Page 161 - Revista da Armada
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vezes em terras da Beira: o futuro a até acabar o tempo, sobretudo nos
Deuspertence ... navios e no mar, que está ansioso
Regressar às origens... Tentar por conhecer, jamais deixará de a ter
fazer carreira na Marinha e ir por aí sempre presente no coração. É isso
acima até oficial... Tudo depende ... que sucede com todos os que usa-
Para já interessa concluir o curso ram ou usam o colarinho de alcaxa
com aproveitamento. Depois se ou botões de âncora no casaco.
verá .. M. do Vale,
Uma coisa porém é certa. Fique
ela/m.
ou não fique na Marinha, depois do
que já viveu nela e do que irá viver (Fotos do cabo FZE José Arcanjo)
Filatelia
COMO SERÁ A FILATELIA NO FUTURO?
f?rque gostamos muito deste mara- lizado na própria casa, todas as co- ção em invenção, for atingido nos
vilhoso passatempo, poderemos fa- nhecidas máquinas de jogos, não é próximos anos tudo o que a nossa
cilmente ser conduzidos à incapaci- fácil imaginá-lo a coleccionar selos imaginação já não tem dificuldade
dade de fazer, quando necessário com o interesse que esse brinquedo em admitir.
as mais ajustadas críticas. Todos lhe despertou. Este apontamento não pretende
gostarlamos de ver assegurada uma Acreditamos que uma moderni- ser mais do que o resultado duma
sã continuidade filatélica, mas talvez zação da filatelia que acompanhe, conversa informal entre filatelistas
não estejamos a tomar as medidas tanto Quanto possível, a evolução que sentem a mesma ameaça. Pen-
mais acertadas. técnica, possa realmente fazer com samos ser natural esta apreensão e
Sabemos que tem aumentado que ela seja envolvida, e não rejeita- não ficaríamos bem com a nossa
consideravelmente o número de da, por uma máquina moderna que consciência se a não manifestásse-
compradores de selos, principal- apostou na simplificação. mos publicamente.
mente portugueses, o que nos pode- Os dirigentes filatélicos fazem,
ria fazer pensar, numa análise me- com certeza, o seu melhor, no senti-
nos cuidada, que a prática filatélica do de encontrar apropriadas solu-
tenha crescido bastante entre nós, ções, mas compreende-se perleita-
mas confrontados com a realidade mente as dificuldades que irão en-
constatamos que a maioria fá-lo com contrar.
objectivos que correm o risco de não Vão-se fazendo muitas exposi-
serem atingidos, armazenando, nem ções em todo o Mundo, cada vez
sempre da maneira mais aconselhá- com mais êxito, mas não será de-
vel, um ou mais conjuntos de tl!do o mais pensarmos que este entusias-
que os correios produzem, à espera mo pode estar a fazer-nos esquecer
que os seus naturais herdeiros ve- algo que torne irremediável amanhã
nham, quando crescidos, a coleccio- o que hoje talvez tenha remédio.
ná-los. Porém, são tantos e tão ali- Há algumas perguntas que te-
ciantes os meios que as novas tec- rnos de fazer a nós próprios e é bom
nologias colocam ao dispor dos jo- que saibamos dar-lhes as mais cor-
vens que eles podem nunca vir a ter rectas respostas: - Se, nos meados
oportunidade de realizar o trabalho do século passado, quando aparece-
filatélico que, tantas vezes sem o ram os primeiros filatelistas, existis-
menor conhecimento, mas natural- se já o computador, esse interessan-
mente com tão boa vontade, lhes te aparelho com possibilidades que
prop(iem. parecem estar longe de esgotadas,
Quando vemos um jovem, às ve- ter-se-iam coleccionado tantos se- Marques Curado,
zes de muita tenra idade, a brincar Ios? Se a pergunta nos deixar muitas 1 ..... /en. SG
com um aparelho electrónico que dúvidas, teremos então de perguntar
substitui, com a vantagem de ser uti- o que acontecerá quando, de inven- ***********
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