Page 124 - Revista da Armada
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Batalhas e combates





            da Marinha portuguesa (II)








            CABO DE S.  VICENTE (21  de Julho de 1337)             A  rendição da sua capitânia arrefeceu consideravel·
                                                                mente o ânimo dos portugueses.  A  maior parte das res-
               No ano de  1336. tendo-se agravado as dissençõcs en-  tantes galés foram-se rendendo sucessivamente enquanto
            tre D. Afonso IV de Portugal e Afonso XI de Castela, de-  que umas poucas retiravam muito destroçadas para  Lis-
            nllgrou a guerra entre os dois.                     boa.
               No decurso desta guerra, li par dlls operações terres-  Os navios portugueses capturados foram levados paTa
            tres, teve lugar uma demorada e sangrenta batalha nllval   Sevilha onde  entraram  a  reboque  das galés  castelhanas
            que terminou por um  triunfo espectacular dos Castelha-  com os pendões a arrastar pela água em sinal de derrota.
            nos.                                                Aos soldados e marinheiros portugueses, feitos prisionei-
               A 21 de Julho de  1337.  as armadas de Portugal e de   ros  durante  a  batalha,  foram  postas cangas ao  pescoço
            Castela  encontraram-se ao largo do cabo de S.  Vicente.   com que foram  passeados pelas ruas de Sevilha perante
            Apesar da armada castelhana ser mais numerosa, o almi-  o gáudio da população.
            rante  Pessanha não hesitou  em aceitar o  combate e, no
            primeiro ímpeto, os portugueses conseguiram afundar ou
            render nove galés inimigas.  Mas os castelhanos nem  por   GIBRALTAR I ALCECIRAS (1341?)
            isso  desanimaram  e  continuaram  li  combater  valorosa-
            mente,  confiados  na  sua Superioridade  numérica.  Con-  No anode 1340 teve lugar a última grande invasão ára-
            centrando habilmente os seus esforços no ataque à capitã-  be da Península Ibérica.  Por esse motivo, os reis cristãos.
            nia portuguesa, o almirante castelhano, D. Afonso Tenó-  viram-se obrigados a p6r de lado as suas desavenças e a
            rio, acabou por conseguir que ela fosse entrada e rendida.'   unir-se para enfrentar o inimigo comum.
            sendo  feitos prisioneiros o  almirante português, um seu   D.  Afonso  IV de  Portugal, esquecendo  os connitos
            filho, vários fidalgos e muitos soldados e marinheiros.   ljue anteriormente tivera com o  rei de Castela e a humi-


                                                ,
                                                 ..
                                                  ')      REINO  DE  GRANADA -1340
                                                   ,
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                Cabo  de  S.  Vicente                                 ,  ,  ,
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