Page 22 - Revista da Armada
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TOMADAS DE POSSE



                                VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA

         ● Realizou-se no passado dia                                                 Estratégico que agora se iniciou.
         29 de Novembro, na Casa da Ba-                                                 A situação actual do País é de
         lança, a cerimónia da tomada de                                              grande contenção financeira, o que
         posse do novo Vice-Chefe do                                                  implica restrições claras nas activi-
         Estado-Maior da Armada, VALM                                                 dades da Marinha, mas o futuro tem
         António João Neves de Betten-                                                que ser planeado com cenários flexíveis
         court. A sessão foi presidida pelo                                           e adaptados a uma evolução positiva
         Almirante CEMA e estiveram                                                   destas condicionantes.
         presentes as mais altas hierar-
         quias da Marinha.                                                              O VALM António João Neves de
           Das palavras proferidas pelo                                               Bettencourt concluiu o curso de
         novo Vice-CEMA é de salientar:                                               Marinha da Escola Naval em 1965.
                                                                                      Frequentou os cursos de Controlo
           “O Estado-Maior que passo a dirigir é um órgão da maior relevância no  Naval de Navegação Mercante, Gestão na “Naval Postgraduate School”,
         apoio a prestar a V. Exª.                             Táctica Naval na HMS “DRYAD” e o Curso Superior Naval de Guerra (1995).
           Incumbe-lhe o estudo, a concepção, o planeamento e a inspecção de activi-  Entretanto concluiu a Licenciatura em Finanças no Instituto Superior de
         dades da Marinha. Requer-se de quem nele serve reflexão profunda sobre as  Economia de Lisboa.
                                                                Como oficial subalterno prestou serviço em navios operacionais, com comis-
         questões e criatividade e pragmatismo na busca das soluções a recomendar.  sões nos Açores (1965), Moçambique (1966/69) e Cabo Verde (1972/73), tendo
           Não tem de sobrepor-se, e não deve, ao Comando Naval, aos Órgãos  sido instrutor na Escola de Artilharia Naval no período de 1969/72.
         Centrais de Administração e Direcção e aos restantes órgãos da Marinha no  Como oficial superior ocupou o cargo de Subdirector-Geral da então
         estudo das matérias que se inserem no âmbito das suas competências  Direcção-Geral de Fiscalização Económica (1976/79), prestou serviço no
         próprias. Deve privilegiar o médio e longo prazo em detrimento do imediato e  Estado-Maior da Armada (1979/82), foi Capitão do Porto de Peniche (1982/86)
         do curto prazo.”                                      e Comandante do Corpo de Alunos da Escola Naval (1986/89).
                                                                Entre 1989 e 1991 foi Comandante da fragata “Comandante Sacadura
           O Almirante CEMA, no seu discurso salientou que: “Ao EMA  Cabral”, integrando a STANAVFORLANT em 1990, por um período de 4 meses
         caberá avaliar as realidades objectivas do momento, ponderar as alternativas  e a NAVOCFORMED, em 1990/91, durante 5 meses.
         disponíveis, redefinir prioridades e apresentar novas propostas fundamen-  Promovido a Contra-Almirante em 1996, exerceu o cargo de Director do
         tadas e sustentadas, ajudando a clarificar todos os aspectos atinentes à  Serviço de Pessoal (1997/99), o de Subchefe do Estado-Maior da Armada
                                                               (1999/2000) e o de Director-Geral de Autoridade Marítima 2000/2002.
         preparação de futuras leis de programação militar. Esta acção terá de ser con-  Foi promovido a VALM em 12DEC00. No decorrer da sua carreira recebeu
         duzida numa linha de trabalho que assuma não ser expectável qualquer alte-  diversos louvores tendo ainda sido agraciado com diversas condecorações.
         ração significativa, no âmbito naval, decorrente da revisão do Planeamento




