Page 387 - Revista da Armada
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DIRECTOR DE INFRA-ESTRUTURAS
● Decorreu no pas- Técnica nada do fundamental, e agiliza e even- “Que me seja dada a serenidade para aceitar o
sado dia 16 de Ou- tualmente embaratece as obras. que não poder ser mudado, a coragem para
tubro a cerimónia A exigência, o rigor e a correcção de processos mudar o que possa e deva ser mudado, e a
de tomada de posse devem pautar uma Direcção que diariamente sabedoria para conhecer a diferença.”
do novo Director de tem que se pronunciar e tomar decisões sobre O CALM EMQ Primo Gonçalves fre-
Infra-Estruturas, projectos externos, ou da Marinha, envolvendo quentou o Liceu Camões, ingressou na Es-
CALM EMQ José avultadas verbas e património. O seu passado, cola Naval, sendo promovido a Guarda-Ma-
Manuel Alves Pri- Sr. Almirante deixa-me profundamente tranqui- rinha Engenheiro Maquinista Naval em
mo Gonçalves. lo sobre a forma como irão ser salvaguardados os Janeiro de 1965.
Presidiu ao acto o interesses da Marinha e do Estado”. Como oficial subalterno prestou serviço a
Superintendente dos Serviços do Material, O CALM Primo Gonçalves agradeceu as bordo dos navios patrulha, draga-minas,
VALM Vidal Abreu que, perante a apre- generosas palavras que lhe tinham sido corvetas e petroleiro de esquadra.
ciável audiência de militares e civis, após dirigidas, apresentou o respeitoso reconhe- Ainda em 1º tenente colaborou na fisca-
palavras elogiosas indicou as suas orien- cimento pela confiança que nele deposi- lização da construção das corvetas classe
tações para o desempenho do cargo, das tavam ao atribuir-lhe tão honroso cargo e “João Coutinho” integrado na Direcção das
quais salientamos: assumiu o compromisso solene de tudo Construções Navais e posteriormente como
“Há que contornar as fortes limitações ao fazer, seguindo as superiores orientações, oficial superior prestou serviço no Gabinete
nível de pessoal com mais empenho e dedicação, para continuar a merecer tal confiança. de Estudos da Direcção-Geral do Material
recorrendo cada vez mais ao “outsourcing” e Referiu ainda dirigindo-se ao seu pessoal: Naval e na Direcção de Navios. Também na
deixando para os de dentro, se necessário, apenas “Continuaremos a trabalhar com todos para o área da Superintendência dos Serviços do
a definição do que se pretende. Mesmo a fisca- fim e objectivo comum, para que a Marinha Material, serviu na Direcção de Abasteci-
lização pode ser adquirida como serviço, se bem cumpra com a melhor eficiência a sua missão. mento, Direcção de Transportes e Gabinete
que não seja o mais desejável. O bom desempenho da Direcção será obra de do Superintendente.
A Direcção deve saber ouvir os Comandantes, todo o seu pessoal, desde o de cargo mais modesto Prestou serviço ainda no Departamento
Directores ou Chefes a quem o seu trabalho se ao do de maior responsabilidade. Conto com o Marítimo do Norte, Depósito POLNATO
dirige, apenas impondo soluções quando o nível vosso sentido de responsabilidade, colaboração, de Lisboa e 4ª Divisão do Estado-Maior da
técnico das mesmas, razões de segurança ou capacidade de trabalho e muito espírito de equipa Armada.
existência de reconhecida incapacidade para a ganhadora. Terei sempre a visão humanista de Frequentou o Curso Superior Naval de
definição do problema seja evidente. Deve mesmo que o homem é a medida de todas as coisas. Guerra, no ano lectivo de 1995-1996.
