Page 388 - Revista da Armada
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TOMADAS DE POSSE



                                               DIRECTOR DE NAVIOS
                          ● Presidida pelo  jectos. A par dos novos submarinos, navio  que se recolhem pelo envolvimento institu-
                          VALM Vidal Abreu,  polivalente logístico, patrulhas oceânicos,  cional e pessoal da Direcção de Navios nas
                          Superintendente   modernização das “Vasco da Gama” e do  fases anteriores ao aumento dos navios ao
                          dos Serviços do   “Bérrio”, transformação do “ALM Gago  efectivo da esquadra. Com os respectivos
                          Material, realizou-  Coutinho” e “Schultz Xavier”, construção  Directores de Projecto comprometo-me a
                          -se no passado dia  de uma vedeta, acompanhamento da cons-  uma colaboração franca e empenhada, certo
                          18 de Outubro a   trução dos ARGOS, 2ª Série”. (...)  de uma atitude recíproca da sua parte”.
                          cerimónia de to-    No seu discurso o CALM David e     O CALM Fernando Alberto Carvalho
                          mada de posse do  Silva referiu:                     David e Silva foi admitido na Escola
                          novo Director de    (...) “Encontrei na Direcção de Navios  Naval em 1965, onde se graduou como
         Navios, CALM Fernando Alberto      uma instituição viva e de sólida infra-estru-  Engenheiro Maquinista Naval em 1969.
         Carvalho David e Silva.            tura organizacional... mas encontrei, sobre-  No período de 1976/1980 desempe-
           O VALM Vidal Abreu na sua alocução  tudo, um conjunto de pessoal qualificado e  nhou funções na Direcção do Serviço de
         salientou:                         empenhado em bem servir, do qual muito  Manutenção.
           “... Elegerei como projecto principal que  espero. Far-se-ão certamente sentir, no futuro  Entre 1980 e 1985, serviu no departa-
         terá que dirigir a preparação e manutenção  próximo, algumas mudanças, mais susci-  mento de planeamento do Arsenal do
         das três Fragatas da classe “Vasco da Gama”  tadas pelo estilo pessoal do novo responsável  Alfeite.
         para o exercício do comando da SNFL  do que pela ausência de doutrina e norma-  Em 1985 foi professor da Escola Naval
         2001/02. (...)                     tivos, existentes em qualidade suficientes ao  e entre 1989 e 1994 foi Director das
           A Direcção de Navios não é uma variável  cumprimento, sem sobressaltos, da missão de  Oficinas Navais de Macau. Entre 1994 e
         independente desta difícil equação que repre-  uma organização de tão vastas atribuições e  1999 foi professor da área de Máquinas
         senta a manutenção da esquadra. É, pelo con-  tão complexa como é a Direcção de Navios.  Térmicas e Chefe do Departamento de
         trário, dependente de outras estruturas da  (...)                     Mecânica na Escola Naval.
         Marinha, designadamente da Direcção de  A Marinha está hoje empenhada em três  Frequentou o Curso Superior Naval
         Abastecimento e do Arsenal do Alfeite. Mas  projectos de relevantíssima importância. O  de Guerra no ano lectivo 1999-2000,
         tem-lhe sido cometido, e continuará a sê-lo, o  quadro de escassez de recursos humanos, já  sendo promovido a Contra-Almirante
         papel de coordenador, papel este que tem a ver  anteriormente referido, terá determinado a  em Agosto de 2000 e nomeado Director
         com a hierarquia de processos, nada tendo a ver  adopção de soluções singulares para a  de Navios em Outubro do mesmo ano.
         com a antiguidade relativa dos seus respon-  direcção dos respectivos projectos. Importa,  É condecorado com duas Medalhas de
         sáveis. (...)                      neste quadro, continuar a operacionalizar  Serviços Distintos, uma de Mérito
           A Direcção de Navios está neste momento,  essas soluções com preocupação de salva-  Militar e uma de Comportamento
         fruto das circunstâncias, assoberbada de pro-  guarda das mais valias, presentes e futuras,  Exemplar.



                                 ADMINISTRADOR DO ARSENAL DO ALFEITE

                          ● Decorreu no pas-  sente e ser permanentemente assumida por  Assim, nortearei a minha actividade, para a
                          sado dia 19 de Ou-  todos os trabalhadores do AA e, principal-  qual conto com a vossa colaboração, na alte-
                          tubro, em cerimó-  mente, por todos os quadros superiores e pela  ração de mentalidades, no alargamento e apro-
                          nia presidida pelo  sua administração.               fundamento da formação profissional, na
                          Superintendente     A concluir referiu:              implantação dos sistemas de organização e de
                          dos Serviços do     “Levar por diante a modernização do  planeamento e controlo e, finalmente, na certi-
                          Material, VALM    Arsenal, designadamente a da sua componente  ficação do Arsenal”. (...)
                          Vidal Abreu, a to-  infra-estrutural, a par da dinamização das  O novo Administrador do Arsenal do
                          mada de posse do  mentalidades, na direcção de uma maior quali-  Alfeite, com uma extensa actividade sem-
                          CALM ECN Beirão   dade e de uma melhor segurança para as pes-  pre ligada ao mar, destaca-se o exercício
         Reis como Administrador do Arsenal do  soas e meios navais entregues ao estaleiro, (na  das funções de Inspector-Geral de Navios,
         Alfeite.                           continuação do trabalho realizado pelos seus  de Professor de Arquitectura Naval da
           O VALM Vidal Abreu no seu discurso  antecessores) é tarefa que reconheço de monta,  Escola Naval, de Administrador da
         salientou:                         mas sem dúvida um desafio para o novo  Sociedade Nacional dos Armadores de
           “É imperioso que o Arsenal do Alfeite tenha  administrador e para a sua administração”.  Bacalhau e de Director Técnico do Arsenal
         sempre presente, no seu relacionamento com a  O CALM ECN Beirão Reis na sua alo-  do Alfeite. O CALM ECN Beirão Reis pos-
         Marinha, a razão da sua existência. Ao ser  cução referiu que:“... torna-se necessário  sui os graus académicos de “Naval
         criado para servir a Marinha reparando a  garantir a existência de um saudável relaciona-  Engineer” e de “Master of Science in
         esquadra, e ao ter sido dotado de valências úni-  mento comercial com o nosso cliente, garantir  Mechanical Engineering” do Massachu-
         cas no País, deve sentir sobre si o peso moral de  também uma inexcedível competência profis-  sets Institute of Technology, dos Estados
         que o seu cliente preferencial não tem alternati-  sional dos seus executantes e garantir ainda a  Unidos da América do Norte, e é membro
         va (ou porque esta não existe, ou porque as  existência de sistemas de organização da pro-  de The Society of Naval Architects and
         verbas destinadas à reparação geral de navios  dução, de planeamento, acompanhamento, fis-  Marine Engineers dos Estados Unidos e
         têm mesmo que ser canalizadas para o Arsenal  calização e controlo interno eficientes e, tão ou  Presidente do Colégio de Engenharia
         do Alfeite, pois é com elas que é construída a  mais importante ainda, de uma postura de  Naval da Ordem dos Engenheiros.
         essência do seu orçamento privativo). Esta  todos os intervenientes na garantia da quali-  Exerceu desde 10 de Dezembro de 1999 as
         responsabilidade moral deve estar sempre pre-  dade total.            funções de Director de Navios.

         26 DEZEMBRO 2000 • REVISTA DA ARMADA
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