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Figura 3.                                           Figura 4.
         conjunto de serviços específicos. Estes, serão  (SUBOPAUTH) e um nó não ligado à rede,   Em Abril de 2002, a NATO aprova a can-
         facultados a cada utilizador, numa única es-  para efeitos de formação, no Centro de Instru-  didatura nacional, co-financiando apenas
         tação de trabalho, conforme os requisitos de  ção de Táctica Naval (CITAN)) e um segmen to  o nó do CENGE; em Maio o nó do CN en-
         informação que necessitam de aceder, atra-  naval (englobando dois nós em duas FFGH).  tra em funcionamento e em Outubro foram
         vés da definição/ configuração do seu perfil  Refira-se que este conceito foi recentemente  ministrados os primeiros cursos MCCIS no
         de utilizador. Estamos, assim, na presença de  revisto, sendo intenção de estender o segmen-  CITAN. Mais  recentemente o nó do CEN-
         um sistema multinível, sustentado no princí-  to terrestre ao Comando do Corpo de Fuzilei-  GE entrou em funcionamento. Prevê-se que,
         pio da necessidade de conhecer.    ros (CCF) e Instituto Hidrográfico (IH) (linhas  num futuro muito próximo, o nó do SUBO-
                                            azuis). Quanto ao segmento naval, as novas  PAUTH fique, igualmente operacional.
         ENQUADRAMENTO NACIONAL             construções (navio polivalente logístico (LPD)   Do total de investimento até ao momento
                                            e submarinos (SSK)) já prevêem a instalação  executado no projecto MCCIS, 73% coube à
           Quanto ao enquadramento nacional, o  do MCCIS nos respectivos requisitos opera-  Marinha, 12% ao EMGFA e 15% à NATO.
         MCCIS teve a sua primeira utilização (ape-  cionais; e para navios (fraga tas (FF) classe   Quanto à formação, depois de um forte in-
         nas com a funcionalidade RMP) em 1995,  “João Belo”, corvetas (FS), navios hidrográ-  vestimento inicial (2000 e 2001) em acções
         por ocasião do comando,  pela primeira vez,  ficos (AGS) classe “D. Carlos I” e navio rea-  ministradas em  estabelecimentos de forma-
         da Standing Naval Force of Atlantic (SNFL)  bastecedor (AOR) Bérrio) que não possuem  ção NATO (Allied Command of Transforma-
         e após a instalação do SATCOM (Satellitte  capacidade de acesso a satélite NATO, tal  tion – ACT, em Norfolk (EUA) – e NATO Com-
         Communications).                   como para o posto de comando do Batalhão  munications and Information Systems School
           Posteriormente, em 1999, deu-se lugar à  Ligeiro de Desembarque (BLD), pretende-se  – NCISS, em Latina (Itália)), neste momento
         primeira utilização de todas as funcionali-  disponibilizar o panorama RMP via rádio (na  é notória a compensação no âmbito da for-
         dades do MCCIS, a bordo da fragata (FFGH)  banda de HF).              mação nacional, com cerca de 40 formandos
         classe “Vasco da Gama”, integrada na SNFL;   Em 2000, deu-se início às acções de forma-  (Marinha e COC) já formados no CITAN.
         a Marinha iniciou a participação nos grupos  ção no estrangeiro para operadores, gestores
         de trabalho MCCIS NATO e foi promulgado  RMP e administradores MCCIS. Em Março de  A INTERLIGAÇÃO
         o conceito de operações do MCCIS na Ma-  2001 o segmento naval (2 FFGH) ficou com-  NACIONAL/NATO
         rinha (Figura 5).                  pleto e em Outubro a Marinha  candidatou-se
           Este conceito (linhas vermelhas) define a  a co-financiamento NATO para todo o seg-  Depois do enquadramento NATO e na-
         existência do domínio MCCIS do CN, cons-  mento terrestre, tendo sido assinado um pro-  cional, pretende-se, agora, dar um panora-
         tituído por um segmento terrestre (incluindo  tocolo com o EMGFA, que se consubstancia  ma geral de como se irá efectuar a interliga-
         os nós do CN, Centro de Guerra-Electrónica  em benefícios mútuos na áreas da formação  ção do BI-SC AIS com os países NATO, isto
         (CENGE), Submarine Operational Authority  e aquisição de software MCCIS.  é, como se vai concretizar a interligação da

























         Figura 5.                                           Figura 6.
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