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                                      NOVO DIRECTOR DE APOIO SOCIAL

         ¬ÊNo passado dia 15JAN em ceri-                                           cabal cumprimento desta missão, que é sem
         mónia realizada no Gabinete do SSP,                                       dúvida, de grande importância para a família
         VALM Pires Neves e por ele presi-                                         naval, na medida em que é neste organismo,
         dida, tomou posse o novo Director                                         que o pessoal da Marinha e os seus familiares,
         de Apoio Social, CMG Joaquim No-                                          procuram respostas e apoios para as questões
         bre. Na cerimónia estiveram presen-                                       de natureza social que enfrentam.”
         tes diversos Oficiais Generais, mili-
         tares, militarizados e civis daquele                                        O CMG Joaquim Nobre nasceu no Sa-
         Gabinete e da própria Direcção de                                         bugal a 11FEV51, entrou para a Escola Na-
         Apoio Social. O VALM Pires Neves                                          val em SET70 sendo promovido a G/M em
         proferiu algumas palavras alusivas                                        OUT74.
                                                                                     Especializou-se em Submarinos em 1975
         de que se ressalta:                                                       e embarcou no NRP “Barracuda”.
           “A Direcção de Apoio Social, em res-                                      Em 1978 especializou-se em Electrotecnia.
         posta às naturais expectativas de nature-                                 Voltou à E. S. e foi Imediato dos NRP’S “Al-
         za social, tem primado por cultivar uma relação personalizada, privile-  bacora” e “Delfim”. Comandou o NRP “Barracuda” de ABR86 a JAN89.
                                                                Na Esquadrilha de Submarinos exerceu ainda as funções de Director de
         giando a dignidade, a solidariedade, a confiança e a qualidade no apoio   Instrução da Escola de Submarinos de SET88 a AGO89.
         prestado aos beneficiários.                             De AGO89 a SET91 desempenhou as funções de Chefe da Secção de Ope-
           A um tal contexto de funcionamento não têm sido alheias as perma-  rações Navais e do MRCC Lisboa, na DIVOPS do EM do CN.
         nentes medidas estruturantes, sensatez e alguma habilidade – porque   Exerceu os cargos de Capitão do Porto e de Comandante da Defesa Ma-
         não dize -lo, fruto do elevado brio e craveira profissional de todos quantos   rítima dos Portos de Tavira e de Vila Real de Santo António.  Frequentou o
                                                               CGNG e o CCNG.
         prestam serviço nesta direcção.”                       Em Março de 1999 apresentou-se no EMGFA tendo assumido as funções
           Seguidamente, usou da palavra o empossado, o Comandante   de Adjunto de Marinha na Repartição de Relações Internacionais da Divisão
         Joaquim Nobre, que referiu a dado passo:              de Planeamento Estratégico Militar até Setembro de 2000.
           “Com as limitações orçamentais e as carências de pessoal que a Marinha   Foi Comandante da Esquadrilha de Submarinos, de 21SET00 a 07JAN03.
                                                                Ao longo da sua carreira  recebeu diversos louvores e condecorações.
         atravessa, e sequentemente esta Direcção, estou ciente de que não será fácil o



                                 ANIVERSÁRIO DA LIGA DOS COMBATENTES

         ¬ÊEm 18OUT03, junto do Forte do Bom Sucesso em Belém, tiveram lu-  se projecte nas gerações vindouras e que elas, no momento próprio
         gar as comemorações do 80º aniversário da Liga dos Combatentes, em  cumpram o seu dever.
         cerimónia presidida pelo Ministro de Estado e da Defesa Nacional.  Somos profundos defensores da Paz. Mas muitos de nós tivemos
           Do discurso do Presidente da Liga – Tenente-General Chito Rodrigues  que fazer a guerra. A natural dignidade desejada por um povo, para
         – destaque para os seguintes excertos: “Dignissimos Combatentes. Ca-  os seus combatentes, nada tem a ver com teorias conservadoras ou
         ros sócios da Liga dos Combatentes:                                          progressistas, confunde-se com a
         dos mais ilustres e notáveis, aos que                                        própria identidade nacional. Di-
         conhecem a pobreza e a exclusão so-                                          gnidade e reconhecimento são as-
         cial, ..., a todos, mortos ou vivos, que                                     sim para o combatente palavras de
         em determinado momento da vida ju-                                           elevado significado. Talvez por isso,
         raram dar, e alguns deram, a vida por                                        sejam hoje um objectivo político.
         Portugal, honrando a farda das Forças                                         Finalmente três palavras sobre o
         Armadas ou das Forças de Segurança:                                          futuro. Deverá ser iluminado por
         é para vós que falo em especial e direi                                      três sentimentos base de condu-
         uma palavra sobre o passado, duas so-                                        ta: ABERTURA, INOVAÇÃO E
         bre o presente e três sobre o futuro.                                        CONFIANÇA.
           Sobre o passado a palavra é                                                 ABERTURA à modernização, ao
         RESPEITO.                                                                    rejuvenescimento e renovação do
           Em primeiro lugar, RESPEITO pe-                                            conceito de combatente, relançan-
         los que, com o seu nome, fortalecem                                          do uma nova imagem da Liga dos
         as paredes deste Forte do Bom Sucesso e que conjuntamente com todos  Combatentes a toda a população portuguesa e em especial aos jo-
         os que ao longo da nossa história caíram por Portugal, devem ser consi-  vens de Portugal.
         derados como símbolo nacional, tal como o são a Bandeira e o Hino.  INOVAÇÃO para resolução dos actuais e conhecidos problemas
           Em segundo lugar, RESPEITO pelos que ao longo de oitenta anos  dos combatentes, aprofundamento do espírito de Defesa, apoio à rein-
         deram vida à Liga dos Combatentes.                   serção na vida activa dos jovens voluntários e contratados, investi-
           A história da nossa Liga é a história de uma instituição transversal  gação, selecção e apoio de casos de pobreza e exclusão social, apoio à
         da sociedade portuguesa, que viveu ininterruptamente desde a sua  Idade de Ouro, serão para nós alguns dos grandes desafios do futuro
         fundação até aos nossos dias, a República, o Estado Novo e a Demo-  da Liga dos Combatentes.
         cracia, sendo pois o reflexo da História de Portugal no século XX..  Termino com uma palavra de CONFIANÇA.
           Sobre o presente as palavras são DI GNIDADE e TRABALHO.  CONFIANÇA no futuro, porque acredito que as Forças Armadas le-
           Fomos, somos e seremos combatentes. Devemos de cabeça le-  varão aos seus elementos o ideário da Liga dos Combatentes contribuin-
         vantada, apresentar-nos à sociedade como tal. Não queremos que  do para uma Liga que congregue o Passado, o Presente e o Futuro.
         nos tratem como heróis. Pretendemos apenas que o nosso exemplo                  (Colaboração da Liga dos Combatentes)

         26  MARÇO 2004 U REVISTA DA ARMADA
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