiosamente é filha, irmã e tia de distintos oficiais de
         tuas palavras mais velhas que nós, laranjeiras, perei-  Marinha - nos proporcionaram um dia inesquecível,
         ras,  macieiras...  Um  verdadeiro  paraiso  terrestre,   pela beleza de tudo que nos foi dado ver e pela manei-
         implantado no bocado mais bonito desta manta de re-  ra fidalga  e amiga como nos receberam. Bem haiam.
         talhos que se chama Portugal.
            Programa minuciosamente preparado e seguido à
         risca,  como é  timbre na Armada, visitámos a cidade
         de Braga, que muito tem progredido e onde vi jardins
         maravilhosos, o Bom Jesus e o Sameiro, tudo mostra-                               Um abraço amigo do
         do  e  explicado  por  ti  com  entusiasmo  bairrista  e                                  M. do Vale,
         pro!undosconhecimentos.                                                                         c/alm.



           Fotografias da Baía dos Elefantes




               Por sugestão da direcção do Museu de Marinha,   como era costume, nomes de naviÔs que ali aperta-
            e a fim de figurar nos respectivos arquivos, pede-se   vam desenhados nos montes circundantes com pe-
            a  alguns dos nossos leitores que possuam fotogra-  dras grandes caiadas de branoo, o favor de as cede-
            fias  da Bala dos Elefantes, Angola, onde figurem,   rem, por empréstimo, para serem reproduzidas.


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