Page 274 - Revista da Armada
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ter sido I/'esta epoca que o maior desel/volvimento da nave-  dos á descoberta, e pelos que navegavam para as conquis-
           gação começou a tomar necessario o uso de bandeiras dis-  tas.  Algumas vezes tinha,  rIO  reverso, o escudo das armas
           til/ctivas da  nacionalidade portugueza,  e tombem por ter   reaes,  ou a cruz da ordem de ellristo, atorçalada de oiro.
           sido este mOllarclw quem fixou,  definitivamente,  a fórma   N.O  5 -  Bandeira  de  Clrristo,  tambem  chamada  da
           do escudo de armas do reino.                        Cruz.  Era a bandeira das armadas da 1ndia, e, a principio,
              N. ° 1 - Bal/deira das Quinas. A bandeira hera/dica de   só o capitão-mór podia arvora/-a na sua náu. O seu dese-
           Porfllga/.                                          nho primitivo foi alterado,  110  decurso  dos tempos,  pela
              N.o 2 - Outra bandeira das Quinas, tambem chama-  addicção de uma orla branca, como se vê no n. 06.
           das das Quinas reaes.                                  N.o 7,  8,  9,  10 - Grandes estandartes,  variaveis, que
                                                                     S
              N. ° 3 - Bandeira dos navios de commercio.       os navios de a/to bordo arvoravam IIOS topos dos mastros
              Nos  reinados (/e  D. Manuel,  D. João lJ,  D. Sebastião   e nos penoes das vergas.
           e  D. Henriq!le,  além  das  aruecedemes,  usaram-se  as  se-
           guintes:                                               Foram estas (n. MIa 10) as bandeirasquea audacia dos   •
               N.o 4 - Bandeira da  Esphera.  1nsignia particular de   nossos  navegadores  fez  (remular,  em  todos  os  mares,
           D. Manuel.  Foi especialmente usada pelos navios manda-  como padrão de SIlOS descobertas e conquistas.




           Navegadores e Marinheiros (7)





              Neste número da série que desde há tempos vi-
           mos tratando, vamos à Uha da Madeira ver como
           ali são lembrados os navegadores que a descobri-
           ram (ou redescobriram),  a  povoaram e a ama-
           ram, e os marinheiros que a ela ficaram ligados
           para sempre por feitos praticados que lhe dizem
           respeito.

              Dos  primeiros,  realce  para  Gonçalves  Zarco,  com
           uma estátua e  um  busto monumental na cidade do Fun-
           chal e para Tristão Vaz Teixeira com uma estátua na vila
           do Machico.                                         BI:SIOtxisle,lIe riO Terreiro da  LU/a. lambim de homenagem a Gonça/~es
                                                               Zarco, segundouma!olo dos anos 30 (/010 PueSlrello).
              Quanto  a  marinheiros,  apenas  um  monumento  a
           Gago Coutinho e Sacadura Cabral.                       A estátua de Gonçalves Zarco situa-se no cruzamento
                                                               da  avenida  com  o  mesmo  nome  e  a  Avenida  Arriaga,
                                   *                           frente ao edifício do Banco de Portugal.
                                                                  Consiste num pedestal alto, de pedra, encimado pela
           A  tlfd,UO de Gonça/l'es Za'co, no Funchal. segu"do uma fOlografia dos   figura em bronze do navegador, tendo nas quatro faces la-
           a"os30 ((mo Ptrdlrello).                            terais baixos-relevos com  figuras típicas da ilha.  Na face
                                                               anterior e ao alio, a legenda: A João Gonça/ves Zarco.
                                                                  O  monumento  é  da  autoria  do  escultor  Francisco
                                                               Franco de  Sousa  (natural  do  Funchal, onde  nasceu  em
                                                               1885) e esteve exposto na Avenida da Liberdade, em Lis-  4
                                                               boa, em 1928. Foi inaugurado em 1930.                    'II
                                                                  O  busto situa·se  no  Terreiro da  Luta,  freguesia  do
                                                               Monte, um lugar paradisíaco, e pode ver-se na fotografia
                                                               junta, não precisando de ser descrito.
                                                                  A estátua de Tristão Vaz Teixeira, também de bronze
                                                               e assente num pedestal de pedra, é da autoria do escultor
                                                               AnjosTeixeira, nascido em Paris, que foi professor da Es-
                                                               cola de Belas Artesdo Funchal.
                                                                  No pedestal tem as seguintes inscrições: na face ante-
                                                               rior:  Tristão  Vaz  Teixeira;  nas laterais:  ... para que elle I
                                                               a manlellha por mvm / em justiça I e em direito I ar",o do
                                                               Senhor de J 440 / O iffante dom Illlmrrique.
                                                                  Estásituadoem frente da Igreja Matrizdo Machico.
                                                                  O monumento aos aviadores está localizado à entrada
                                                               da  Avenida  Sá  Carneiro,  para quem vai  para O cais do
                                                               porto.
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