Page 102 - Revista da Armada
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                           LANÇAMENTO DE QUATRO VELEIRAS NO “CREOULA”














         “Creoula”.                “D. Fernando II e Glória”.  “Sagres”.               “Yacht Amélia”.
         ¬ÊRealizou-se no passado dia 02 de Novembro, a bordo do “Creoula”, a   Da parceria entre o Dr. Joaquim Ramada e a “Casa Leitão & Irmão”
         cerimónia de apresentação de um conjunto de quatro esculturas em ovo  resultou uma edição de 250 exemplares, em pasta de Limoges, das escul-
         de avestruz, representando cada uma em baixo relevo os últimos ícones  turas originais, ornadas a prata, devidamente numeradas e autenticadas
         nacionais da memória naval portuguesa: o “Creoula”, a “Sagres”, a fra-  com as marca oficial do fabricante e assinadas pelo autor J. Ramada.
         gata “D. Fernando II e Glória” e o iate “Amélia”.     Cada um destes originais “ovos de porcelana” apresenta um dos quatro
           O Dr. Joaquim Ramada, estomatologista de profissão, retirou-se da Me-  navios enquadrados em magníficas paisagens. O “Creoula” integrado num
         dicina há cerca de dez anos para se dedicar exclusivamente à criação de  cenário típico do Atlântico Norte, durante uma campanha de pesca do ba-
         peças de arte, esculpidas com brocas de dentista, e representando, na sua  calhau na Terra Nova e Gronelândia. A “Sagres” surge ma gnífica ao largo
         grande maioria, cenários alusivos a temas náuticos e à história naval por-  do cabo de S. Vicente. Junto ao Forte de Diu, a Fragata “Dom Fernando II
         tuguesa; para a concepção das suas criações artísticas, utilizou inicialmente  e Glória” evoca os tempos aúreos da carreira da Índia. Finalmente o “Iate
         materiais como o cristal e a madeira, e mais recentemente, ovos de avestruz  Amélia”, veleiro que o Rei D. Carlos utilizou nas suas expedições oceano-
         que, nesta circunstância, foram reproduzidos em porcelana fina ornada a  gráficas e que baptizou de “Amélia” em honra da sua mulher, princesa de
         prata pela “Casa Leitão & Irmão”- Antigos joalheiros da Corôa.  Orleães, aparece ao largo de Sesimbra no início do sec. XX.
           A “Casa Leitão & Irmão ” existe desde o final do sec. XVIII, e as peças de               Zambujo Madeira
         excepção criadas por esta casa valeram-lhe em 1887 a atribuição, pelo Rei                           2TEN
         D. Luís, do título nobiliárquico de  «Joalheiros da Corôa Portuguesa».  As quatro veleiras encontram-se à venda na boutique do Museu de Marinha.
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