                               DIRECTOR-GERAL DA AUTORIDADE MARÍTIMA

         ● Em 28 de Novembro teve lugar,                                              CEMA, ALM Vidal Abreu, estan-
         na Casa da Balança, a cerimónia de                                           do presentes as mais altas hierar-
         tomada de posse do novo Director                                             quias  da Marinha.
         da Direcção-Geral da Autoridade                                                Das palavras proferidas pelo
         Marítima e Comandante-Geral da                                               novo Director-Geral é de salientar:
         Polícia Marítima, VALM Francisco                                             “A publicação, em Março deste ano, do
         da Franca Duarte Lima. A cerimó-                                             novo regime jurídico e orgânico da
         nia foi presidida pelo Almirante                                             Autoridade Marítima Nacional, desi-
                                                                                      gnativo funcional sedeado em si
                                                                                      Senhor Almirante CEMA, veio permi-
            O VALM Francisco da Franca Duarte
          Lima ingressou na Escola Naval e foi                                        tir não só fechar um processo inter-
          promovido a Guarda-Marinha em 1965.                                         negocial entre várias tutelas, como
          Especializou-se em submarinos e em armas submarinas. Frequentou ainda os  concitar um entendimento de Estado sobre os diversos quadros de competên-
          cursos de Controlo Naval de Navegação, os Monográficos do ISNG, o de
          Táctica e Operações Navais, o Maritime Tactical Course e o Curso Superior  cia envolvidos, designadamente o da própria Direcção-Geral da Autoridade
          Naval de Guerra 94/95.                              Marítima. Sem dúvida, e quero sublinhar este ponto, o novo quadro legal
            Foi Imediato do N.R.P. “Santa Maria” e navegador do N.R.P. “S. Vicente”  veio integrar algumas competências da área da segurança marítima no
          em comissão no Ultramar. Ingressou na E.S. (1968) tendo embarcado nos sub-  âmbito das autoridades portuárias, centralizando, contudo, na figura do
          marinos da classe “Narval"”e “Albacora” até 1975.   Capitão do Porto, o núcleo essencial do exercício da Autoridade Marítima.”
            Como Oficial Superior, serviu na D.S.F. Foi Imediato no N.R.P. “S. Gabriel”.
          Foi Chefe da Divisão de Logística do EM do Comando Naval  (1984-1986) e foi  Das palavras proferidas pelo Almirante CEMA, saliente-se: “Os
          2º Comandante da Esquadrilha de Submarinos.         Departamentos Marítimos e as Capitanias, como organismos operativos da
            Entre NOV87 e DEC89 comandou o N.R.P. “Comandante Roberto Ivens”, e  Autoridade Marítima, são, nesse aspecto, uma permanente montra da
          integrou a STANAVFORLANT 89. Desempenhou funções na DIVOPS do EMA.  Marinha para a qual se requer obrigações e responsabilidade com o nível,
          Foi Director do Centro de Instrução de Táctica Naval, até JUL93 sendo, ainda
          Chefe da Delegação Nacional no MTWP e no MTSM. Foi CEM do Comando  disponibilidade e competência a que já habituámos o País.” (…)
          Naval e o Chefe da Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada .  Mais adiante referiu ainda: “A existência do Instituto de Socorros a
            Promovido a CALM, foi Chefe da DIVOPS do EMGFA e Chefe da Divisão  Náufragos, da Direcção de Faróis e da Escola da Autoridade Marítima, inte-
          de Recursos do SACLANT em Norfolk, EUA. (FEV00/02).  grando a estrutura da Direcção-Geral da Autoridade Marítima, são também
            É promovido a VALM em MAR02, tendo tomado posse do cargo de  áreas de grande responsabilidade (…) A modernização destes organismos,
          Adjunto do CEMGFA para as Operações. Ao longo da sua carreira militar foi
          agraciado com diversos louvores e condecorações.    valorizando as capacidades aí existentes, em detrimento de velhos hábitos
                                                              instituídos, deve ser uma prioridade.”
         20 JANEIRO 2003 • REVISTA DA ARMADA
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