incentivar que cada intervenção apareça já devi- Assim, a nossa atitude será sempre de diálogo Foram-lhe concedidas as medalhas de
damente pensada, estimada em custos e e cooperação e correcta articulação com os ou- Serviços Distintos, Mérito Militar, Compor-
amadurecida pelo proponente. tros, o que não significa alienar responsabili- tamento Exemplar, Comissão de Serviços
Deve incentivar e mesmo apoiar as iniciativas dades, perder a iniciativa na condução e desem- Especiais das Forças Armadas e Cruz Naval.
de descentralização na condução dos projectos. penho das tarefas da responsabilidade e com- Foi promovido a Contra-Almirante En-
Esta transferência limitada de responsabilização petência da Direcção de Infra-estruturas”. genheiro Maquinista Naval em Agosto de
é altamente benéfica pois não retira à Direcção Concluiu citando: 2000.
DIRECTOR DE ABASTECIMENTO
● No passado dia nentes humana como na componente técnica; dentro do que forem superiormente entendidos
17 de Outubro to- solidificar cada vez mais os procedimentos em os objectivos e interesses da nossa Marinha”.
mou posse do cargo uso de cumprimento da lei através das várias O CALM Nunes da Cruz terminou o
de Director de Abas- modalidades que a figura do concurso re- curso na Escola Naval em 1966.
tecimento o CALM presenta; solidificar o controlo da qualidade no Nesse mesmo ano esteve na Inspecção de
AN José Alberto acto da recepção; concentrar a atenção na área do Marinha e entre 1967/68 foi adjunto do
Nunes da Cruz, nu- fardamento..., concentrar esforços no desenvolvi- Chefe do Serviço de Abastecimento do
ma cerimónia presi- mento harmonioso do Sistema Integrado de Instituto Hidrográfico. Entre 1968/69 foi
dida pelo VALM Informação do Abastecimento, em total articu- Chefe do Serviço de Abastecimento e Secre-
Vidal Abreu, Su- lação no âmbito do Sistema Integrado de tário Tesoureiro do navio “Afonso de Albu-
perintendente dos Serviços do Material. Informação do Material...; estudar a melhor apli- querque” e Flotilha de Navios Patrulhas.
No seu discurso referiu que a Direcção de cação para os meios humanos disponíveis face a Foi programador, analista e Chefe do Cen-
Abastecimento possui fragilidades crónicas sua escassez..., acompanhar de perto a evolução tro de Tratamento da Informação entre
e que o futuro não se adivinha risonho, dos recursos atribuídos aos POL Lisboa e Ponta 1969/73 e Adjunto do Chefe do Serviço SIA
havendo necessidade de equacionar alter- Delgada, assegurando soluções alternativas”. (1974/84).
nativas, propor soluções credíveis e vanta- O CALM Nunes da Cruz afirmou na sua Entre 1984/89 foi Chefe do Serviço de
josas a médio e longo prazo. Neste sentido alocução que para atingir os objectivos esta- Orçamento e Contabilidade do Arsenal do
o VALM Vidal Abreu salientou “ Estudar a belecidos conta com a colaboração de todos Alfeite e Adjunto no Gabinete do Superin-
melhor aplicação das verbas disponíveis no quantos servem no organismo que vai diri- tendente dos Serviços do Material entre
âmbito dos sobressalentes, face à situação de gir salientando: “ ... É minha obrigação pro- 1993/95.
descapitalização a que se chegou, à prioridade mover e incentivar essa colaboração, para que Exerceu ainda a actividade docente no
absoluta que agora se coloca no apoio ao coman- esse conjunto de pessoas possa continuar a ser Instituto Superior Naval de Guerra e Escola
do da SNFL e ao estado de envelhecimento de um grupo e esse grupo uma equipa. Para tanto Naval entre 1977/79, 1989/93 e 1996/2000,
outras componentes da esquadra. O correcto não me falte o engenho e arte. (...) respectivamente.
entrosamento com a Direcção de Navios e o Poderá contar V. Exª. da minha pessoa com Da sua folha de serviço destacam-se
Arsenal do Alfeite é essencial, tanto nas compo- uma lealdade e uma colaboração incondicionais várias condecorações.
REVISTA DA ARMADA • DEZEMBRO 2000 25